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Amantes dos livros tomam iniciativa de disseminar conhecimento abrindo os próprios centros de leitura

O amor pelos livros e, principalmente, pela história de Minas fez com que o historiador e professor Amilcar Vianna Martins Filho reunisse ao longo da vida um acervo bibliográfico de peso. Em 2001, quando criou o Icam, instituto cultural que homenageia seu pai, o parasitologista e pesquisador Amilcar Vianna Martins (1907-1990), ele decidiu levar a sua coleção para lá. “Inicialmente, o Icam funcionou no Edifício Acaiaca, no Centro, e desde 2010, temos uma sede própria na Rua Ceará, no Funcionários. O instituto promove uma série de atividades, mas o carro-chefe é a biblioteca”, comenta Amílcar. Além de se caracterizar como uma biblioteca de referência e pesquisa, o espaço é um importante centro de preservação do patrimônio cultural bibliográfico do estado. A Coleção Mineiriana do Icam reúne hoje cerca de 14 mil títulos, entre livros, opúsculos e periódicos, sobre a história e a cultura mineiras. Ali é possível encontrar volumes sobre história, cultura, política, arquitetura, culinária, biografias de mineiros ou escritas por mineiros, além de romances. O acervo é aberto à comunidade, mas as consultas devem ser feitas in loco. “Geralmente, quem vem são historiadores, professores, estudantes ou pessoas que estão desenvolvendo pesquisas sobre algum aspecto da história de Minas. Mas a biblioteca é aberta a qualquer um”, frisa. O espaço é dividido em duas partes – uma com as obras correntes, que vão de 1940 até hoje (a maior parte do acervo) e a outra com obras raras, que ele chama de “a joia da coroa” (1,8 mil exemplares), incluindo publicações dos séculos 18, 19 e 20 (até 1940). “Temos obras raríssimas aqui. Até livros conhecidos como ‘cabeça de bacalhau’, aqueles que todo mundo sabe que existe, mas ninguém nunca viu”, diz o historiador. Entre as raridades está Triunfo eucarístico, publicada em 1734, sobre a festa realizada em Vila Rica no ano anterior para a inauguração da Matriz do Pilar. Outro tesouro é o livro Áureo trono episcopal, publicado em 1749, sobre a chegada do primeiro bispo a Mariana. “São dois livros raríssimos e fundamentais para o estudo da história de Minas Gerais dos setecentos”, pontua. “Recentemente, a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Ciência, a Educação e a Cultura) divulgou que a coleção de obras raras da nossa biblioteca foi contemplada com o título Memória do Mundo. É o primeiro acervo bibliográfico brasileiro a receber tal honraria. Ela virou um patrimônio do mundo”, celebra. Mercearioteca Em 2014, o geógrafo João Alves da Silva Filho comprou uma mercearia no Padre Eustáquio, na Região Noroeste de BH. Os livros sempre fizeram parte da sua rotina e da mulher, a jornalista e escritora Leida Reis, e foi então que os decidiram levar uma parte do acervo para o estabelecimento. Nascia assim a Mercearioteca. “A gente acabou vendendo a mercearia, e o novo dono não levou o projeto adiante. Mas a ideia proliferou. Começamos a levar os livros para outros pontos comerciais”, conta Leida. Hoje, há três unidades de Mercearioteca no Padre Eustáquio (Auto Escola Padre Eustáquio, Bar Tudo no Ponto e Alonsos’Burguer), além do São Lucas (Cantina do Sorriso), e outra em Patrocínio, no interior de Minas. “Acredito que o livro de papel ainda tem muita vida, é um objeto que instiga o leitor. O empréstimo é meio informal, mas tudo que é feito para estimular a leitura é sempre positivo”, afirma Leida, que se prepara para lançar seu primeiro livro infantil em abril, As árvores invisíveis. Universidades permitem consultas a seus acervos As 25 bibliotecas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) são abertas à visitação da comunidade, que pode usar os espaços de estudo, visitar as exposições e participar de outros eventos abertos ao público. No entanto, o empréstimo domiciliar de livros pode ser feito apenas por pessoas com vínculo com a universidade, mediante apresentação da carteirinha institucional. As pessoas sem vínculo com a UFMG têm a opção de fazer o empréstimo rápido, que permite a retirada do material da biblioteca por duas horas, e é realizado mediante preenchimento de formulário e retenção de documento de identidade durante o período de empréstimo. As bibliotecas da PUC Minas também são abertas ao cidadão para uso interno do espaço físico e dos conteúdos. O empréstimo não é liberado à comunidade, mas é disponibilizado todo o suporte na localização e acesso à informação, assim como a possibilidade de cópia do material, respeitada a Lei de Direitos Autorais. Já a Biblioteca da Academia Mineira de Letras, que possui aproximadamente 35 mil livros, ainda não está aberta à comunidade. Está em desenvolvimento o projeto de organização da Biblioteca da AML, com o objetivo de disponibilizar parcialmente o acervo, a partir de 2019, a pesquisadores das áreas de literatura, história e política social de Minas Gerais e do Brasil. Fora da prateleira Veja onde encontrar as bibliotecas não convencionais: » MERCEARIOTECAS – Auto Escola Padre Eustáquio. Praça do Nino, Padre Eustáquio, (31) 3462-0339. Funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h. – Bar Tudo no Ponto. Rua Curral Del Rey, 142, Padre Eustáquio, sem telefone. Funciona diariamente, das 12h às 23h. – Alonsos’Burguer. Rua Curral Del Rey, 331, Padre Eustáquio, (31) 3412-1342. Funciona diariamente, das 17h às 2h. – Cantina do Sorriso. Rua Visconde de Taunay, 263, São Lucas, (31) 2515-3559. Aberto de segunda-feira a sábado, das 10h às 15h. » BIBLIOTECA DO INSTITUTO CULTURAL AMILCAR MARTINS Rua Ceará, 2.037, Funcionários, (31) 3274-6666. Funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h   Fonte: UAI

