Praxis Softwares Gerenciais

As 5 Leis de Ranganthan

S.R. Ranganathan, um bibliotecário indiano famoso pelo desenvolvimento de várias leis e princípios na área da biblioteconomia. Ranganathan formulou cinco leis fundamentais, também conhecidas como “Cinco Leis da Biblioteconomia”, para orientar a organização e gestão de bibliotecas. Estas leis são frequentemente referidas como as “Leis de Ranganathan”. Aqui estão as cinco leis: Primeira Lei: “Livros são para uso.” Esta lei enfatiza que o principal objetivo das bibliotecas é facilitar o acesso e uso dos materiais pelos usuários. A função principal de uma biblioteca é servir às necessidades de informação das pessoas.Segunda Lei: “A cada leitor, o seu livro.” Esta lei reflete a importância da personalização dos serviços de biblioteca. Cada usuário tem interesses e necessidades únicas, e a biblioteca deve esforçar-se para atender a essas necessidades individuais.Terceira Lei: “Cada livro, o seu leitor.” Essa lei enfatiza a importância de encontrar o público certo para cada livro na coleção da biblioteca. Cada livro deve encontrar o leitor que possa se beneficiar dele.Quarta Lei: “Economizar o tempo do leitor.” Esta lei incentiva as bibliotecas a organizarem seus recursos de forma eficiente, de modo que os usuários possam encontrar rapidamente o que estão procurando. Economizar o tempo do leitor é uma preocupação central.Quinta Lei: “A biblioteca é um organismo em crescimento.” Ranganathan argumenta que uma biblioteca deve estar em constante evolução, tanto em termos de acervo quanto de serviços. A coleção e os serviços devem ser atualizados e adaptados às mudanças nas necessidades dos usuários e nas tendências de informação.Estas leis fundamentais de Ranganathan têm sido influentes na biblioteconomia e na prática das bibliotecas ao longo dos anos. Elas continuam a fornecer diretrizes valiosas para a gestão e desenvolvimento eficazes das bibliotecas, mesmo nas eras digitais e tecnológicas.

Alunos frequentadores de Biblioteca apresentam melhor rendimento nos estudos

Uma pesquisa da Universidade de Newcastle (Austrália) revelou que crianças leitoras estão oito meses à frente das outras. Os estudiosos acreditam que o resultado se deve ao fato que, dentro da biblioteca, a pessoa se sente mais estimulada a ler e pesquisar, conseguindo ampliar seu conhecimento. A Biblioteca tem um papel fundamental na formação profissional, cultural e humanística das pessoas. O espaço é cada vez mais necessário para essa contribuição na formação estudantil para o processo ensino-aprendizagem e na promoção de conteúdo relevante e de suporte para professores. O investimento em qualidade e organização do acervo literário é primordial para que a experiência do leitor seja prazerosa, reduza o retrabalho do Bibliotecário com a organização e disposição dos livros, propiciando mais tempo para se dedicar a atividades diversas e-ou estratégicas. O i10 Biblioteca é um software web de gestão de acervos premiado internacionalmente. Desenvolvido pela Praxis, o i10 Bibliotecas tem interface amigável que permite a interação/interatividade do sistema com os usuários/interagentes finais. O i10 Biblioteca te ajudará em todos os processos de sua Biblioteca. Ele ajudará a modernizar e automatizar processos internos de sua biblioteca e promover uma interação maior em uma rede colaborativa para todos os usuários. Clique aqui e conheça nossa solução. Cadastre-se e tenha nossa solução em sua biblioteca. Clique aqui e solicite uma visita técnica para conferir todos os recursos disponíveis em nossas soluções.   Em casos de dúvidas entre contato conosco pelo e-mail: atendimento@praxis.com

Revista Bibliotecas Universitárias lança novo número

A revista Bibliotecas Universitárias: pesquisas, experiências e perspectivas acaba de publicar seu último número, disponível em Para navegar no sumário da revista e acessar os artigos e outros itens de seu interesse, basta clicar neste link.

