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Movimento Recode: indique uma biblioteca para reprogramar o futuro dos jovens

O Movimento Recode é um chamado a pessoas de todo o Brasil que queiram fazer parte de uma grande rede para ampliar as oportunidades de jovens de 14 a 29 anos em situação de vulnerabilidade social. Como parceira, a biblioteca pública municipal ou comunitária poderá oferecer gratuitamente os cursos Recode com metodologia própria voltados ao uso consciente, ético e cidadão da tecnologia. A Recode é uma organização social voltada ao empoderamento digital, que busca formar jovens autônomos, conscientes e conectados a partir do uso da tecnologia. Com mais de 20 anos de atuação em tecnologia, formação de redes e cidadania, a organização atua em parceria com bibliotecas, escolas públicas e instituições comunitárias visando formar uma grande rede que promova uma nova consciência e gere oportunidades aos jovens brasileiros em situação de vulnerabilidade social. A organização faz parte de uma rede presente em 7 países e já impactou até hoje mais de 1,7 milhão de vidas. A biblioteca deve possuir no mínimo 3 computadores com acesso à Internet para uso do público. Mais informações sobre o Movimento Recode e a ficha de inscrição podem ser acessadas no site: www.recode.org.br/movimentorecode. Ao participar do Movimento Recode, bibliotecas públicas e comunitárias de todo o Brasil terão a chance de oferecer os cursos online para a comunidade do entorno da biblioteca, especialmente para o público jovem (14 a 29 anos), e contribuir para o empoderamento digital desse público. A ação com bibliotecas é realizada pela ONG Recode com o apoio do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP) e Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB). Benefícios • Incremento na programação das bibliotecas, possibilitando atração de novos frequentadores. • Acesso e certificação ao curso online “Biblioteca como Agente de Transformação” na plataforma Recode para profissionais de bibliotecas. O curso foi elaborado pela Recode em parceria com a Caravan Studios e patrocínio da Fundação Bill & Melinda Gates e capacita o profissional de biblioteca a realizar uma programação com base na pesquisa da comunidade. • Envio de Mídia Kit pela Recode para apoiar as bibliotecas participantes na divulgação e mobilização de jovens para a realização dos cursos na comunidade (posts, release, etc). Informações complementares: As bibliotecas que participam do programa Conecta Biblioteca podem participar do Movimento Recode. Para isso, basta preencher a ficha de inscrição no site www.recode.org.br/movimentorecode. • Para o Movimento Recode não há critérios de seleção por número máximo de habitantes ou IDH dos municípios, apenas será necessário que a biblioteca tenha 3 computadores e internet para uso do público que frequenta a biblioteca. • Para o Movimento Recode não estão previstos encontros presenciais. • As bibliotecas inscritas, dentro dos critérios estabelecidos, receberão material de orientação para cadastro da biblioteca e do aluno na plataforma. • Os jovens inscritos terão o prazo máximo até o dia 31.12.2018 para concluir os cursos oferecidos na biblioteca. Essa é uma ação realizada pela ONG Recode. Informações: contato@recode.org.br e (21) 2558-5695

Papel das bibliotecas universitárias na construção da ciência cidadã é tema da nova edição da revista do Sistema de Bibliotecas da UFMG

A Biblioteca Universitária da UFMG recebe, até 30 de agosto, textos científicos para o quarto volume da revista “Bibliotecas Universitárias: pesquisas, experiências e perspectivas”. Podem ser enviados artigos, ensaios, relatos de experiências, resenhas, diálogos e relatórios de pesquisa em português, inglês ou espanhol. O foco deste número da revista é a contribuição das bibliotecas universitárias para a construção da “ciência cidadã”. Os textos submetidos à publicação devem trazer reflexões sobre o papel das bibliotecas como agentes e espaços de compartilhamento e geração de conhecimento para a cidadania. A submissão deve ser feita no site da revista. “Bibliotecas Universitárias: pesquisas, experiências e perspectivas” é uma publicação de natureza científica, voltada para pesquisadores e profissionais da informação, e editada pela Biblioteca Universitária e Diretoria de Governança Informacional, ambas da Universidade Federal de Minas Gerais. A missão da revista é difundir o conhecimento em Biblioteconomia e Ciência da Informação, abrangendo questões teóricas e práticas pertinentes às bibliotecas universitárias, em seus aspectos tecnológicos, humanos, sociais e afins. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail revista@bu.ufmg.br   Fonte: UFMG