Para atender leitores, BH conta com circuito de bibliotecas municipais e iniciativas comunitárias

Carlos Henrique Ferreira tem 5 anos e ainda não sabe ler, mas não titubeia quando alguém lhe pergunta qual é seu livro preferido. “Este aqui das cobras e dos jacarés. Ah, e eu adoro lobo mau, tia. Não tenho medo dele.” O garoto é um dos frequentadores da Biblioteca Comunitária Livro Aberto, que funciona há 12 anos no Bairro Goiânia, Região Nordeste de Belo Horizonte. O espaço integra a rede de leitura Sou de Minas, Uai, coletivo de bibliotecas comunitárias que atua pela democratização do acesso ao livro, leitura e literatura. “Nossa rede conta com sete bibliotecas no estado, mas faz parte de um projeto nacional, o Programa Prazer em Ler do Instituto C&A. Biblioteca comunitária é aquela mantida pela sociedade civil, voltada para o enraizamento na comunidade e que tenta sempre aproximar o leitor das nossas atividades”, diz Rafael Mussolini, um dos coordenadores da Sou de Minas, Uai. No mesmo edifício em que fica a Livro Aberto funciona a creche em que Carlos Henrique e mais 130 crianças de 1 a 5 anos são atendidas. A cada dia, uma turma se esbalda no espaço, que tem área específica para os pequenos e realiza atividades como contação e mediação de histórias, brincadeiras com fantoches e o “desafio” invente a sua história. “Temos essa área maior para a literatura infantojuvenil justamente porque é o público em formação. Mas há cerca de 3 mil livros para todas as idades – biografias, poesia, cordel, literatura brasileira, africana, conto, biografia, folclore. Manter uma biblioteca é complicado, imagina uma comunitária. Mas é prazeroso ver que dá resultado. A biblioteca tem enorme importância na vida de muita gente daqui”, diz o mediador de leitura Túlio Damascena. A coordenadora da creche é Pollyanna Natália (cujo nome é uma homenagem ao clássico infantojuvenil de Eleanor H. Porter), que também enfatiza o papel da Livro Aberto na comunidade do Bairro Goiânia e região. “A biblioteca é o nosso xodó. Conhecimento não é para ficar guardado.” Municipais A Biblioteca Pública Infantil e Juvenil (BPIJBH), criada em 1991, durante muitos anos teve como sede o antigo prédio da Fafich, na Rua Carangola, no Santo Antônio. Há dois anos, ela se mudou para o prédio que abriga o Centro de Referência da Juventude, na Praça da Estação. A BPIJBH é uma das 21 bibliotecas mantidas pela Fundação Municipal de Cultura (FMC). Elas estão localizadas em centros culturais, museus e centros de referência em todas as regionais da cidade. Todas oferecem serviços de empréstimo e apoio à pesquisa, atividades de promoção da leitura (oficinas, rodas de leitura, narração de histórias, saraus, visitas guiadas, palestras etc.) e encontros de profissionais que trabalham com a formação de leitores (oficinas, cursos e palestras). Quem se cadastra em qualquer unidade tem direito de tomar empréstimos em qualquer uma das 21 bibliotecas da prefeitura. Fabíola Farias, coordenadora da rede de bibliotecas da FMC, informa que o acervo é praticamente idêntico em todas as unidades, mas algumas contam com coleções específicas, como é o caso da unidade do Cine Santa Tereza (audiovisual), do Centro de Referência da Moda (moda) e do Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado (cultura popular). “As bibliotecas são uma oportunidade para que a população possa participar da cultura escrita. Tudo que é importante está escrito, seja um documento, um pensamento, uma narrativa. É papel da biblioteca permitir esse acesso à cultura escrita”, afirma. Fabíola diz notar que há no Brasil a imagem, sobretudo entre as classes média e alta, que associa as bibliotecas a algo menor e “de pobre”. “É uma visão completamente errada. Aqui temos livros que você vai encontrar em qualquer livraria, dos clássicos aos lançamentos. É um preconceito, infelizmente.” O bibliotecário Wander Ferreira, que é deficiente visual, salienta o papel inclusivo das bibliotecas. “Elas atendem todo tipo de leitor, seja com livros em braile ou audiolivros, de todas as idades e classes. A BPIJBH, por exemplo, por sua localização central, recebe muitos moradores de rua. É bem interessante e democrático.Todo muito tem acesso ao bem cultural”, avalia. O morador de rua Bruno Fortunato, de 26 anos, frequenta a Biblioteca Infantil e Juvenil sempre que pode e se interessa sobretudo por histórias em quadrinhos. “É para passar o tempo. Gosto muito de super-herói. Quero saber mais coisas sobre a história do Brasil, sobre economia. O livro deixa a gente mais inteligente”, opina. Itinerância A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais foi criada em 1954. O espaço foi construído a pedido do então governador Juscelino Kubitschek, que encomendou o projeto ao arquiteto Oscar Niemeyer. “A Biblioteca não só tem a função básica de empréstimos e consultas de livros e periódicos, como promove cerca de 300 ações por ano. Ela vai além dos seus muros”, afirma a diretora Alessandra Gino. Entre os projetos, destaca dois que promovem a democratização do acesso: o Caixa-Estante, serviço que envia acervos selecionados a instituições como hospitais, creches, asilos e centros de detenção, e o carro-biblioteca, que leva leitura e informação a quem está distante do centro da capital mineira. A biblioteca itinerante está presente de segunda a sexta em bairros da região metropolitana de BH. “O público que vem aqui é de 0 a 90 anos. Nosso acervo abrange 570 mil exemplares, incluindo livros, jornais, revistas, coleções de obras raras. Mas o que circula mesmo são cerca de 160 mil, incluindo a biblioteca infantojuvenil. As pessoas gostam de ler, se interessam. Mesmo com esses avanços tecnológicos, temos frequentadores assíduos”, assegura Alessandra. Um desses frequentadores é o músico aposentado José Vicente Santos, de 66. Morador do São Gabriel, ele não se importa de pegar ônibus e metrô para ir até a biblioteca, que fica na Praça da Liberdade. “Nem sei quantas vezes fui lá. Virei piolho da biblioteca. Sempre gostei de ler, mas, depois que parei de trabalhar, esse lugar virou minha segunda casa. Se deixar, não saio de lá. Não tem coisa melhor do que uma biblioteca”, afirma. Na prateleira Confira endereços de bibliotecas em BH » Biblioteca Infantil e Juvenil de BH.