Paraná aprova primeiro currículo em consonância com a BNCC

O primeiro currículo estadual para educação infantil e ensino fundamental tendo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como referência foi aprovado na última quinta-feira, 22, pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná (CEE/PR). O documento foi elaborado ao longo dos últimos meses em regime de colaboração entre o estado e os municípios paranaenses e contou com apoio técnico do MEC, por meio do Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum Curricular (ProBNCC). O presidente do CEE/PR, Oscar Alves, ressaltou a importância da aprovação do referencial curricular para o avanço na educação do estado e lembrou a parceria feita entre as redes de ensino, escolas, órgãos envolvidos e a sociedade. Segundo ele, o conselho recebeu mais de 75 mil contribuições nas audiências públicas, de forma coletiva e democrática, o que foi determinante para a aprovação do documento. “Esse referencial curricular foi aprovado de forma flexível para as redes de ensino e instituições complementarem as propostas pedagógicas de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação [LDB] e a resolução do CNE [Conselho Nacional de Educação]”, explicou Oscar. “Acreditamos que a implementação vai colaborar para que os direitos e objetivos de aprendizagem das nossas crianças e alunos sejam garantidos, melhorando a qualidade e contribuindo para que o Brasil efetivamente avance. Ficamos muito felizes pelo apoio que tivemos dos órgãos envolvidos, principalmente do MEC, na construção desse referencial curricular”. Etapas Para elaboração do documento paranaense foi designada uma equipe técnica destinada especificamente à função. Eles produziram uma primeira versão do currículo, que foi levada a debate público por meio de consultas à sociedade, em fóruns, e pela internet, além de audiências e discussões em escolas com professores e gestores de educação. As sugestões foram analisadas e grande parte delas incorporada ou utilizada para modificações e adequações no texto, que, posteriormente, seguiu para o CEE/PR, onde ganhou aprovação. “Trabalhamos questões específicas, como a extração de madeira, o tropeirismo e a exploração da erva-mate, entre as primeiras atividades econômicas exploradas no Paraná, bem como o impacto de cada uma delas para o meio ambiente”, relata uma das coordenadoras da elaboração do currículo, Marli Regina Fernandes da Silva, representando a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime/PR). “Apoiamos a equipe para a elaboração do currículo e o texto formulado traz o contexto do estado”, avalia o diretor de Currículos e Educação Integral do MEC, Raph Alves. “As habilidades são contextualizadas, o que é caro para o paranaense, aspectos culturais, geográficos, históricos, artistas locais, questões ligadas à economia. Então tudo o que envolve a identidade daquele território é algo que entra neste documento curricular”. A elaboração dos currículos nos estados corresponde à primeira etapa da implementação da BNCC da educação infantil e ensino fundamental, homologada em dezembro de 2017. Para o segundo momento, estão objetivadas a formação dos professores e diretores, a revisão dos projetos pedagógicos das escolas e a elaboração de material de apoio. De acordo com Raph Alves, até o momento, 17 estados entregaram seus currículos para análise dos respectivos conselhos de educação. “Os estados, em conjunto com os municípios, estão debruçados na discussão do que é importante que todos os estudantes aprendam em cada etapa”, explica. “E isso está sendo feito olhando para o contexto local e em diálogo horizontal entre as diferentes redes públicas e instituições privadas.” Até a primeira semana de dezembro, estima ele, a expectativa é de que esse número suba para 22 estados. Programa Criado com o objetivo de apoiar estados no processo de elaboração e revisão dos currículos em consonância com a BNCC, o ProBNCC tem oferecido suporte financeiro aos governos estaduais, assegurando, assim, a qualidade desse processo. O ProBNCC também prevê recursos a serem usados para a formação das equipes técnicas de currículo e gestão das secretarias estaduais e municipais de educação. O programa é executado em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Fórum Nacional dos Conselhos de Educação (FNCE) e a União Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação (Uncee).   Fonte: Ministério da Educação