A biblioteca brasileira de futebol

Considerando a importância do futebol para a cultura brasileira, até que há poucos livros que tratam do tema no país. Por isso, o EL PAÍS preparou uma lista com o que há de melhor de novos e velhos clássicos que tratam do esporte nacional, seja em crônicas, quadrinhos, história, jornalismo, ensaios ou jornalismo. Aproveite em quanto é Copa do Mundo para ler alguns dos livros abaixo. À Sombra das Chuteiras Imortais Nelson Rodrigues (Companhia das Letras) Quando o assunto é futebol, talvez esse seja o livro mais importante já lançado no Brasil. Coletânea de crônicas publicadas por Nelson Rodrigues entre 1955 e 1970, À Sombra das Chuteiras Imortais pega a transformação do Brasil no futebol, quando o país passa do trauma do Maracanazo de 1950, quando perdeu a final da Copa para o Uruguai em pleno Rio de Janeiro, para ser a seleção mais badalada do mundo, tricampeã com títulos em 1958, 1962 e 1970. É neste volume, que está, aliás, a famosa crônica que fala do “complexo de vira-lata” do brasileiro, expressão que transcendeu o futebol e ao longos dos anos foi lembrada para explicar uma série de comportamentos nacionais. Infelizmente, o livro está esgotado e sem reedições há alguns anos, contudo, é possível encontrá-lo em sebos sem muita dificuldade. A Estrela Solitária Ruy Castro (Companhia das Letras) Verdadeiro clássico do jornalismo brasileiro, a biografia, publicada em 1996, refaz a trajetória de Garrincha, um dos maiores ídolos do futebol brasileiro. Enquanto jogou, entre os anos 1950 e 1960, o “anjo de pernas tortas” praticamente inventou o drible no futebol, criando jogadas que desconcertavam os adversários. Levou risos e aplausos para todas as arquibancadas em que jogava, mas desde que saiu a pequena cidade de Pau Grande, no Rio de Janeiro, onde foi descoberto, teve uma vida pessoal conturbada, marcada pelo alcoolismo. Ruy Castro reconstrói a trajetória única desse ídolo brasileiro que, ao lado do Pelé, foi um dos maiores que o futebol já viu. O Drible Sérgio Rodrigues (Companhia das Letras) O livro começa com uma longa descrição de um dos lances mais memoráveis da história do futebol: na Copa de 1970, no México, Pelé arranca livre e, apenas usando o mudando a trajetória de sua corrida, engana o lendário goleiro uruguaio Mazurkiewicz. A bola vai para um lado, Pelé para o outro e o arqueiro permanece no meio, estatelado. Depois começa o reencontro. O jogador vai em busca da bola, chuta e ela sai triscando o travessão direito. O lance, um dos maiores da história de futebol, é uma verdadeira obsessão de Murilo Filho, um famoso cronista esportivo carioca que tem uma relação conflituosa com seu filho Neto, que não gosta de futebol. O romance, lançado em 2013, que tem a Copa do Mundo de 1970 e o esporte como pano de fundo, fala da relação entre pai e filho no ritmo de uma partida de futebol. Dando Tratos à Bola Hilário Franco Junior (Companhia das Letras) Autor de outro livro acadêmico sobre futebol, o A Dança dos Deuses, Hilário Franco Junior reúne neste volume, publicado em 2017, sessenta ensaios que misturam usam da história, sociologia, economia, antropologia e psicologia para explicar o jogo e seus aspectos culturais. Os textos falam do uso político do futebol, da importância das torcidas para as sociedades e da construção feita ao redor de clubes como o Corinthians ou Flamengo, conhecidos como times da “massa”. Historiador e professor da Universidade São Paulo Franco Júnior obteve seu pós doutorado em história medieval, mas sua paixão pelo futebol está muito bem representada em Dando Tratos à Bola. Ode a Mauro Shampoo e Outras Histórias da Várzea Luiz Antonio Simas (Mórula) Aqui não há lugar para os grandes feitos já conhecidos internacionalmente. Sai Pelé e entra Mauro Shampoo, o “craque” do pior time do mundo, o pernambucano Íbis. Durante a carreira de atacante, que dividia com o ofício de cabeleireiro nos anos 1980, Shampoo marcou apenas um gol, uma marca única que Luiz Antonio Simas faz questão de lembrar. Ao lado da ode ao atacante, o autor, que é historiador, traça o perfil de outros times pequenos, derrotas gloriosas e conquistas dos times de várzea espalhados por todo o Brasil. Publicado em 2017, é um retrato romântico do que, talvez, há de mais romântico no futebol brasileiro: o improviso e a vontade de jogar. Os Beneditinos José Trajano (Alfagura) Terceiro romance do jornalista José Trajano, o divertido livro conta a história de Zezinho, um repórter desempregado que encontra no pequeno Juventus, de São Paulo, o outro pequeno América, do Rio de Janeiro, seu verdadeiro time de coração. Com evidente fundo autobiográfico, afinal, Trajano é possivelmente o torcedor mais conhecido e fanático do América, o livro começa na capital paulista, mas é na memória da época de ouro do Rio de Janeiro, entre as décadas de 1950 e 1960, que grande parte de sua ação se desenrola. O túnel do tempo é acessado a partir do dia em que o narrador, Zezinho, encontra no jornal uma notícia sobre walking football, futebol andando. É o que ele precisava para tentar reunir seu antigo time de um colégio no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. Gigantes do Futebol Brasileiro João Máximo e Marcos de Castro (Civilização Brasileira) Um compêndio de nada menos de 439 páginas que, de certa forma, começou a ser escrito em 1965 e só acabou recentemente. Lá atrás, nos anos 1960, os autores publicaram o livro com o perfil de 13 atletas, esquecendo-se de dois dos maiores craques brasileiros: Didi e Ademir. Acabaram virando alvo de críticas até de João Saldanha, o então técnico da seleção. Mais recentemente, em 2011, tiveram a chance de reparar a injustiça. Incluíram os dois jogadores e mais sete craques atuais. Os perfis contam tudo: os anos de formação, principais características, pontos altos e baixos da carreira. Ao todo, são 21 jogadores perfilados: Friedenreich, Fausto, Domingos da Guia, Leônidas, Tim, Romeu, Zizinho, Heleno, Ademir, Danilo, Nilton Santos, Didi, Garrincha, Pelé, Gerson, Rivelino, Tostão, Falcão, Zico, Romário