As bibliotecas precisam evoluir digitalmente

Quase 90% dos usuários das bibliotecas da Austrália acreditam que os serviços de biblioteca online são importantes, mas apenas 61% estão satisfeitos com essa experiência. Isso se compara com 85% dos usuários que estão felizes com a experiência presencial numa biblioteca. Esses dados vêm em do relatório “Changing Landscap Report: The intrinsic value of libraries as public spaces“, produzido pela Universidade de Tecnologia de Sydney (UTS). Aproximadamente 600 usuários de bibliotecas na Austrália, Nova Zelândia, Cingapura e Reino Unido foram consultados. Os entrevistados indicaram que a usabilidade (86%), a disponibilidade gratuita (75%) e a compatibilidade de equipamentos (63%) foram os recursos mais valiosos do site da biblioteca. Quer saber mais sobre a pesquisa? Baixe o PDF do documento, em inglês, neste link. Texto com tradução de Murilo Cunha, professor da Universidade de Brasília (UnB).

Metade dos artigos científicos no Brasil são escritos por mulheres

Na última semana, circulou com força pelas redes sociais o relatório Gender in the Global Research Landscape, que destaca o Brasil como um dos exemplos de sucesso em promover a igualdade entre homens e mulheres no ambiente acadêmico. O documento, feito pela editora Elsevier, é de 2017 e leva em conta dados de artigos científicos escritos entre 1995 e 2015. Nesses 20 anos, as mulheres brasileiras passaram a assinar a mesma proporção de artigos científicos que os homens (50%-50%) – um crescimento considerável, já que, entre 1996 e 2000, só 38% dos artigos publicados tinham sido escritos por uma mulher. Os níveis de participação do Brasil foram os mais altos do relatório, empatando com Portugal: em ambos os países, 49% dos artigos vinham das mãos de uma cientista mulher. Levando em consideração o tamanho das populações, o número absoluto de artigos publicados por mulheres brasileiras nessas duas décadas é massivamente superior ao de papers lançados no país europeu. Em outros países de referência, como EUA e Reino Unido, a participação de autoras femininas fica em cerca de 40%, segundo os dados entre 2011 e 2015. Por último, vinha o Japão, onde elas assinam só 20% dos papers. Outras facetas positivas do Brasil aparecem no relatório. Aumentou o número de inventoras brasileiras: elas registram 17% das patentes criadas desde 2000. O índice é novamente mais igualitário que nos Estados Unidos, onde 86% dos inventores são homens. A única notícia ruim do relatório é que as mulheres permanecem sendo menos citadas que seus colegas homens em outros artigos – e isso é verdade não apenas no Brasil, mas em outros países latinos, como Chile e México. Um importante fator de desequilíbrio entre gêneros no ambiente acadêmico, porém, não foi levado em conta pelo estudo. Trata-se do chamado de leaking pipe (basicamente, “um cano que vaza”): no início do ensino superior, as mulheres estão presentes na mesma quantidade e até são maioria entre os pesquisadores (principalmente nas áreas de humanas e biológicas). A participação delas diminui no mestrado e cai ainda mais no doutorado. O resultado é que os índices são muito diferentes (e bem menos otimistas) para posições sêniores da academia, onde os homens chegam a dominar 87% dos cargos. A maioria dos relatórios anuais sobre educação e gênero, como o Relatório de Monitoramento Global da Educação da Unesco mostra que, além de atrair mulheres para academia e garantir a participação delas (como autoras de artigos, por exemplo), é importante identificar os principais pontos de vazamento do cano – ou seja, não só descobrir como incluir mulheres na academia, mas como não perdê-las.   Fonte: Superinteressante | Ana Carolina Leonardi

