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MEC e CGU ampliam ensino de educação cidadã nas escolas públicas brasileiras

Os ministérios da Educação e da Transparência e a Controladoria-Geral da União (CGU) lançaram uma parceria para expandir as ações do Programa de Educação Cidadã Um por Todos e Todos por Um – Pela Ética e Cidadania. A ação prevê disseminar, entre alunos do ensino fundamental (do primeiro ao nono ano), das escolas públicas, os temas ética e cidadania de forma permanente e com material didático específico e de qualidade. O ministro da Educação defendeu que, para construir uma sociedade justa e democrática, é preciso educar as crianças com uma base bem definida e estruturada, com acesso a conteúdos adequados a cada faixa etária. “A linguagem da Turma da Mônica é sempre uma linguagem acessível, atrativa para as crianças e sedutora”, disse, em referência ao material produzido pelo cartunista Maurício de Sousa, criador das histórias em quadrinhos da Turma da Mônica e presente ao evento. “Nada melhor do que usar esse tipo de produção para que a gente possa sensibilizar e acessar os corações e as mentes dessas crianças do nosso país. Este projeto vai incentivar valorizar a ética e a cidadania por meio de uma linguagem didática, acessível. ” Com o projeto, serão elaborados novos conteúdos físicos e digitais para a ampliação do programa, alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que conta com investimento de R$ 2,4 milhões e o apoio do Instituto Maurício de Sousa. O objetivo é disseminar os valores relativos à democracia, como participação social e responsabilidade cidadã, além de respeito à diversidade aos estudantes com idade entre 6 e 14 anos. O material produzido – que será acompanhado de um guia para professores – trabalha a questão da alfabetização, ao mesmo tempo em que explora temas de ética e cidadania. Essa primeira ação alcançará mais de 100 mil escolas e cerca de 1,5 milhão de alunos. Educação cidadã O criador da Turma da Mônica, Maurício de Sousa, destacou que a educação sempre esteve presente em sua carreira, de quase 60 anos, estimulando a leitura nos lares de todo o Brasil. “Com esta parceria, unimos forças para uma educação cidadã melhor no Brasil”, afirmou. “O projeto vai permitir que eu e meus roteiristas possamos aprender a criar boas histórias para as crianças baseadas na ética e na cidadania, mudando as vidas de todos nós. ” O ministro da Transparência, Wagner Rosário, ressaltou que o apoio do cartunista Maurício de Sousa tornará mais fácil atingir o objetivo do programa. “Com a Turma da Mônica, que reconhecidamente faz sucesso em relação às crianças, temos a certeza de que a mensagem que pretendemos levar vai chegar até o aluno de uma forma correta e proveitosa”, avaliou.   Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC

Uma das bibliotecas mais legais do mundo é brasileira

Bibliotecas e livrarias deveriam ocupar as primeiras páginas dos guias de viagem. Apesar desses manuais terem virado um símbolo dos turistas analógicos, para onde quer que eu viaje tento encontrar um canto cheio de livros. É bacana ver como esses lugares, que a princípio existem pelos mesmos propósitos, conseguem sintetizar a essência do lugar onde se encontram de maneiras tão diversas e encantar turistas apaixonados por livros como eu. Seguindo a mesma lógica do cão que se parece com o dono, livrarias e bibliotecas também ficam a cara da cidade que as abrigam. Difícil pensar em Buenos Aires sem lembrar da livraria El Ateneo na Avenida Santa Fé. O Real Gabinete Português de Leitura e a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro estão encravadas no centro da cidade como lembranças de um passado suntuoso. A dureza concreta da Biblioteca Mário de Andrade contrasta com o Theatro Municipal, inspirado na Ópera de Paris — uma metáfora das contradições de São Paulo. Falando em Paris, a Shakespeare & Co deveria ser parada obrigatória de todo viajante, assim como a Biblioteca Pública de Nova York é para quem passeia por Manhattan. Você não precisa esperar as próximas férias ou o dia na vida em que for para outro país para visitar um santuário de livros bacana. Se você mora perto de São Paulo ou na capital paulistana, saiba que é vizinho de uma das bibliotecas mais legais do mundo. A Biblioteca de São Paulo, construída onde era a Casa de Detenção Carandiru, foi finalista do prêmio de melhor biblioteca do ano na London Book Fair International Excellence Awards 2018, que aconteceu na última semana. Junto com ela, instituições de Olso (Noruega), Aarhus (Dinamarca) e Riga (Letônia) concorreram ao prêmio – a biblioteca letã foi a vencedora. Assim como as feiras de Frankfurt e de Guadalajara, a feira do livro de Londres é uma das mais respeitadas do mercado editorial. Essa biblioteca brasileira já nasceu como uma promessa de transformação. Ela foi construída em 2010 no parque da Juventude, antiga área da penitenciária Carandiru, onde também funcionam duas escolas técnicas. Com 400m² projetados como se fosse uma grande livraria, a Biblioteca de São Paulo (BSP) chama a atenção pela arquitetura que coloca o público como foco, e não o acervo, diferente do que acontece nas bibliotecas tradicionais. A BSP é gerenciada pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo em parceria com a organização social SP Leituras, tem um acervo de 45 mil itens e 30 mil sócios. A metáfora dinâmica do desenho não se restringiu à disposição das estantes: a BSP funciona como um imenso laboratório de boas iniciativas que podem ser adaptadas e reproduzidas nas 800 unidades da rede de bibliotecas públicas do estado. Mais do que estimular a leitura, o objetivo desse grande laboratório é fazer com que as bibliotecas se tornem polos ativos de cultura nas comunidades. Clubes de livros, projetos de contação de histórias para crianças, oficinas de tecnologias para idosos, minicursos de robótica, saraus com jovens, projetos que discutem literatura e gastronomia estão entre os “experimentos” da BSP. “Ela está focada na pluralidade, e isso tem a ver com a literatura — porque, como diz Cristóvão Tezza, literatura não está a serviço de nada a não ser da liberdade. E biblioteca pública, como um espaço de literatura e educação, tem que ser um espaço livre para que cada um busque o seu espaço rumo ao conhecimento”, diz Pierre André Ruprecht, diretor executivo da SP Leituras, que foi a Londres participar da feira. A participação da comunidade próxima à Biblioteca de São Paulo é um assunto levado a sério pela instituição. Por lá, um terço das aquisições semanais de livros vêm de sugestões dos sócios (de carteirinha!). Outra particularidade da BSP é o público: a biblioteca atrai pessoas de diferentes idades, gêneros e condições socioeconômicas, ao contrário da maioria das bibliotecas públicas cujo público é formado por pessoas em idade escolar. Santana, o bairro onde fica a biblioteca, é um local da capital paulistana que concentra muitos albergues para moradores de rua. Com a construção da BSP na região, essas pessoas frequentam a biblioteca e participam das atividades culturais — hoje, eles representam 20% do total de visitantes. Para concorrerem a melhor biblioteca do ano, as instituições deveriam descrever dois motivos na inscrição da London Book Fair para serem reconhecidas como tal. Ruprecht conta que a BSP destacou os projetos de inclusão para diferentes públicos que podem ser replicados em outras unidades e a revitalização da comunidade onde antes existia a penitenciária. Essa é a primeira edição do prêmio com a categoria “biblioteca do ano”. “A indicação nos trouxe uma enorme responsabilidade para continuarmos nesse rumo. E também nos deu uma visibilidade que geralmente as bibliotecas públicas não têm. Nos deu voz para discutir o direito que a população tem a bibliotecas públicas de qualidade, e a necessidade de o poder público investir em cultura e prover esse direito ao cidadão”, diz Ruprecht. Mesmo com um índice de leitura de quatro livros por ano, o Brasil foi o país que mais se destacou na feira londrina. O prêmio, oferecido em parceria com a Associação de Editores do Reino Unido (UK Publishers Association), celebra as melhores iniciativas internacionais — cinco das 17 categorias tinham finalistas brasileiros: editora profissional ou acadêmica (Editora Atheneu); plataforma de audiolivros (Ubook.com); acessibilidade para livros (Fundação Dorina Nowill para Cegos); inovação (TAG Experiências Literárias) e biblioteca do ano (Biblioteca de São Paulo).     Fonte: Superinteressante | Pâmela Carbonari