Filósofo Ricardo Vélez Rodríguez é indicado para ministro da Educação

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, anunciou na última quinta- feira (22), pelo twitter, a indicação do colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, para o cargo de ministro da Educação. Autor de mais de 30 obras, atualmente é professor emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. “Velez é professor de Filosofia, mestre em Pensamento Brasileiro pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, doutor em Pensamento Luso-Brasileiro pela Universidade Gama Filho e pós-Doutor pelo Centro de Pesquisas Políticas Raymond Aron, de Paris, com ampla experiência docente e gestora”, informou o presidente eleito pela rede social. O novo ministro já teria se naturalizado brasileiro. Propostas do novo ministro Em blog, o futuro ministro registra suas ideias sobre o Ministério da Educação. Ele promete em sua gestão “Mais Brasil, menos Brasília”, lema do presidente eleito, com ênfase na educação municipal. “Aposto, para o MEC, numa política que retome as sadias propostas dos educadores da geração de Anísio Teixeira, que enxergavam o sistema de ensino básico e fundamental como um serviço a ser oferecido pelos municípios, que iriam, aos poucos, formulando as leis que tornariam exequíveis as funções docentes”, disse. No texto, informa que um dos que apoiaram sua indicação foi o “professor e amigo Olavo de Carvalho.” Ele também faz críticas às provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), formuladas pelo Inep. Segundo ele, as provas são complicadas e funcionam como “instrumentos de ideologização do que como meios sensatos para auferir a capacitação dos jovens no sistema de ensino” – mesmo posicionamento do presidente eleito. Segundo seu currículo, divulgado por universidades em que lecionou, Ricardo Vélez Rodríguez nasceu em Bogotá, tem 75 anos, e graduou-se em Filosofia e Teologia. Veio para o Brasil fazer pós-graduação nos anos 1970, sempre na área de Filosofia, obtendo o título de mestre e depois de doutor por universidades do Rio de Janeiro. Ricardo Vélez Rodríguez é autor de diversos livros, tendo dedicado sua carreira à docência universitária e à pesquisa. Chegou a ser Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade de Medellín, entre 1975 e 1978, quando retornou brevemente à Colômbia. Desde 1979, fixou residência no Brasil e deu aulas em universidades do Rio de Janeiro, Londrina e Juiz de Fora, tendo participado da criação de cursos de pós-graduação em Pensamento Político Brasileiro. Em algumas de suas obras mais recentes, Ricardo Vélez Rodríguez examina o problema do patrimonalismo e da violência nas sociedades da América Latina. No livro Da Guerra à Pacificação, a hipótese que o autor levanta é a seguinte: “quando, no decorrer da segunda metade do século XX, o patrimonialismo vinculou-se, nos países latino-americanos, ao mercado dos tóxicos e à ação radical do Foro de São Paulo, a violência disparou e ensejou a formação de Estados dentro do Estado, cuja manifestação mais contundente foi a República das Farc, entre 1998 e 2002.” Ele considera que “o modelo colombiano da narco-guerrilha não está longe do Brasil: isso é testemunhado pelo fato de Fernandinho Beira Mar ter sido o elo entre as Farc e o narcotráfico carioca.” Segundo a sinopse de outro título de sua autoria – a A Grande Mentira – Lula e O Patrimonlaimo Petista – , de 2015, o professor e cientista político Ricardo Vélez Rodríguez “resgata as raízes do atual desgoverno operante no país: o patrimonialismo, tradição arraigada da política nacional, o neopopulismo bolivariano e sua relação com o lulopetismo, e, como pano de fundo da ação política do Partido dos Trabalhadores, as estratégias ligadas à “revolução cultural gramsciana”. Nomes Desde quarta-feira (21), havia a expectativa sobre o anúncio para o ministro da pasta. Na quarta-feira, um dos nomes ventilados foi de Mozart Neves, diretor do Instituto Ayrton Senna. No entanto, o educador negou em nota o convite e Bolsonaro, informou por meio de rede social, que o nome para o comando da pasta estava indefinido. Já na manhã de ontem, o presidente eleito disse queestava em análise o nome do procurador da República da 1ª Região Guilherme Schelb, que apoia projetos como o Escola sem Partido. Os dois se reuniram na Granja do Torto e Schelb deixou o local dizendo que não foi convidado para ocupar o cargo. Durante esta quinta-feira, Bolsonaro reiterou que a escola deve ser destinada a ensinar disciplinas e que temas relativos a questões de gênero devem ser abordadas pela família.“Quem ensina sexo para criança é papai e mamãe”, afirmou. “Escola é lugar de se aprender física, matemática, química e fazer com que no futuro tenhamos um bom empregado, um bom patrão e um bom liberal. Esse é o objetivo da educação.” Ao mencionar a relevância do Ministério da Educação, Bolsonaro destacou que é “onde está o futuro do país”. “É um ministério importantíssimo [o da Educação] porque o futuro do Brasil passa por ali. Situação complicada por ali, porque nas últimas décadas gastou-se mais com educação e a qualidade caiu. Portanto é um ministério que tem de ser muito bem escolhido.”   Fonte: Agência Brasil