Lançado edital Edital MoWBrasil 2018

O Comitê MoWBrasil lança o Edital MoWBrasil 2018, para candidaturas ao Registro Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da UNESCO para o ano de 2018. Serão selecionados de zero (0) a dez (10) bens de patrimônio arquivísticos e/ou bibbliográficos, tanto textuais (manuscritos ou impressos), quanto audiovisuais (filmes, vídeos e registros sonoros), iconográficos (fotografias, gravuras e desenhos) ou cartográficos, custodiados em território nacional e de relevância para a memória coletiva da sociedade brasileira. O resultado do Edital será divulgado nesta página em 19 de outubro de 2018. Os acervos selecionados constarão de Portaria do Ministério da Cultura publicada em DOU e seus custodiadores receberão os certificados de nomeação e a logomarca que os identifica como acervos “Memória do Mundo da UNESCO”, a nível nacional, em cerimônia no dia 6 de dezembro de 2018, em local a ser confirmado, no Rio de Janeiro. Os formulários de candidatura preenchidos devem ser enviados exclusivamente em formato digital para: candidaturamowbrasil@an.gov.br As inscrições estarão abertas até 31 de julho de 2018.   Fonte: Arquivo Nacional

O que a arquitetura das bibliotecas públicas diz sobre os países

Este mês, livros serão retirados de suas abarrotadas e empoeiradas áreas de reclusão na antiga Biblioteca Nacional da Grécia e cuidadosamente colocados em carrinhos de mão. Mais de 2 milhões de itens, incluindo uma coleção de 4.500 manuscritos datados do século 9 ao 19, farão a viagem pelas movimentadas ruas do venerável edifício neoclássico no coração de Atenas para sua nova casa no Centro Cultural Fundação Stavros Niarchos. A jornada desses livros mapeia cuidadosamente o que aconteceu com a arquitetura das bibliotecas nacionais em todo o mundo. A antiga casa dos livros, concluída em 1903, foi projetada como um templo do conhecimento a ser usado por uma elite acadêmica limitada. Ao contrário da antiga biblioteca, o novo local tem poucas referências à linguagem arquitetônica da Grécia antiga. Procura transmitir a ideia de uma nação moderna, em paz com a sua história, mas também capaz de se expressar numa linguagem contemporânea. Em vez de um edifício quase religioso, situado dentro de um parque ornamental de 20 hectares, esse parque é apoiado sobre a estrutura angular: para entrar na biblioteca, os visitantes devem passar por uma espécie de caverna de fachada de vidro emoldurada por plantas. Ao fazer isso, serão recebidos por um paredão repleto de livros, de cinco andares de altura. A literatura – e a literatura moderna, em particular – é apresentada como sendo o suporte estrutural do imóvel, como os livros o são para o parque aberto acima. A nova biblioteca nacional no Catar também se alimenta de ideias em evolução sobre modernidade e democracia no país. Quando o prédio, que custou no mínimo US$ 300 milhões, foi encomendado pela primeira vez em 2006, era simplesmente uma instalação para a expansão do bairro universitário em Doha. Uma das arquitetas, Ellen van Loon, do OMA, diz que eles tentaram relacionar o edifício ao ambiente construtivo em rápida mutação do Catar. “O projeto emergiu de uma visita ao Catar e do raciocínio sobre as condições do local e a percepção de que a socialização no país acontece em shoppings ou hotéis. Uma biblioteca, no entanto, é um prédio público – um prédio muito bom para a vida social da população local.” O conceito comoveu as aspirações da liderança do Catar de ser vista como formada por líderes