Bibliotecas de São Paulo viram pontos de troca de figurinhas da Copa do Mundo

Quem mora em São Paulo terá um motivo a mais para poder colecionar o álbum de figurinhas da Copa do Mundo de 2018. A Prefeitura Municipal paulistana anunciou que as bibliotecas municipais servirão de pontos de troca para figurinhas a partir de abril. O projeto faz parte do programa ‘Biblioteca Viva’, promovido pela prefeitura de São Paulo. As 54 bibliotecas da rede municipal virarão a partir de 7 de abril postos de troca para os colecionadores do Álbum do Mundial da Rússia. As trocas acontecerão durante os sábados, das 11h às 15h. A entrada é gratuita. Quem doar um livro usado em boas condições para uma das bibliotecas, terá direito a dez figurinhas. André Sturm, secretário de Cultura de São Paulo, explicou como a ação não só irá promover encontros entre colecionadores, mas também abrir as bibliotecas a um novo público. “A ação tem como objetivo romper a barreira da primeira visita à biblioteca. Ou seja, jovens e adultos que forem trocar figurinhas podem conhecer a biblioteca e retornar futuramente. Assim, os encontros fazem com que as bibliotecas sejam cada vez mais próximas da rotina de uma pessoa de forma prazerosa, como espaços de convivência e troca de saberes”, afirmou. A lista de bibliotecas municipais de São Paulo que trocarão figurinhas da Copa do Mundo está disponível neste endereço. Fonte: Torcedores.com.br

Biblioteca Parque Marielle Franco retoma suas atividades culturais, no Rio

Em uma área de 2.300 m², com um acervo de 25 mil livros e 900 filmes em DVDs, foi reaberta, nesta quinta-feira (29 de março), a Biblioteca Parque de Manguinhos, batizada com o nome de Marielle Franco, em homenagem à vereadora que lutou em defesa dos direitos humanos e viveu no Complexo da Maré. Inspirada em experiências bem sucedidas de bibliotecas similares na Colômbia, a Biblioteca Parque foi inaugurada, em Manguinhos, em 29 de abril de 2010, como a primeira biblioteca parque do país. A biblioteca é também um espaço cultural e de convivência, que oferece à população ampla acessibilidade, dispondo, ainda, do Cine Teatro Eduardo Coutinho, com capacidade para 200 lugares. Participaram da cerimônia de reabertura o governador Luiz Fernando Pezão, a primeira dama do Estado, Maria Lúcia Horta Jardim, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, o secretário estadual de Cultura, Leandro Sampaio Monteiro, o deputado estadual e ex-secretário de Cultura, André Lazaroni, o vereador Tarcísio Motta e a família de Marielle Franco – os pais Marinete e Antônio Francisco da Silva e a viúva Monica Tereza Benício. Muito emocionada, Marinete da Silva, agradeceu o carinho de todos e ressaltou que Marielle sempre acreditou em seus ideais e projetos sociais. – Era uma gigante em tudo que fazia. Sempre trabalhou muito em todos os setores da sociedade. E que todos vocês continuem a preservar a memória de Marielle – concluiu Marinete. O governador declarou que a homenagem a Marielle Franco é simbólica e reafirma a convicção de combate à violência. – Ter o seu nome na Biblioteca Parque possui um simbolismo: o da resistência, o da luta pela igualdade das pessoas. Nós vamos reabrir as bibliotecas. Tenho ampla convicção de que vamos combater a violência através da educação e da cultura. – afirmou o governador. A reabertura da rede de bibliotecas-parque é um dos compromissos prioritários do governo do estado. No dia 19 de fevereiro, o governador e o secretário de Cultura reabriram a Biblioteca Parque da Rocinha. Nos dois equipamentos, servidores da Superintendência da Leitura e do Conhecimento e de outras áreas da secretaria são os responsáveis pela gestão até que seja realizada uma licitação para contratar pessoal de apoio técnico. – Esse esforço conjunto de reabertura das bibliotecas fortalece a importância da leitura, do livro e do conhecimento. A Biblioteca Parque de Manguinhos voltará a proporcionar, principalmente a crianças e adolescentes, um ambiente de cultura e conhecimento seguro e agradável. Ela foi a origem de grupos locais de teatro e dança e tem potencial para muito mais. Com o apoio da população, vamos torná-la referência de equipamento cultural do estado. – declarou o secretário Leandro Monteiro. A Biblioteca Parque Marielle Franco tem como madrinha a Academia Brasileira de Letras, que oferece apoio com a doação de livros e consultoria sobre a aquisição de novos títulos e programação de seminários. O horário de funcionamento será de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.   Fonte: Jornal do Brasil