IFLA publica Declaração de Santiago

A International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA) publicou a Declaração de Santiago, uma declaração do compromisso das bibliotecas com o desenvolvimento sustentável preconizado pela Agenda 2030 na América Latina e no Caribe. É um chamado para que os governos forneçam as condições necessárias para as bibliotecas realizarem seu papel. É uma ferramenta para bibliotecários, bibliotecas, associações de bibliotecas e amigos das bibliotecas promoverem e defenderem as bibliotecas junto aos governos, a ONU e outras instituições. Além de divulgar a Declaração de Santiago, a IFLA está convidando associações, instituições e outras organizações para assiná-la (apenas pessoas jurídicas), demonstrando o apoio e a busca para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Incentive sua instituição a assinar!

Convite: conheça o terminal de autoatendimento da Bibliotheca

O autoatendimento é um recurso inteligente desenvolvido para atender o fluxo de informação que o usuário, cada vez mais exigente, demanda. As bibliotecas em todo o mundo tem recorrido ao autoatendimento como forma de dinamizar os serviços prestados. Pensando nisso, as empresas Bibliotheca e Praxis Softwares Gerenciais uniram forças para oferecer uma nova experiência para você, bibliotecário, pedagogo ou professor. Venha conhecer um pouco mais do que há de mais moderno e inovador em serviços de informação. Até o dia 24 de setembro, você pode visitar a sede da Praxis, localizada à Rua da Bahia, 1033, 11º Andar, no Centro de Belo Horizonte. As visitas podem ser realizadas das 8h às 20h e não precisam ser agendadas. É só chegar e se deslumbrar. Nós esperamos você para uma demonstração do uso só terminal de autoatendimento. Venha falar com a gente sobre sua biblioteca!

Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprova proposta para incentivar construção e ampliação de bibliotecas públicas

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou proposta para que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios sejam obrigados a destinar verbas orçamentárias para a manutenção e aquisição de acervo para bibliotecas públicas, inclusive as de instituições de ensino públicas. A proposta altera a Lei do Livro (10.753/03). O texto também inclui obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma de bibliotecas no Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), previsto na Lei 12.462/11 para agilizar as licitações públicas. O relator, deputado Diego Garcia (Pode-PR), recomendou a aprovação da matéria. “Em um país em que a leitura não faz parte do cotidiano da maior parte das famílias, as bibliotecas públicas e escolares devem assumir o papel estratégico de promover o encontro entre o livro e o leitor”, disse. O texto aprovado é o substitutivo da Comissão de Cultura para o Projeto de Lei 3231/15, do deputado Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), com duas alterações feitas por Diego Garcia. A primeira subemenda do relator altera trecho do substitutivo para estabelecer que o uso de incentivos previstos na Lei Rouanet (8.313/91) para construção, manutenção e ampliação predial de bibliotecas, museus, arquivos e cinematecas se restringirá a instituições que sejam não apenas públicas, mas também abertas ao público. A segunda subemenda suprime artigo do substitutivo que reduzia a zero as alíquotas de PIS/Cofins nos equipamentos e materiais de construção a serem utilizados diretamente na construção, manutenção e ampliação predial de bibliotecas públicas. Segundo Diego Garcia, a isenção de PIS/Cofins não surtirá efeitos. “Tais tributos são devidos em razão das receitas auferidas pelos responsáveis pela venda do equipamento ou do material de construção, e o dever de pagar o tributo é do vendedor”, explicou. “Mas o vendedor, que se beneficiará da isenção, nada influi na decisão de construir ou não nova biblioteca pública.” Tramitação O projeto, que tramita em caráter conclusivo e já havia sido aprovado pela Comissão de Cultura, ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. >> Leia a íntegra da proposta PL-3231/2015     Fonte: Agência Câmara Notícias Reportagem: Ralph Machado Edição: Marcelo Oliveira