esclarecidos. O edifício é um espetáculo em transparência e abertura: enormes treliças de aço e colunas de concreto criam um vasto espaço no qual a maioria dos 1,5 milhão de livros da biblioteca é exibida. Salas especializadas para conservação e estudo tranquilo ficam ocultas sob as rampas inclinadas, e o espaço principal é essencialmente uma praça pública com ar condicionado revestida de mármore. E está sendo tratado como tal. Com palestras, concertos e eventos para crianças, a biblioteca é popular e tudo, menos um lugar de quietude. De acordo com Ellen van Loon, “o cliente percebeu assim que viu o prédio, que ele deveria ser um edifício público”, e nacional, principalmente. A biblioteca também consegue articular a tradição de uma maneira engenhosa. Uma seção subterrânea de mármore iraniano estriado armazena e exibe publicações do patrimônio. Em um país que é sensível à acusação de ter uma limitada riqueza cultural antes da descoberta do petróleo, esse embasamento de tesouros textuais é uma clara refutação. O item mais importante da coleção é a Tabula Asiae VI (também conhecida como o Sexto Mapa da Ásia), impressa em Roma em 1478, que foi o primeiro mapa impresso a mencionar o Catar. O patrimônio cultural é novamente retratado como um alicerce sobre o qual se fundamenta o Estado árabe e sua relação evolutiva com a democracia. No entanto, nenhuma tentativa tão ousada de transmitir o significado de uma biblioteca nacional por meio de analogia geológica foi feita do que em Riga, na Letônia. Gunnar Birkert, o arquiteto, deixou claro que seu projeto era uma referência ao conto popular A Princesa na Montanha de Vidro, que foi adaptado no início do século 20 como uma metáfora para o despertar nacional. Sua grande montanha de vidro que agora domina a margem oeste do rio Daugava e talvez seja a expressão arquitetônica chave da independência da Letônia em relação ao domínio soviético. Essas tradições folclóricas alimentaram a identidade nacional durante a ocupação, apesar de serem frequentemente banidas por apparatchiks (funcionários do Partido Comunista) leais a Moscou. Ao contrário das torres em blocos retilíneos da era comunista, a biblioteca, embora se equipare a eles em altura, é suave e chanfrada. Não foi barata. O estado pagou mais de US$ 194 milhões pelo prédio desde que começou a construção em 2004. Se eles forem bem-sucedidos, isso significaria que cada letão terá pago pouco mais de US$ 100 pelo prédio. O que eles receberam por esse dinheiro é surpreendente na intensidade e na escala de seu simbolismo. O átrio é dominado por outra alegoria familiar às bibliotecas modernas: um paredão de livros de cinco andares, chamado “A estante do povo”. Os cidadãos da Letônia doaram dezenas de milhares de livros, transmitindo tanto o significado emocional da literatura quanto seu poder intelectual. À medida que mais e mais livros são produzidos e as bibliotecas nacionais aumentam de tamanho, os arquitetos terão maior potencial para fazer declarações emotivas sobre a literatura sustentando a identidade nacional. Em O Corcunda de Notre Dame (1831), Victor Hugo observou que, no final da Idade Média, a impressão ameaçava a arquitetura como o meio dominante de a igreja transmitir um significado cultural. “O livro de pedra, tão sólido e tão duradouro, daria lugar ao livro de papel, mais sólido e mais duradouro ainda.” Coloque o livro e o edifício juntos, e você tem um potencial para estruturas de significação quase esmagadora. Fonte: Estadão | The Economist | Tradução de Claudia Bozzo