Da enfermagem para a automação de bibliotecas

Glaucia Fernandes é funcionária pública lotada no Governo do Estado de Minas Gerais e na Prefeitura de Belo Horizonte, na função de técnica em enfermagem. Atualmente, ela cursa o 7º período em Biblioteconomia pela Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), na modalidade a distância. Após diversas experiências em atendimento a pacientes em hospitais da capital mineira, Glaucia decidiu investir em uma nova carreira que aprofundasse o contato com pessoas. “Apesar de muitos pensarem que não há propósitos comuns, posso garantir que a Biblioteconomia e a Enfermagem têm muitos aspectos afins”. Ela cita como exemplo um projeto de arrecadação de livros para criação de um pequeno acervo circulante para os pacientes da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG). Para Glaucia, o tratamento oferecido a pacientes em hospitais encontra paralelo no atendimento dado a usuários em uma biblioteca. Ela também diz ter uma enorme paixão pelos livros e pelos movimentos sociais. “Como futura bibliotecária espero que o atual cenário na biblioteconomia brasileira melhore no futuro. E pretendo contribuir para isso. Faço parte de um grupo informal de bibliotecários mineiros que discute questões relacionadas a prática da biblioteconomia no nosso Estado e que luta por melhorias nas ambientações e atividades realizadas por estes profissionais”, diz. Na Praxis, Glaucia atua na área de automação, gestão de bibliotecas, tecnologia de softwares e catalogação. “Tenho essa oportunidade esplêndida de realizar meu estágio supervisionado na Praxis, uma empresa especializada em desenvolvimento tecnológico que oferece várias oportunidades a profissionais com interesse em adquirir conhecimentos. Meu aprendizado na área de automação está sendo valioso para o meu futuro como bibliotecária, uma vez que posso aprender, na prática, a teoria que me foi ensinada na faculdade”. Foram meses de experiência inserida na dinâmica da Praxis. “Estou aprendendo a classificar, catalogar, operar e gerenciar os sistemas e também sobre os processos de automação de uma unidade de informação. Só tenho a agradecer pela oportunidade, e espero poder contribuir com meu aprendizado”, finaliza! Gostou? A Praxis tem recebido diversos estudantes de biblioteconomia interessados em atuar na área de tecnologia, inovação e gestão. Conheça um pouco a história de Gabriel Teixeira e de Július César Soares, que veio de Manaus, que também realizaram estágio supervisionado na Praxis. E se você quer fazer parte da nossa equipe, basta se cadastrar em nosso site.

Conheça o Castelo de Luz, a melhor biblioteca do mundo de 2018

A Biblioteca Nacional da Letônia foi eleita a melhor do mundo de 2018. O título foi concedido pela Feira do Livro de Londres (London Book Fair, no original em inglês), um dos eventos mais importantes da área, e a associação de editores do Reino Unido em cerimônia na noite desta terça-feira (10). A Biblioteca São Paulo (BSP), construída no terreno onde ficava o Complexo Penitenciário do Carandiru, palco do massacre em que morreram 111 presos, em 1992, ficou entre as melhores do mundo, mas não levou a medalha de ouro. A biblioteca monumental fica no centro histórico da capital Riga e foi projetada em 2014 pelo arquiteto letão naturalizado norte-americano Gunars Birkerts (1925-2017), bastante conhecido por seus projetos modernistas em Michigan. Na concepção do espaço, o arquiteto aplicou diversas referências do folclore da Letônia, e apelidou o edifício de Castelo de Luz, que à noite se destaca na paisagem com suas luzes interiores. À época, a obra foi vista como um enfrentamento à arquitetura pública soviética, que dominou a história recente do país, com um edifício contemporâneo, apesar de manter o caráter monumental. Foi concebida inicialmente em 1988, mas só saiu do papel anos depois, em 2014, quanto os habitantes também criaram um movimento para proteger os livros antigos e levá-los para as novas bibliotecas. A ação envolveu 14 mil pessoas, que criaram uma corrente humana de 2 quilômetros de comprimento, para proteger alguns exemplares da literatura nacional do país. A biblioteca tem 4,5 milhões de livros, o que inclui exemplares raros. Por isso é a coluna vertebral de todo o sistema público de bibliotecas da Letônia, auxiliando atividades escolares, pesquisas universitárias e consultas do parlamento, além de desenvolver padrões nacionais para o setor.   Fonte: Gazeta do Povo

