O estado da arte das bibliotecas escolares em Minas Gerais revela um cenário com algumas contradições. Por um lado, o Governo do Estado promove um investimento histórico na modernização e revitalização desses espaços, com o ambicioso “Projeto de Leitura e Escrita”. Por outro, dados de anos anteriores e a voz de profissionais da área apontam para um déficit estrutural e de recursos humanos que ainda persiste, desenhando um panorama complexo e em plena transformação.
O carro-chefe da atual política para as bibliotecas escolares mineiras é o “Projeto de Leitura e Escrita”, que prevê um investimento recorde de R$ 212 milhões. Desse montante, R$ 180 milhões são destinados à reforma e revitalização das bibliotecas em mais de 3.400 escolas da rede estadual. A iniciativa também abrange a aquisição de acervos, incluindo o acesso a plataformas de livros digitais como a Britannica Education e a Elefante Letrado, buscando alinhar as bibliotecas às novas tecnologias e aos interesses dos estudantes. O projeto foi lançado com o objetivo de transformar as bibliotecas em ambientes mais acolhedores, modernos e dinâmicos, que incentivem o prazer pela leitura e pela escrita.