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RDA pode ganhar tradução para o português

Uma das recomendações do IV Encontro de Estudos e Pesquisas em Catalogação (EEPC) evento ocorrido paralelamente ao 27º Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação (CBBD) foi a necessidade de tradução da norma de catalogação denominada Resource Description and Access (RDA),  para o português, com a possibilidade de ajustes nos exemplos, que facilitem a compreensão e adoção pelas unidades de informação brasileiras. A Federação Brasileira Associações de Bibliotecários (FEBAB) informou que estabeleceu contato com a American Library Association (ALA) para verificar as possibilidades de um trabalho colaborativo. Neste momento, analisa-se as condições explicitadas pela associação norte-americana e, simultaneamente, se delineia um projeto para viabilizar essa importante empreitada. Para apoiar essas tratativas junto à ALA, a FEBAB conta com a colaboração da professora Dra. Zaira Regina Zafalon, coordenadora geral do IV EEPC, e do professor Dr. Fernando Modesto. Novas informações serão dadas pela FEBAB em seus canais oficiais de comunicação.   Fonte: FEBAB

UNICAMP realiza 21º Congresso de Leitura COLE

O 21° Congresso de Leitura (COLE) convida a pensar com as línguas dissonantes que fertilizam a vida comum com ​sabores, saberes e tempos outros: com a língua dos bebês, dos surdos, dos velhos, línguas juvenis, línguas dos estrangeiros, dos refugiados, línguas dos povos indígenas, línguas afro-brasileiras, africanas​, línguas ainda sem nome​… O evento será realizado entre 10 e 13 de julho, em Campinas, São Paulo, e tem coordenação geral da diretoria da Associação de Leitura do Brasil (ALB), composta por  Alik Wunder, Antonio Carlos Rodrigues de Amorim, Cláudia Ometto, Davina Marques, Marcus Pereira Novaes e Lavínia Lopes Salomão Magiolino. As inscrições podem ser realizadas até o dia 28 de junho neste endereço. Os resultados das avaliações dos trabalhos e das propostas de minicursos e rodas de conversa serão divulgados em 07 de maio. PROGRAMAÇÃO* Terça – 10/07/18 Manhã 8:30-12:00: Credenciamento dos participantes. 9:30: Sessão de Abertura do 21° Congresso de Leitura do Brasil. 11:00: Conferência poético-musical “Territórios sonoros, geografias do deleite” com Déa Trancoso – poeta, cantora e compositora (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri) – Coordenação: Alik Wunder (Universidade Estadual de Campinas). Tarde Livre – caso o Brasil jogue a semifinal da Copa do Mundo de Futebol na quarta-feira (11/7) à tarde, a programação daquele período será transferida para cá. Quarta – 11/07/18 Manhã 9:00-16:30: Credenciamento dos participantes. 9:00: Conferência 2: “Subjetividades clandestinas: experiência narrativa, lógicas secretas e epifanias” com Maria da Conceição Ferrer Botelho Sgadari Passeggi (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) – Coordenação: Cláudia Ometto (Universidade Estadual de Campinas). 