Uma biblioteca que muda sua comunidade

A alfabetização na idade certa é indispensável para uma vida plena e integrada à cultura do escrito. Mas esse direito nem sempre é garantido no Brasil. De acordo com a Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2016, na Educação Pública, 55% dos alunos com 8 anos não conseguem ler suficientemente. Para promover o aprendizado na hora certa, a estratégia 33 da meta 7 do Plano Nacional de Educação (PNE) visa formar novos leitores. Mas o caminho a ser percorrido é longo, pois ler como hábito ainda é um desafio. De acordo com a Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2016), 44% dos brasileiros não leem e 30% nunca compraram um livro. Entre a população das classes D e E, os não-leitores são 60% (considerando leitor quem leu inteiro ou em parte um livro nos últimos 3 meses). Como um mergulho em um mundo de narrativas, a leitura aperfeiçoa desde o senso crítico sobre si mesmo e representações do mundo, como também impacta no desempenho escolar. Nesse sentido, uma biblioteca pode fazer uma grande diferença. Como fez na vida dos filhos de Glaucimar Soares de Assis – Iarley (11), Ana Íris (9) e Mirela (4). Todos eles moram na comunidade carioca Chácara do Céu, na Tijuca; e fazem parte da primeira leva de frequentantes da Biblioteca Comunitária que leva o nome da escritora negra Carolina Maria de Jesus, ela mesma um marco no acesso à literatura. Para a Glaucimar, a convivência dos filhos com os livros foi uma virada de página, pois as crianças penetraram em um universo novo. “Ana Íris já tinha passado por duas escolas diferentes e não tinha sido alfabetizada. Depois que passou a frequentar o espaço, a leitura se desenvolveu, os estudos e as notas melhoraram”, afirma. No meio da noite tinha uma biblioteca A ideia da biblioteca comunitária Carolina Maria de Jesus partiu da geógrafa e moradora da favela, Ana Beatriz Cunha. Ela integrou a equipe de projetos sociais na criação da Associação de Moradores do local e, junto da historiadora Lili Rose, passou a arrecadar os materiais para a abertura do espaço. O nome do lugar já mostra ao que a biblioteca veio. Victor Figueiredo Cunha, que trabalha com as mídias sociais e na administração do espaço, explica que Carolina é uma inspiração para os moradores da comunidade. “Ela foi uma pessoa pobre, que passou por muitos problemas que as pessoas da Chácara do Céu enfrentam; mas que, mesmo assim, teve uma obra literária publicada em vários países”, explica. O principal desafio no começo do projeto foi ganhar a confiança dos moradores. Para isso, a estratégia foi engajar as pessoas via Facebook, conta Victor. “As postagens serviram e ainda servem para ganharmos credibilidade, que é o mais difícil. As pessoas de fora geralmente veem com mais esperança, mas quem está aqui já viu tanta coisa dar errado que fica desconfiado.” A rotina das crianças está entre as maiores preocupações dos pais e dos organizadores. Antes da iniciativa, explica Glaucimar, faltavam atividades para os pequenos durante a noite. Tomando conhecimento disso, os responsáveis pelo espaço decidiram abrir às 19h30 de terça e quinta-feira. “O horário foi importante porque as crianças que ficam até tarde fora de casa não ficam mais na rua. Agora elas vêm para biblioteca”, explica Victor. Glaucimar experimenta essa mudança com Iarley. “Toda terça e quinta, quando ele chega da escola, sabe para onde ir. E isso não foi apenas com ele, mas com várias crianças”. Muitas crianças frequentam as três escolas em torno da comunidade, mas, mesmo assim, chegam à biblioteca sem saber ler. Por isso, o espaço tem como filosofia contribuir com a relação entre pais e gestores escolares. “Fazemos reuniões com pais para reivindicarmos bibliotecas nas escolas. Aqui, nós podemos facilitar esse diálogo”, explica. Mobilização para transformar vidas A missão da biblioteca não é ser apenas um paliativo, pontua Victor. “Estamos aqui para transformar vidas e, para isso, precisamos ser efetivos em trazer as crianças para dentro da biblioteca.” Um dos passos nessa direção é que os pais também incorporem a leitura como valor. No que depender de Glaucimar, a biblioteca será um sucesso. Ela tenta convencer seus vizinhos comentando, sempre que possível, sobre a importância do espaço e falando do exemplo da sua filha. “Eu não fui incentivada, mas acabei aprendendo a ler porque estudei até a 1ª série do Ensino Médio”, explica. “Os pais que não sabem ler precisam estimular os filhos também, pois os que não foram alfabetizados sabem o quanto isso é importante para a vida. É justamente por isso que os responsáveis têm que incentivar. Eles precisam pensar que ‘eu não sei ler, mas quero que meus filhos tenham incentivo e saibam sim’”, afirma. Para contribuição com a biblioteca com doações, basta entrar em contato com a biblioteca pela página no Facebook.   Fonte: Estadão