Estudo revela que séries de televisão reduzem nível de leitura

Você está viciado em sua nova série favorita da Netflix, enquanto aquele romance na sua mesinha de cabeceira está acumulando poeira? Muitas pessoas estão nessa situação, segundo um estudo alemão publicado no dia 07 de junho, que mostra a redução “dramática” dos leitores de livros, porque as pessoas gastam mais tempo na internet. O número de pessoas que compram livros na Alemanha caiu cerca de 18% entre 2013 e 2017, indicou o estudo, realizado a pedido da Associação de Editores e Livreiros Alemães. A queda foi ainda maior, de 24% a 37%, entre as pessoas de 20 a 50 anos, o grupo etário que dedica mais de três horas por dia à internet. “Há cada vez mais pressão social para reagir constantemente e estar ligado para não ficar para trás” na internet, indica Alexander Skipis, chefe da Associação, em um comunicado que acompanha o estudo, intitulado “Compradores de livros, aonde estão indo?”. Serviços de streaming como a Netflix, com suas séries de televisão dignas de maratona, estão “exercendo uma grande atração”, e com frequência substituem os livros como passatempo, acrescentou. Os resultados do estudo são sombrios para a leitura em um país que se orgulha de seus níveis nesse campo e é a sede da maior feira de livros do mundo, a Feira do Livro de Frankfurt. O estudo, para o qual a empresa de pesquisas GfK entrevistou 25.000 pessoas, revela que a crença de longa data de que um de cada dois alemães é um comprador de livros já não é algo atual. No ano passado, apenas 44% dos alemães de mais de dez anos, ou seja, 29,6 milhões de pessoas, compraram um livro. Mas em um ponto mais favorável para a indústria, o estudo mostrou também que os que continuam sendo devoradores de livros estão lendo e comprando mais que antes. O cliente médio comprou 12 livros no ano passado, mais que os 11 de 2013. A quantidade total de compra média subiu de 117 euros a 137 euros. A história é similar para os e-books, pois os clientes diminuíram 8% entre 2016 e 2017, a 3,5 milhões, mas a quantidade de títulos comprados por pessoa cresceu. Em reação aos resultados, a Associação de Editores e Livreiros indicou que pode aproveitar a oportunidade para apresentar os livros como um antídoto ante o frenesi atual do mundo digital. “O público busca se desconectar”, acrescentou Skipis. Todos os grupos de idade estão tomando uma atitude “muito positiva” ante os livros. Alguns dos entrevistados fizeram sugestões sobre como incorporar melhor os livros em sua vidas. Isso vai desde aplicativos que façam recomendações personalizadas até encontros entre leitores e autores para tornar a experiência de leitura mais interativa, ou colocar os livros em lugares inesperados, como academias de ginástica. O que sua escola pode fazer? A Praxis Softwares Gerenciais desenvolveu o i10 Bibliotecas, um sistema de gerenciamento de acervos e de bibliotecas premiado internacionalmente. Uma das funcionalidades do software é o estímulo à leitura por meio de uma poderosa Rede Social de Leitores. Fale com a gente para saber como nós podemos ajudar a melhorar a leitura na sua instituição.   Fonte: Estadão | AFP