Inscrições para o concurso literário do FNDE vão até dia 2 de abril

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prorrogou nesta quarta-feira, 8, o prazo de inscrições do concurso literário Faça parte dessa história. Agora, quem quiser pode se inscrever até 2 de abril. O edital vai selecionar os maiores talentos das escolas públicas do Brasil na arte de escrever e podem participar todos aqueles estudantes devidamente matriculados em turmas de ensino fundamental e médio, das escolas públicas brasileiras, com obras nos seguintes gêneros literários: poema, conto, crônica, novela, teatro, texto da tradição popular, romance, memória, diário, biografia, relatos de experiências e história em quadrinhos. As inscrições devem ser feitas pela internet. O concurso, que comemora os 80 anos da política pública do Livro Didático, é uma inciativa do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). “Nós decidimos prorrogar o prazo das inscrições para que professores, coordenadores e os diretores das escolas possam mobilizar os alunos a participar desse movimento, que tem a intenção de promover a criatividade dos nossos estudantes. Temos certeza de que teremos grandes obras inscritas”, afirmou o presidente do FNDE, Silvio Pinheiro. “O incentivo à leitura e à produção literária deve começar desde cedo, pois é assim que nossos jovens podem ampliar seus conhecimentos e criar uma nova percepção de mundo”, concluiu. A cerimônia de premiação dos vencedores acontecerá durante a Bienal Internacional do Livro 2018 em São Paulo. O primeiro colocado em cada uma das categorias ganhará uma viagem internacional para conhecer a maior feira de livros do mundo, a de Frankfurt, na Alemanha. E os três finalistas de cada categoria (anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e ensino médio) também serão premiados com uma viagem de visita à Bienal do Livro de São Paulo, e poderão acompanhar a produção e distribuição do livro didático na capital paulista. Além disso, levarão para casa um acervo completo de obras literárias. Confira o regulamento do concurso. Faça parte dessa história!   Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações do FNDE

Biblioteca comemora 106 anos com lançamento de projeto social no Mato Grosso

A Biblioteca Estadual Estevão de Mendonça, que completou 106 anos nesta segunda-feira (26 de março), deverá promover ações para ajudar as pessoas no combate a depressão e ao suicídio em Mato Grosso. O projeto, chamado ‘Todos pela Vida’, acontece em parceria com o grupo Clichês na Rua e foi lançado nesta segunda-feira, no Palácio da Instrução, em Cuiabá. Com o slogan “Depressão e Suicídio, Falar é a Melhor Opção”, o projeto desenvolve ações de conscientização por meio da biblioterapia, com palestras, exposição de cartazes e direcionamento de atividades para o público-alvo. Segundo com a coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Mato Grosso (SEBPMT), Waldineia Almeida, o projeto conta com profissionais na área de psicologia, psiquiatria, nutrição e educação física, que estarão à disposição da população. De acordo com ela, as palestras e atividades na biblioteca estadual devem ocorrer de 3 a 5 de abril. Depois, o projeto irá se estender para as escolas estaduais e municipais de Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital. “Queremos mostrar e conscientizar toda a população, jovens e adultos, que têm pessoas que sofrem de depressão e têm vergonha de falar. Isso existe, não é frescura e precisamos falar”, disse a coordenadora. Uma marcha com o intuito de chamar a atenção da sociedade sobre depressão e suicídio também está sendo organizada e deverá ocorrer em junho deste ano, com início na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e término na Praça Alencastro, no Centro de Cuiabá. Fonte: G1