Biblioteca Pública do Paraná inaugura clube de troca de figurinhas do álbum da Copa

A Biblioteca Pública do Paraná inaugura neste sábado (14) um clube de troca de figurinhas do álbum da Copa do Mundo da Rússia 2018. Os encontros acontecem todos os sábados, entre os dias 14 de abril e 14 de julho, na Seção Infantil, das 10h às 12h30. A entrada é franca. Além de viabilizar a troca de figurinhas entre os participantes, a Biblioteca também promove uma campanha. As crianças que fizerem doações de figurinhas, para um álbum da BPP, participam de um sorteio. O vencedor escolhe uma instituição carente, na qual a Seção Infantil da BPP vai realizar uma atividade cultural. Quando estiver completo, o álbum da Copa do Mundo da Rússia 2018 da BPP ficará no acervo da Divisão de Documentação Paranaense, disponível para consultas no local. Serviço: Clube de troca de figurinhas da Copa do Mundo da Rússia 2018 Seção Infantil da Biblioteca Pública do Paraná Rua Cândido Lopes, 133, Centro – Curitiba Todos os sábados, entre os dias 14 de abril e 14 de julho, das 10h às 12h30 Entrada franca.   Fonte: Bem Paraná

Bibliotecária descobre “mistério” em livro de biblioteca na Escócia

O pequeno vilarejo de Charleston, localizado na cidade de Dundee, na Escócia, é tão escondido no norte-europeu e tão pouco habitado (a população da região está estimada em 4.323 pessoas) que parece até um destino perfeito para quem busca por calmaria e distância de grandes centros urbanos. E também por uma grande história de mistério – que, felizmente, foi desvendada. Tudo começou quando a bibliotecária Georgia Grainger, funcionária da Biblioteca Comunitária de Charleston, foi questionada por uma senhora, que lhe perguntou: “Por que todas as páginas 7 dos livros que eu peguei emprestado têm o número 7 sublinhado com caneta?”. “Isso parece estranho”, adicionou a mulher. Instigada com a pergunta, Grainger foi conferir os livros e, de fato, todos traziam a marcação estranha. Devido à sua imaginação fértil, ela começou a imaginar o que poderia motivar aquela ação: grupos de espionagem, histórias secretas de amor ou até a atuação de serial killers foram hipóteses cogitadas , escreveu a bibliotecária em sua conta do Twitter. Quando foi buscar pela mesma marca em outros livros da biblioteca, Grainger percebeu que não eram todas as obras que tinham o tracejado no número 7, mas apenas grande parte das histórias antigas para o público feminino – ou seja, romances ambientados em períodos de guerra, que são particularmente populares entre pessoas idosas na biblioteca de Charleston. Apesar da descoberta, o mistério continuava firme e forte. Foi aí que a bibliotecária decidiu conversar com sua gerente sobre o bizarro padrão nos livros e descobriu que a marcação era, na verdade, um código que pessoas idosas tinham criado para marcar os livros que elas já haviam lido. O método era uma prática utilizada ainda antes dos computadores e sistemas de empréstimo de livros existirem. Alguns dos adeptos tracejavam números de certas páginas, outros, desenhavam estrelas ou escreviam a inicial do nome em algum lugar do livro. Como esses livros costumam ter enredos muito parecidos, o método era uma forma dos leitores evitarem de ler o mesmo livro outra vez. Toda a história foi narrada por Grainger em sua conta do Twitter.   Fonte: Galileu

