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Prêmio Professores do Brasil irá reconhecer os melhores projetos de educação no Brasil

O Prêmio Professores do Brasil é uma iniciativa do Ministério da Educação juntamente com instituições parceiras que busca reconhecer, divulgar e premiar o trabalho de professores de escolas públicas que contribuem para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos nas salas de aula. Em 2018 o Prêmio está em sua 11ª edição do Prêmio convida a todos os professores de escolas públicas da educação básica a se inscreverem enviando um relato de prática pedagógica desenvolvida com seus alunos. Seu relato será avaliado e poderá ser selecionado para uma premiação estadual, regional e nacional. Sabe-se que registrar uma experiência, um processo vivido ou mesmo uma conversa entre alunos e professores é uma forma de sistematizar o conhecimento do professor. Assim, além de participar do processo de premiação, os professores desenvolvem um exercício de reflexão sobre a própria prática, o que garante o aprimoramento dos processos de ensino e aprendizagem. Ou seja, independentemente do processo de seleção, a participação dos professores é um caminho para a busca da qualidade na educação, compromisso de todos os educadores! O Prêmio Professores do Brasil foi instituído em 2005 pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB), juntamente com instituições parceiras. Ao longo das sucessivas edições foram premiadas diversas experiências bem sucedidas, criativas e inovadoras, desenvolvidas por professores da educação básica pública. Premiação Participe As inscrições podem ser feitas até 28 de maio neste site. Veja o regulamento neste endereço. Para mais informações, acesse o site do Prêmio: http://premioprofessoresdobrasil.mec.gov.br.

Como fazer uma boa mediação e formar novos leitores

A formação de leitores representa um dos grandes desafios da educação brasileira. De acordo com pesquisa de 2016 do Instituto Pró-Livro, cerca de 44% da população do país não é considerada leitora – ou seja, não leu ao menos um livro, ainda que em partes, nos três meses anteriores ao levantamento. Além disso, a média de leitura por habitante ainda é baixa: são cerca de 5 livros por ano. Reverter esse cenário e formar leitores certamente não é tarefa fácil, mas o professor tem um papel muito importante no processo de mudança. Especialmente na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, momento em que o hábito de leitura está sendo desenvolvido. A pesquisa do Instituto Pró-Livro evidencia a força docente nessa fase: no Brasil, 18% das crianças de 5 a 10 anos apontam como fator principal para escolha de um livro a indicação do professor, atrás apenas da capa da obra, citada por 27% dos entrevistados. Como o professor influencia a escolha de títulos, saber fazer boas indicações é fundamental para formar futuros leitores literários. Mas não só: é preciso estudar a obra, fazer leituras compartilhadas, explorar sua complexidade, propor discussões e dar voz aos alunos, para que eles sejam ativos nesse processo, conhecido como mediação de leitura. Mas como fazer uma boa mediação? A revista Educação conversou com Patrícia Diaz, diretora da comunidade educativa Cedac e formadora de professores, sobre aspectos que podem ajudar o docente a desenvolver seu papel de mediador. Confira: O que caracteriza uma boa mediação? A mediação começa quando o mediador escolhe a obra e se prepara para ler. Nesse momento, os cuidados para a escolha do livro são essenciais e o seu estudo para o maior conhecimento possível de todas as suas facetas, também. Assim, no momento da mediação, o mediador poderá atuar com propriedade sobre a obra e conectar-se ao público. O ideal é que se leia “com” o outro e não “para” o outro, ou seja, a boa mediação é a que encanta e envolve o público como participante ativo daquela leitura, sem que haja uma imposição da forma ou da interpretação da leitura pelo mediador. A mediação também não acaba quando acaba a leitura do livro, ela vai além. Uma boa mediação envolve uma boa conversa sobre o livro lido, que vá para além do óbvio, do “literal” do texto, que estimule os participantes a falarem o que sentiram, o que pensaram, que chame a atenção para pontos fortes do livro, que visite novamente algumas páginas, releia trechos etc. A partir de qual idade pode ser iniciada a mediação de leitura na escola? Desde bebês. Existe uma ideia de que os bebês não entendem ou que vão estragar os livros, mas essas são questões que precisam ser trabalhadas na formação dos educadores para que consigam enxergar a potência das crianças desde pequeninas, já que nessa fase elas estão tendo o maior pico de crescimento cognitivo e têm muita curiosidade e interesse de descobrir o mundo, investigá-lo e apropriar-se de tudo. Como escolher os livros a serem trabalhados com as crianças? Quais critérios devem ser observados? É muito importante considerar todo o projeto do “objeto” livro: seu projeto gráfico, o texto em si, as ilustrações, as relações entre texto e imagem. Também é essencial pensar quais os efeitos e sensações pode causar no leitor. Além disso, pensar qual é o conceito de criança que possivelmente o autor do livro tem. Isso porque existem livros infantis que refletem a falta de crédito do autor para a inteligência das crianças, abordando as questões de maneira muito simplificada e artificial, pois não crê que as crianças são capazes de interagir com uma literatura mais completa e complexa. É também importante saber um pouco do autor e da editora, pois suas linhas de atuação e histórico revelam muito sobre os cuidados que foram tomados no processo de produção do livro. Leia a entrevista completa na página da revista Educação.   Fonte: Revista Educação | Juliana Fontoura