Conheça as bibliotecas públicas selecionadas no Programa Conecta Biblioteca

Realização da ONG Recode e da Caravan Studios, o Conecta Biblioteca é um programa nacional de estímulo à transformação social por meio de bibliotecas públicas, recursos vitais para o desenvolvimento de comunidades. O programa tem o objetivo de aproximar a comunidade da biblioteca e atrair novos usuários para esses equipamentos culturais, especialmente jovens em situação de vulnerabilidade social. Para isso, promove apoio e formação continuada a uma rede de profissionais de bibliotecas, estimulando-os a aprofundarem sua atuação como agentes de transformação. Adicionalmente, o Conecta Biblioteca visa contribuir com o fortalecimento e a sustentabilidade da rede nacional de bibliotecas. Sintonizado com as políticas públicas para o setor, o Programa está orientado pelas metas estabelecidas no Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), Plano Nacional de Cultura (PNC) e também pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). O Conecta Biblioteca tem apoio do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP) e da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e patrocínio da Fundação Bill & Melinda Gates. Assista ao vídeo institucional a seguir: O Prêmio Para concorrer no projeto, puderam se inscrever instituições em municípios com até 400 mil habitantes e Distrito Federal, que tenham no mínimo três computadores disponíveis para o público com conexão à Internet banda larga, além de ter cadastro atualizado junto ao sistema nacional de bibliotecas públicas e sistemas estaduais. O programa oferece aos bibliotecários e profissionais desses espaços formação, com módulos presenciais e à distância, em temas como pesquisa da comunidade, gestão participativa, estratégias de comunicação e articulação, visando a implementação de uma programação para atrair novos usuários para esses equipamentos culturais, especialmente jovens. As bibliotecas vencedoras participarão do II Encontro Nacional do Conecta Biblioteca que acontecerá em maio de 2018 no Estado do Rio de Janeiro. O programa Conecta Biblioteca reunirá cerca de 200 participantes das duas fases do programa. A etapa inicial tem o objetivo de formar profissionais em pesquisas de comunidade a fim de coletar dados para identificar as demandas da população para o equipamento cultural e desenvolvimento educacional. Em entrevista ao A Crítica, Melly Senna, coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Estado de Mato Grosso do Sul disse que a importância do projeto é o seu caráter de valorização das bibliotecas. “Os bibliotecários vão passar por uma formação sobre o estudo das comunidades, uma capacitação para desenvolver nas bibliotecas um modelo de gestão participativa. A partir desse encontro nacional, os municípios participantes receberão cursos de formação presenciais e a distância. O Sistema vai estar diretamente envolvido em todo o processo”. Foram selecionadas 108 bibliotecas de todo o Brasil. Diversas cidades do Brasil foram contempladas com o prêmio. O Estado com maior número de cidades foi o Pará, com doze municípios ganhadores: Oriximiná, Baião, Augusto Corrêa, Cachoeira do Piriá, Breves, Aurora do Pará, Primavera, Tailândia, Juruti, Barcarena, Tucuruí e Marabá. Em 2017, o programa impactou 79 mil pessoas direta e indiretamente nos 86 municípios participantes de 24 Estados e DF, por meio de 92 bibliotecas e 550 jovens voluntários. Confira aqui a lista de bibliotecas selecionadas em 2018 ou acompanhe a seguir: BIBLIOTECA MUNICÍPIO ESTADO Biblioteca Pública Elomar de Souza Braga Epitaciolândia AC Biblioteca Pública Euclides da Cunha Feijó Biblioteca Pública de Sena Madureira