Conheça projeto que aproxima cegos da literatura

 “Depois que deixei de enxergar, meu amor pelas palavras aumentou”. Noeme Rocha, 57 anos, é apaixonada pelas letras e, mesmo depois de perder a visão, em 1990, num acidente de trânsito, não abandonou a ligação com a literatura. Hoje, após superar barreiras impostas pela deficiência visual, Noeme enaltece o braile, sistema de leitura que a fez redescobrir o amor pela escrita. “O cego é o único que pode tocar as palavras. A gente pode senti-las. É uma emoção tão grande que do dedo ela vai pro coração e pra mente”. Comemorado em todo o Brasil neste domingo, o dia do sistema braile homenageia o método criada em 1825 pelo francês Louis Braille. O instrumento de leitura chegou por meio do carioca José Álvares de Azevedo, que, a partir do ano de 1850, difundiu o método. Noeme conta que desde pequena era ligada às palavras. “Eu sempre gostei de literatura, desde a minha infância. Minha mãe lia para mim, e eu gostava demais das figuras coloridas”, conta. A relação com o pai, que era repentista, também despertou em Noeme a simpatia pelas palavras. “Ficou um pouco dessa veia artística na minha alma”, conta. Influenciada pelo trabalho do patriarca, ela descobriu na poesia uma paixão. Com a perda da visão, Noeme teve de se reinventar: reaprendeu uma série de atividades que desenvolvia com facilidade antes, entre elas, ler e escrever. “O braile ficou sendo meu amigo inseparável”, confessa Noeme. Hoje, a poesia continua presente na vida dela, mas as inspirações para escrever são diferentes. Além de produzir versos e rimas sobre temas do cotidiano, ela lembra que gosta de expressar seu amor pelo braile por meio das próprias obras. Na poesia Agradecimento a Louis Braille, as linhas mostram uma autora agradecida às oportunidades trazidas pela ferramenta. A biblioteca de Noeme Noeme Rocha é uma das fundadoras da biblioteca em braile Dorina Nowill, em Taguatinga. A instituição existe há 23 anos e reúne cerca de 3 mil publicações no acervo. No estabelecimento, estão disponíveis livros em braile e audiolivros. Além disso, a biblioteca conta com diversas atividades e oficinas para deficientes visuais. Um dos projetos do local é o Luz & Autor em Braile, desenvolvido desde a fundação da casa. Iniciativa da professora Dinorá Couto, também fundadora da biblioteca, o projeto incentiva o contato entre pessoas com deficiência visual ou baixa visão e a produção de textos literários. “A pessoa que se envolve com leitura tem uma vida melhor. Ela viaja sem sair do lugar”, afirma Dinorá. No projeto, os deficientes visuais são convidados a escrever contos, poesias, poemas e crônicas. Desse trabalho surgiram frutos: o livro Revelando autores em braile, lançado em 2010, conta com 800 textos de pessoas que não enxergam ou têm baixa visão. O sucesso do Luz & Autor em Braile foi tanto que deu origem à primeira Academia Inclusiva de Autores do país. “Eu nunca pensei que esse trabalho teria uma abrangência tão grande”, conta Dinorá. Ela explica que o projeto, que conta com 222 membros, consiste no apadrinhamento de uma pessoa que enxerga com um cego. Esses padrinhos são, em sua maioria, autores de livros que procuram o projeto para achar meios de tornar as obras acessíveis. Felizes, Dinorá e Noeme comemoram o sucesso das atividades desenvolvidas com os membros e frequentadores da biblioteca, carinhosamente apelidados de Família Braille.“O cego está tendo um acesso muito bom à literatura. Nós só precisamos da oportunidade, da força, do empurrão”, afirma Noeme. Fonte: Correio Braziliense, Rebeca Borges (Estagiária sob supervisão de Vinicius Nader)