10:30: Mesas-redondas 1 • “A Base Nacional Curricular Comum e as Reformas do Ensino Médio” com Antonio Carlos Rodrigues de Amorim (Universidade Estadual de Campinas) e Carlos Eduardo Ferraço (Universidade Federal do Espírito Santo). • “É preciso falar sobre os vencidos: educação e leitura na história de setores populares” com Giselle Martins Venâncio (Universidade Federal Fluminense) e Atilio Bergamini Júnior (Universidade Federal do Ceará) – Coordenação: Alexandro Henrique Paixão (Universidade Estadual de Campinas). • “Filosofia, política e literatura” com Daniel Lins (Universidade Federal do Ceará) e Evandro Nascimento (Universidade Federal de Juiz de Fora) – Coordenação: Marcus Novaes (Universidade Estadual de Campinas). Tarde 14:00: Mesas-redondas 2 • “Tupi or not tupi – infância e antropofagia” com Silvio Gallo (Universidade Estadual de Campinas) e Antonio Miguel (Universidade Estadual de Campinas) – Coordenação: Ana Lúcia Goulart de Farias (Universidade Estadual de Campinas). • “Escritas ficcionais e formação de professores” com Luciano Bedin da Costa (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e Wenceslao Machado Oliveira Jr (Universidade Estadual de Campinas) – Coordenação: Giovana Scareli (Universidade Federal de São João Del Rei). • “Escola sem partido, quem tem medo do(a) professor(a)?” com Maria Luiza Sussekind (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Gaudêncio Frigotto (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) – Coordenação: Antônio Carlos Amorim (Universidade Estadual de Campinas). 16:00: Oficinas com artistas-educadores. Noite 18:30: Abertura de exposição e lançamento de livros. 19:30: Mostra Kino – Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual. Quinta – 12/07/18 Manhã 9:00-16:30: Credenciamento dos participantes. 9:00: Conferência 3: “A língua vai para onde ela quer…” com Ana Maria Godinho Gil (Universidade Nova Lisboa, Portugal) – Coordenação: Antônio Carlos Amorim. 10:30: Mesas-redondas 3 • “Teatro, educação e as vidas dissonantes” com Wladilene de Sousa Lima (Universidade Federal do Pará) e Kelly Cristina Fernandes (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) – Coordenação Renata Ferreira (Universidade Federal de Tocantins). • “A palavra e a imagem como expressão de arte nos livros para crianças e jovens: poesia e ilustração” com Leo Cunha (Escritor) e Graça Lima (Ilustradora) – Coordenação: Elizabeth Serra (FNLIJ). Tarde 12:00: Lançamento de livros. 14:00: Comunicações e Rodas de Conversa 1. 16:30: Mesas-redondas 4 • “Cinema, leitura e formação” com Fabiana de Amorim Marcello (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e Inês Assunção de Castro Teixeira (Universidade Federal de Minas Gerais) – Coordenação Carlos Eduardo Albuquerque Miranda (Universidade Estadual de Campinas). • “A voz da mulher indígena na literatura e na aldeia” com Geni Vidal Lima Guarani (Liderança indígena) e Denizia Kariri-Xocó (Escritora) – Coordenação Olívio Jekupé. • “Humor e literatura” com Flávio de Sousa (Escritor) e Rosana Rios (Escritora) – Coordenação Marcus Novaes (Universidade Estadual de Campinas). Noite 18:30: Lançamento de livros. 19:30: Mostra Kino – Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual. 19:30: Sessão Especial: Memórias da Associação de Leitura do Brasil – Coordenação: Lilian Lopes da Silva (Universidade Estadual de Campinas) e Luciane Oliveira (Universidade Estadual de Campinas). Sexta – 13/07/18 Manhã 9:00-12:00: Credenciamento dos participantes. 9:00: Conferência 4: “Literaturas e gêneros, vozes dissonantes” com Amara Moira (Escritora) – Coordenação: Davina Marques (Instituto Federal de São Paulo – Campus Hortolândia). 10:30: Comunicações e Rodas de Conversa 2. Tarde 13:30: Comunicações e Rodas de Conversa 3. 16:00: Minicursos. 16:00: Assembleia Ordinária Bianual da Associação de Leitura do Brasil. * A programação completa será divulgada em breve. Acesse todas as informações sobre o COLE em: http://cole-alb.com.br/index.php.