Sena Madureira Biblioteca Pública Maestro Sandoval dos Anjos Rio Branco Biblioteca Pública Estadual Luiz Galvez Rodrigues de Árias Porto Acre Biblioteca Municipal Padre Julio de Albuquerque Campo Alegre AL Biblioteca Municipal Graciliano Ramos Quebrangulo Biblioteca Pública Municipal Dr. Luiz Ramalho dos Reis Coruripe Biblioteca Agnelo Rodrigues de Melo Lagoa da Canoa Biblioteca Pública Municipal Breno Accioly Santana do Ipanema Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda Macapá AP Biblioteca Pública Municipal Herberto Sales Andaraí BA Biblioteca Municipal Conêgo Francisco Reis Catu Biblioteca Municipal Desembargador Ricardo Borges Itapicuru Biblioteca Pública Professora Eulina Assunção Novaes Iguaí Biblioteca Pública Municipal Neuraci Dourado Pereira. América Dourada Biblioteca Municipal Dermeval Araújo Bento Teofilândia Biblioteca Municipal Fabiane Campos Santos Gama Banzaê Biblioteca Pública Jurenilva Maria Santiago Fahning Cairu Biblioteca Pública Municipal Dr. Matos Peixoto Iguatu CE Biblioteca Municipal Lustosa da Costa Sobral Biblioteca Pública Municipal Professor Almino Gabriel Viana Várzea Alegre Biblioteca Pública Municipal Poeta Manoel Nicodemos Araújo Acaraú Biblioteca Pública Municipal Padre Agostinho Mascarenhas Barbalha Biblioteca Municipal Adelpho Poli Monjardim Vitória ES Biblioteca Municipal Maria Geaquinto Jerônimo Monteiro Biblioteca Pública Municipal Júlia Colnago Miranda Viana Biblioteca Pública Antonio Azevedo Lima Linhares Biblioteca Zeca Batista Anápolis GO Biblioteca Pública Municipal Professor Josino Bretas Caldas Novas Biblioteca Pública Municipal Dona Agnes Chagas Cocalzinho de Goiás Biblioteca Municipal Jerônimo Martins Marquez Acreúna Biblioteca Pública Frei Mateus Rocha Abadiânia Biblioteca Pública de Icatu Icatu MA Biblioteca Pública Municipal Carlos Alberto de Sá Barros Penalva Biblioteca Pública de São Francisco do Brejão São Francisco do Brejão Biblioteca Pública Municipal Josué Montello João Lisboa Biblioteca Pública Gonçalves Dias Lago do Junco Biblioteca Pública Municipal Humberto de Alencar Castelo Branco Unaí MG Biblioteca Pública Municipal René Lepesqueur Paracatu Biblioteca Pública Municipal Aurélio Camilo Nova Serrana Biblioteca Pública Municipal Djalma Andrade Congonhas Biblioteca Municipal de Chapadão do Sul Chapadão do Sul MS Biblioteca Pública Municipal de Terenos Terenos Biblioteca Pública Cristóvão Ferreira Corguinho Biblioteca Rubem Alves Peixoto de Azevedo MT Biblioteca Publica Érico Veríssimo Água Boa Biblioteca Pública Municipal Geraldo Gomes Faria Jaciara Biblioteca Pública Municipal Professora Leonidia Avelino de Moraes Cáceres Biblioteca Municipal Centro do Saber André dos Santos Sapezal Biblioteca Pública Monteiro Lobato Sorriso Biblioteca Municipal Fonte do Aprendiz Querência Biblioteca Pública Municipal Manoel Severino da Silva Rondonópolis Biblioteca Municipal Enéas cavalcante Oriximiná PA Biblioteca Pública Baião Pública Baião Biblioteca Pública Municipal Antônio Coutinho de Campos Augusto Corrêa Biblioteca Pública Municipal Professora Dica Cachoeira do Piriá Biblioteca Pública Municipal Eustórgio Miranda Breves Biblioteca Pública Municipal Papa João Paulo II Aurora do Pará Biblioteca Pública Municipal Ruth Passarinho Primavera Biblioteca Pública Municipal Machado de Assis Tailândia Biblioteca Manoel Marinho da Silva Juruti Biblioteca Publica Municipal Dr. Firmo Cardoso Barcarena Biblioteca Municipal Bruno de Menezes Tucuruí Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo Marabá Biblioteca municipal professora Maria Lira Belém PB Biblioteca Pública Municipal Augusto dos Anjos Frei Martinho Biblioteca Municipal Monsenhor José Marques Da Fonseca