Inscrições abertas para a oficina 2018 do Programa Memória do Mundo da Unesco

Anualmente, o Comitê do Brasil do Programa Memória do Mundo da Unesco lança edital para candidaturas de acervos a serem reconhecidos como patrimônio da memória brasileira. O objetivo principal do Programa é promover a proteção e divulgação de acervos documentais e bibliográficos considerados de valor para a memória da humanidade. Para apresentar de maneira mais ampla o Programa Memória do Mundo e orientar os interessados na proposição de suas candidaturas, o Comitê oferece oficinas regionais. Em Belo Horizonte, acontece no dia 11 de junho, das 14h às 18h, uma oficina ministrada no Arquivo Público Mineiro, na Avenida João Pinheiro, 372, bairro Funcionários. Serão apresentados também, durante a oficina, os Acervos Memória do Mundo do Instituto Cultural Amílcar Martins e dos arquivos públicos de Minas Gerais e da Cidade de Belo Horizonte. A apresentação será feita por Diná Araújo, bibliotecária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Solange Straube Stecz, membros do Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo. Os interessados em participar devem se inscrever o quanto antes pelo e-mail memoriadomundo@an.gov.br, já que as vagas são limitadas. Os participantes receberão certificado eletrônico. Clique aqui para saber mais sobre o Programa Memória do Mundo da Unesco.

Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação lança nova edição

A Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação (Rici) acaba de publicar seu último número (v. 11, n. 2, 2018). Acompanhe o sumário da nova edição. Editorial Cooperação bibliotecária: a palavra-chave nos tempos atuais (364-366) Murilo Bastos da Cunha. Artigos Preservação de objetos acessíveis em bibliotecas digitais e os aspectos de vulnerabilidades (367-387) Christiane Gomes dos Santos, Wagner Junqueira de Araújo. ‘Proveniência’ na terminografia arquivística de língua portuguesa: prospeção e visualização de (dis)similaridades em termos e definições (388-409) L. S. Ascensão de Macedo A contribuição da literatura infantil no desenvolvimento da criança: um estudo de caso no Projeto Literatura da Biblioteca do SESC DOCA (410-430) Marise Teles Condurú, Ana Cristina da S. Santos. Competências do bibliotecário: o exercício da mediação implícita e explícita na biblioteca universitária (431-448) Larisse Macêdo de Almeida, Gabriela Belmont de Farias Maria Giovanna Guedes Farias A biblioteca universitária e sua intervenção no contexto social: fomentando práticas multifuncionais (449-469) Jorge Santa Anna. Conexão e distanciamento conceitual entre filosofia, ética e direito da informação (470-480) Diego Salcedo,  Marcílio Cruz,  Vinícius Bezerra, Cintia Carneiro. A valorização do grafite como documento de arquivo: uma abordagem interdisciplinar entre a competência em informação e a teoria da complexidade (481-497) Beatriz Rosa Pinheiro dos Santos, Myrella Vaenia da Luz Fernandes, Ieda Pelógia Martins Damian, Ana Cristina de Albuquerque. Tecnologias de apoio a Gestão do Conhecimento: uma abstração por conceito, taxonomia e tipologia (498-522) Fábio Corrêa, Mariana Emery de Lacerda, Fabrício Ziviani, Renata de Souza França, Jurema Suely de Araújo Nery Ribeiro. Visualização de dados abertos no setor público (523-540) Fabiano Couto Corrêa da Silva. Artigos de revisão Indexação automática de imagens na web: tendências e desafios no contexto Deep Learning (541-561) Luciana de Souza Gracioso, Ana Carolina Simionato, Luís Miguel Oliveira Machado, Maria da Graça Melo Simões. Para acessar a revista, acesse este endereço.

Nova edição da norma ABNT NBR 6022 – Artigo em publicação periódica

a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) lançou uma nova edição da ABNT NBR 6022 “Informação e documentação – Artigo em publicação periódica técnica e/ou científica – Apresentação”. A nova norma entrou em vigor no dia 16/05/2018 e substitui a norma de 2003. As informações atualizadas podem ser verificadas no site www.abntcatalogo.com.br.