Aplicativo adapta clássicos para despertar gosto pela leitura

Com oito livros interativos publicados, todos adaptações de clássicos da literatura, o aplicativo Storymax usa a tecnologia dos smartphones e tablets para contar histórias. Tudo pensado para desenvolver o gosto pela leitura no público infanto-juvenil. A ideia foi de dois profissionais da área editorial, a jornalista e editora Samira Almeida, e o designer e ilustrador Fernando Tangi, que, juntos, decidiram que era hora de trazer um novo formato para o mercado. A primeira história foi “Frankie for Kids”, de 2013. A adaptação de “Frankenstein”, de Mary Shelley, fala sobre a dificuldade das pessoas de lidar com as diferenças, o que leva ao bullying. “Percebemos que a experiência de leitura estava mudando. Quisemos projetar livros interativos que combinassem com isso. Usamos o potencial das diversas formas de leitura, como texto, arte, animação, efeitos de som e trilha sonora para transformar tudo isso em uma experiência de uso só”, diz Samira. O livro ficou em 2o lugar na categoria digital e interativa do Festival comKids Prix Jeunesse Iberoamericano 2013 e levou ainda o Prêmio Artes Digitais e Aplicativos Educacionais, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Depois, vieram outros livros interativos, sempre publicados como aplicativos independentes, a maioria em português, inglês e espanhol e um deles também em alemão, todos disponíveis para Android e iOS. “Via Láctea”, adaptado de um poema de Olavo Bilac, fala do autor brasileiro expoente do Parnasianismo. O livro ganhou o prêmio Jabuti de literatura em 2015, ficando em 2o lugar na categoria Infantil Digital. “Nautilus”, baseado na obra “Vinte Mil Léguas Submarinas”, de Jules Verne, também levou o Jabuti em 2017, na mesma posição e categoria. A história é um incentivo ao desenvolvimento do pensamento inovador, segundo Samira. “A principal razão de adaptar clássicos é que eles falam de coisas relevantes. O tempo passou e continuam falando. Faz sentido para todo mundo conhecer”, explica. Três histórias fazem parte de uma coleção sobre os 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas), criadas em parceria com a empresa de biotecnologia Novozymes e educadores do Sesi-PR. “Frritt-Flacc”, de Jules Verne, é um conto de suspense e terror que discute a mesquinhez e trata da ODS 1, que busca a erradicação da pobreza. O livro foi selecionado pela Cátedra Unesco de Leitura PUC-Rio 2016 pela excelência em literatura infantil em juvenil. “Ostras”, adaptação de um conto do russo Anton Tchékhov, fala da fome e discute a ODS 2, erradicação da fome e agricultura sustentável. “O Rei do Rio de Ouro”, de John Ruskin, trata da ODS 6, água limpa e saneamento. Há ainda “St. Ives”, tradicional cantiga inglesa que é uma charada e trabalha a importância da leitura do enunciado antes de tentar resolver um problema. Já “Literatour”, criado em parceria com o Goethe-Institut São Paulo, traz quatro histórias inspiradas em clássicos alemães para treinar o idioma e falar da cultura do país. Além de terem o objetivo principal de desenvolver o gosto pela leitura, as histórias contadas pela Storymax querem levar crianças e jovens à reflexão, ação e busca da transformação social. Para isso, todos os aplicativos trazem conteúdo extra sobre os autores e sobre o tema discutido e propõem atividades educativas. “A relação com a arte serve para olhar para ela e pensar sobre você e como lida com as pessoas e com o mundo. Serve para conhecer o passado, pensar o presente, imaginar o futuro e fazer algo em relação a isso”, afirma Samira. A ideia, segundo a jornalista, é que exista uma mediação no uso dos livros. “Por uma crença particular, não quero tirar o espaço do mediador, que pode ser um professor, o pai, o avô. Falamos de temas relevantes, que trazem reflexão. Precisa trocar. Gosto de deixar espaço para fazerem junto com a criança. Acredito que isso é muito importante”, diz Samira. As histórias já tiveram cem mil leitores no mundo até hoje, sendo que 40 mil deles estavam em ambientes escolares formais. O restante eram usuários independentes. Um terço deles lê o livro assim que faz o download, segundo Samira. Os títulos já foram baixados em todos os estados brasileiros e num total de 67 países, incluindo locais com extrema pobreza e zonas de conflito. “Temos leitores até no Paquistão”, conta Samira. O aplicativo tem uma parceria com um sistema de ensino – cujo nome não divulga – e que introduziu as histórias em escolas dos Estados Unidos. No Brasil, busca parcerias com outras instituições de ensino além do Sesi-PR, onde os aplicativos são usados em uma oficina optativa para os estudantes. “Comecei a receber vídeos dos alunos. Consegui ver o ciclo do produto. É maravilhoso ver que o que você criou e sonhou está acontecendo. É demais”, afirma Samira. Sobre o contato com a educação formal, a jornalista explica que a dificuldade é conseguir emplacar o uso de um dos livros em algum projeto-piloto nas escolas. “O Brasil tem sido muito desafiador. É um mercado sazonal. Tem que acertar o período certo para falar com pessoas”, diz. Além disso, segundo Samira, as escolas mantêm o uso de apostilas como algo muito enraizado. “Acontece muito de ouvirmos a questão de não ter tablets na escola. Falamos que os alunos têm smartphones. Falamos que gostam de usar e querem usar. O pior veneno é a apostila. Dizem que o aplicativo é legal, mas precisam usar apostila porque os pais cobram. Este é um ciclo bizarro da educação. Quero acreditar que isso vai mudar.” Parcerias Dois dos livros são vendidos nas lojas de aplicativos. “Frankie for Kids” sai por 16,90 e “Via Láctea” custa R$ 9,90. As outras histórias são gratuitas, assim como o aplicativo Storymax. Uma delas, “St. Ives”, é gratuita mas tem conteúdos pagos dentro. A publicação gratuita é possível por meio de parcerias com instituições privadas e pelo financiamento público, com uso de editais, e funciona como atrativo para que os usuários conheçam os livros e se disponham a comprar aqueles que são pagos. A empresa também contou com incentivos de programas de aceleração de startups dos quais participou, como o Seed (Startups and Entrepreneurship Ecosystem