“Somos a maioria da população brasileira”, diz Fundadora da Livraria Africanidades

Ketty Valêncio é formada em Biblioteconomia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) e fundou a Livraria Africanidades afim de promover a representatividade negra na Literatura, que se mostrava ausente tanto na grade de seu curso de graduação quanto em outros locais. Para colaborar com o combate à uma representatividade mais abrangente da raça negra na literatura, a bibliotecária fundou a Livraria Africanidades. Nela tem de tudo um pouco: com livros sobre feminismo negro, quadrinhos, poesia e religião, todos têm como autores mulheres e homens negros. Ao todo, são mais de 60 exemplares. “O papel da pessoa negra na sociedade é de extrema importância. Somos a maioria da população brasileira, além de sermos os povos originários desta nação, juntamente com os indígenas. A nossa história a partir deste território, América e Brasil, inicia-se fundada pela violência, por sangue e muito suor e ainda nos tempos atuais a saga continua, porém de uma forma sofisticada e perversa. (…) A diferença entre eu e uma livraria comum está na localização dessas obras no acervo das livrarias, se por acaso tiverem na loja física da livraria comum, pois normalmente essas obras sempre estão com status de encomenda. Também tem outro ponto importante, para facilitar a localização desses livros, a pessoa tem que saber os dados corretos, ou seja, a pessoa tem que já ser um apreciador dessas obras”, afirma. Leia a entrevista de Ketty Valêncio para o site Panorama Mercantil.