PNLE, afinal de contas o que virou Lei?

O setor do livro muito comemorou na semana passada. É que no dia 12 de julho foi sancionada a Lei 13.696/2018 que institui a Política Nacional de Leitura e Escrita, originada por um projeto de lei de autoria da Senadora Fátima Bezerra que tramitou cerca de dois anos no Congresso Nacional. Considerando os últimos anos, em que foram formuladas poucas políticas públicas para o Livro e a Leitura e que a aquisição de livros pelas esferas governamentais diminuiu drasticamente, de fato, há muitas razões para comemorar. Há mais de 12 anos iniciou-se o processo de discussão de PNLL (Plano Nacional do Livro e Leitura) que foi bastante amplo e envolveu diversos segmentos do Setor Público e da Sociedade Civil. Quantos de nós não escutamos o professor José Castilho (a quem tem sido atribuído o nome da lei: “Lei Castilho”) defender a necessidade de uma política de estado para o Livro e para a Leitura? Mas afinal de contas, o que significa isso em termos práticos? Significa que ao ser instituído na forma de Decreto que é ato do Poder Executivo, o Plano ficaria sujeito à decisão de cada governo sobre sua implantação ou não, não havendo obrigação normativa por parte do Estado. Com a sanção da lei, a elaboração e execução deste Plano torna-se uma imposição legal ao Poder Executivo. Outro ponto a ser comentado é o seguinte: o PNLE e o PNLL são a mesma coisa? Vamos lá: São disposições intimamente relacionadas, mas são instrumentos diferentes. O PNLL foi um documento elaborado detalhadamente para estabelecer eixos, metas e pormenores para a implantação das políticas de livro e leitura no país. Já o PNLE, lei sancionada que tanto comemoramos na semana passada, tem um texto mais simples, mas dispõe de instrumento que permite à sociedade cobrar do Poder Executivo a elaboração de um plano com o objetivo de instituir políticas claras e efetivas para o livro e a leitura. Trocando em miúdos, a Lei 13.696/2008, fixa a regra para que o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação elaborem em colaboração o Plano Nacional do Livro e Leitura com os objetivos previstos em seu texto, devendo ser ouvidos o Conselho Nacional de Educação (CNE), o Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC) e representantes de secretarias estaduais, distritais e municipais de cultura e de educação, a sociedade civil e o setor privado. Nos primeiros seis meses do mandato do Presidente estes ministérios deverão elaborar o plano que permanecerá válido para os próximos 10 anos, período este em que deverá ser implantado e executado. Há, portanto, muitos motivos para comemorar, mas, há ainda mais motivos para que o setor do livro e da leitura se organize, participe e exija uma política séria e ações eficazes. O trabalho é árduo e demanda muita articulação. O momento é de engajamento e mobilização para exigir o cumprimento da regra colocada. Nos próximos dias já começam os debates sobre o assunto durante a FLIP (25 a 29 de julho) em uma mesa promovida pela LIBRE e na 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no Espaço Papo de Mercado (Rua N. 2), em parceria com o CERLALC ouviremos e discutiremos a experiência do Chile e do México na mesa Sucessos e Desafios nos Planos Nacionais de Leitura, no dia 4 de agosto às 11h30. É muito importante a participação de todos. Esperamos por vocês!   Fernanda Gomes Garcia, diretora executiva da Câmara Brasileira do Livro. Fonte: CBL