Sete livros que são obras-primas, mas poucos conseguiram terminar

Cento e trinta milhões. É mais ou menos o número de obras literárias publicadas em toda a nossa história. Um dado desanimador para aqueles que têm planos de ler tudo na vida, pois seriam necessários 250 anos. E isso caso se tenha a capacidade sobre-humana de devorar cada livro num minuto. Talvez por isso alguns escritores consultados para este artigo não tenham problema algum em reconhecer que acumulam um monte de exemplares abandonados durante a leitura em suas prateleiras. Eles inclusive recomendam fazer isso: “A vida é curta e há muitas coisas interessantes para ler”, diz Andrés Barba, um dos mais importantes jovens escritores de língua espanhola, de acordo com a prestigiosa revista inglesa Granta. Barba reconhece que a única vez que conseguiu terminar Moby Dick aconteceu quando foi encarregado de traduzir a última edição ao castelhano. O filósofo Henry David Thoreau disse há quase dois séculos: “Leia os bons livros primeiro, o mais provável é que não consiga ler todos”. Com esse panorama, convém não perder tempo com leituras infrutíferas. Manuel Astur, poeta, ensaísta e cofundador do movimento artístico Nuevo Drama, aconselha fugir do que é confuso: “Acho que um bom livro é aquele que consegue contar algo complexo com uma linguagem simples e econômica”, e cita: “Graça Infinita, de Foster Wallace, é um exemplo claro de pedantismo: poucos conseguiram terminar suas mais de mil páginas. E quem conseguiu jamais reconhecerá que não gostou e perdeu tempo”. Um livro não deve ser enfrentado, acrescenta Barba, como um desafio. O leitor se coloca numa posição devedora para com o autor e é incapaz de deixá-lo com a palavra na boca. E esquecemos que, às vezes, é precisamente o escritor que está nos vendendo gato por lebre. O próprio Charles Bukowski reconheceu sobre seus livros: “Eu trabalho bem durante uma garrafa e meia de vinho. Depois, sou como qualquer velho bêbado de bar: repetitivo e chato”. Curiosamente, quando foi diagnosticado com leucemia, percebeu que era capaz de escrever de forma brilhante sem álcool ou tabaco. Só teve um ano para comprovar isso, antes de morrer em 1994. Mas já é outra história. Há uma enorme quantidade de obras malditas que muitos não têm paciência para ler até o fim, nem a coragem de reconhecê-lo. Já demos 10 exemplos e agora apresentamos uma segunda lista. Antes de enfrentá-la, um conselho kafkiano para otimizar o tempo e não se angustiar diante dos milhões de exemplares que jamais chegaremos a folhear e, menos ainda, terminar. “Não deveríamos ler mais do que os livros que nos dão coceira e nos mordem. Se o livro que lemos não nos desperta com um soco no crânio, para que continuar?”. Isso foi dito por um autor, Kafka, prolífico em obras que muitos deixaram pela metade. 1. Ada ou Ardor, de Vladimir Nabokov Caso típico de uma obra de arte aplaudida pela crítica e incompreendida pelo público. O genial autor de São Petersburgo escrevia tão bem que redigiu seu romance mais famoso, Lolita, em inglês, que não era sua língua materna (embora a dominasse desde a infância, pelo empenho de sua família aristocrática e de seus professores). O germe de Ada ou Ardor veio depois de ter se tornado mundialmente famoso com a história do professor viúvo obcecado por uma adolescente: logo depois de Lolita, se propôs a criar sua obra-prima (ainda não estava consciente de que já a tinha escrito), e Ada ou Ardor (1969) nasceu de dois projetos diferentes, duas crônicas de vida que acabaram sendo traçadas de tal maneira que ele decidiu que mereciam se tornar um único romance. Talvez seja por isso que levou mais de nove anos para escrevê-lo. Nabokov sempre disse que queria ser lembrado por essa obra, embora sua narrativa arrevesada, cheia de acrobacias semânticas, alusões e duplos sentidos imperceptíveis para um leitor de inteligência mediana não tenha obtido o lugar universal que esperava. O poeta Manuel Astur vive uma contradição com esse livro: “Nabokov é um dos meus mestres, a grande inspiração para os meus livros. Mas este é um romance que me resiste, por mais que eu tente”. 2. O Jogo da Amarelinha, de Julio Cortázar O escritor argentino definiu sua obra-prima O Jogo da Amarelinha (1963) como “contrarromance”. Através da história de seu protagonista, Horacio Oliveira, traça, em mais de 156 capítulos, uma vida completa, mas com estruturas que fogem do convencionalismo para entrar no surrealista. E não só no que conta, mas sobretudo em como o faz. Convida o leitor a compartilhar seu caos e lhe dá várias opções para ler o romance: existe a “normal”, do início ao fim. Também a “tradicional”, apenas até o capítulo 56, prescindindo do resto. Também a “anárquica”, ou seja, a ordem que o leitor quiser. E, finalmente, a proposta por Cortázar, como um jogo, com uma sequência definida no “tabuleiro de direção” mostrado na primeira página, como uma espécie de Excel primordial. É uma grade na qual o leitor começa no capítulo 73, e daí vai saltando de um ao outro sem ordem aparente, para terminar no 131. Muitos são aqueles que dizem não ter passado da página tal ou da página qual. Mas essa confissão deve ser seguida da inevitável pergunta: em que ordem você o leu? É que O Jogo da Amarelinha é o único livro que, se for deixado pela metade, pode significar que você praticamente o terminou. 3. Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust A filóloga Josefina Lazcaray dá um conselho aos intrépidos que se aventurem a terminar os sete volumes que Proust escreveu ao longo de 14 anos: “Chegar até a página 80 do primeiro, e superar a famosa cena em que Proust lembra de sua infância enquanto molha um bolinho no chá”. O escritor parisiense escreveu esta obra de mais de 3.000 páginas entre 1908 e 1922, bem no ano que morreu, possivelmente esgotado por tal odisseia. Muitos recomendam ler antes a biografia de Proust, porque Em Busca do Tempo Perdido consiste, em última análise, de reflexões sobre sua vida. Mas voltemos à página 80: “É um romance muito