“Se você não ler, como quer fazer seu filho ler?”, diz dono da Livraria Cultura

Presidente do Conselho de Administração da Livraria Cultura, Pedro Herz lançou recentemente seu livro de memórias “O Livreiro”, em que conta como uma das maiores redes de livrarias do Brasil nasceu de uma biblioteca de 10 livros em alemão. Eva Herz (1911-2001), mãe de Pedro, imigrante judia alemã radicada no Brasil, começou uma biblioteca circulante para atender à comunidade de expatriados em São Paulo e expandiu o negócio até abrir uma livraria em 1947. Herz, que assumiu a empresa na sequência da mãe, esteve em Porto Alegre para sessão de autógrafos conversou com ZH sobre o mercado atual, recentes aquisições da Cultura (como a Fnac e a Estante Virtual) e o que considera o grande problema de qualquer livraria no Brasil: o descompasso na formação de novos leitores. Com mais de meio século de atuação como livreiro, como o senhor vê o panorama atual? Qual a principal mudança? Acho que a mudança que existe hoje não é apenas no mercado do livro. O livro é um produto de varejo e é o varejo que está passando por grandes mudanças sem que o caminho seja muito claramente sinalizado. Ninguém sabe direito para onde vai. Quando você fala do varejo, esbarra também no modelo dos shopping centers, você vê a grande quantidade de lojas, de quaisquer produtos, vazias. Este é o problema: o consumidor está mudando de hábitos. Especificamente no livro, não há formação de novos leitores, e leitor se forma em casa. A familiarização do livro com a criança é em casa. A escola pode ajudar, mas é em casa que isso se define. E os casais estão tendo menos filhos. Com mais de meio século de atuação como livreiro, como o senhor vê o panorama atual? Qual a principal mudança? Acho que a mudança que existe hoje não é apenas no mercado do livro. O livro é um produto de varejo e é o varejo que está passando por grandes mudanças sem que o caminho seja muito claramente sinalizado. Ninguém sabe direito para onde vai. Quando você fala do varejo, esbarra também no modelo dos shopping centers, você vê a grande quantidade de lojas, de quaisquer produtos, vazias. Este é o problema: o consumidor está mudando de hábitos. Especificamente no livro, não há formação de novos leitores, e leitor se forma em casa. A familiarização do livro com a criança é em casa. A escola pode ajudar, mas é em casa que isso se define. E os casais estão tendo menos filhos. Qual seria uma receita sua para fazer um leitor? Eu digo: se você não ler, como quer fazer seu filho ler? Essa é a frase que deveríamos repetir para todos os pais. Se eles não dão o exemplo de ficarem confortavelmente sentados, em silêncio, porque ler é, na maioria das vezes, uma atividade solitária, se ele não consegue fazer isso, não vai convencer seus filhos de que aquilo é importante. Leia a entrevista completa de Pedro Herz à Gaúcha ZH.   Fonte: Gaúcha ZH

Governo do Rio abre mais duas bibliotecas parque

Fechadas em 2016, em meio à crise financeira do estado do Rio de Janeiro, as bibliotecas parque começaram a ser reabertas em 19 de fevereiro. A unidade da Rocinha foi reinaugurada, e o governo anunciou que, até o início de maio, mais duas devem voltar a funcionar. A unidade do centro da cidade, na Avenida Presidente Vargas, deve voltar a receber usuários até o início de maio. Ainda não há previsão para a reabertura da Biblioteca Parque do Complexo do Alemão, e a unidade de Niterói foi municipalizada em 2017 para continuar recebendo frequentadores. O investimento para manter as bibliotecas parques funcionando será de R$ 1,7 milhão por mês. De acordo com o secretário, os recursos ficaram disponíveis com o aumento da arrecadação estadual neste ano. Inicialmente, 30 servidores que estavam lotados na sede da Secretaria Estadual de Cultura foram deslocados para atender ao público entre 8h e 17h. Por meio de uma licitação, o governo contratará uma empresa privada para gerir esse serviço, permitindo o retorno dos servidores a seus locais de origem. O processo deve durar no máximo 30 dias, segundo Monteiro, e atenderá a todas as unidades da rede estadual. A reabertura da Biblioteca Parque da Rocinha foi marcada por críticas do secretário e do governador, Luiz Fernando Pezão, à prefeitura do Rio. Em outubro, após a série de confrontos que levou a uma operação integrada das polícias estaduais com as Forças Armadas, o prefeito Marcelo Crivella chegou a anunciar que assumiria a biblioteca. Pezão afirmou que colocou a unidade à disposição da prefeitura, mas nada foi feito. “Me pediram, e eu entreguei. Daquilo que entregamos, até hoje, demorou seis meses, e ninguém fez nada. Então, nós vamos fazer”, disse o governador. Inaugurada em 2012, a Biblioteca Parque da Rocinha já fez 14 mil empréstimos de livros e emitiu 5 mil carteirinhas de usuários. Até ser fechada, em 2016, 145 mil visitantes passaram por seus cinco pavimentos, construídos na Estrada da Gávea, no interior da favela. De acordo com informações disponibilizadas pela Secretaria Estadual da Cultura, as bibliotecas parque do Rio são inspiradas em modelo criado em Medellín e Bogotá, na Colômbia. São “espaços criados em áreas de risco para oferecer aos usuários acesso imediato e fácil à informação”. A atuação inclui “ambiente de convivência e convergência na comunidade, contribuindo para a diminuição da violência e para a inclusão social”. Leia a matéria completa, com edição de Davi Oliveira, aqui.   Fonte: EBC Agência Brasil