Acesse a nova edição da Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação
A Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação (RICI), editado pela Faculdade de Ciência da Informação (FCI) da Universidade de Brasília (UnB), lançou seu seu mais recente número (v. 11, n. 1, 2018). A RICI atualmente está classificada como B1 na área de Ciências Sociais Aplicadas I (2015), no sistema de Periódicos Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Acompanhe a seguir o conteúdo da atual edição e navegue para ler os textos na íntegra! Editorial A Lei do Teto e seus possíveis reflexos nas unidades de informação – Murilo Bastos da Cunha Artigos A influência do letramento informacional na aprendizagem de estudantes na educação básica – Murillo Macedo, Kelley Cristine Gonçalves Dias Gasque A Competência em Informação (CoInfo) como um fator fundamental para a Educação no Brasil – Selma Letícia Capinzaiki Ottonicar, Rafaela Carolina Silva, Regina Celia Baptista Belluzzo Tratamento descritivo e temático da informação: recomendações para estudos sobre aspectos semióticos na criação de registros bibliográficos – Daniela Majorie Akama dos Reis, Mariângela Spotti Lopes Fujita, Plácida Leopoldina Ventura Amorim da Costa Santos, Zaira Regina Zafalon Critérios de utilização do Facebook como instrumento de interação social: estudo comparativo em bibliotecas universitárias nacionais e internacionais – Andrielle Gomes Macedo, Greyciane Souza Lins O conceito de informação como conhecimento registrado – Mara Cristina Salles Correia, Tarcisio Zandonade Estudos em museologia publicados no periódico Perspectivas em Ciência da Informação: em busca da cientificidade da museologia – Jorge Santa Anna Rede de comunicação para aprendizagem no Laboratório de Tecnologias Intelectuais da Universidade Federal da Paraíba – Isa Maria Freire, Gustavo Henrique de Araujo Freire, Raimundo Nonato Ribeiro dos Santos Competências requeridas ao analista de crédito bancário como profissional de inteligência – André Luiz Valença Cruz, Rogério Henrique Araújo Júnior Quem está preservando seus dados digitais? Estaria surgindo uma nova profissão? – Sonia Araújo de Assis Boeres Políticas e tecnologias de preservação digital no arquivamento da web – Moises Rockembach, Caterina Marta Groposo Pavão Brasília e a memória em registros digitais: traços da paisagem e a preservação de dados – Maria de Fátima Duarte Tavares, Miguel Mardero Arellano, Bruno Nakagomi Percepções da importância da preservação digital – Juliana Pinheiro Farias, Luiza Martins de Santana Araújo, Raimunda Lima Evangelista Iniciativas científicas de arquivamento e preservação de conteúdos em mídias sociais: panorama atual – Laura Vilela Rodrigues Rezende, Dalton Lopes Martins Repositórios para tecnologias sociais de área rural em Brasília – Monica Regina Peres, Luiz Carlos Flores Assumpção Gestão da preservação digital em repositórios de dados de pesquisa – Henrique Denes Hilgenberg Fernandes, Alexandre Faria de Oliveira Preservação digital de documentos arquivísticos e o Projeto de Lei 7.920/2017 sob a ótica da Ciência da Informação – Daniela Francescutti, Sonia Aguiar Cruz-Riascos Auditoria de repositórios digitais preserváveis – Diego Bil Silva Barros, Igor Dias Ferrer, Cleusa Maria de Souza Maia Artigos de revisão Métricas para dados governamentais abertos – Patrícia Nascimento Silva, Marta Macedo Kerr Pinheiro Narrativas da censura informacional registrada sob a ótica historiográfica: apreciações a partir da influência do Terceiro Reich Alemão – Alessandra Nunes de Oliveira, Luiz Eduardo Ferreira da Silva, Jetur Lima de Castro Para acessar a revista na íntegra, clique aqui.
Comemore com a gente o Dia do Quadrinho Nacional
O Dia do Quadrinho Nacional é comemorado todo 30 de janeiro. Mas você sabe o motivo da celebração recair neste dia? Segundo o portal Universo HQ, em 1984, a Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas de São Paulo (AQC-SP) descobriu que Ângelo Agostini, um italiano radicado no Brasil, começou a publicar, em 1867, seus desenhos e charges no “Cabrião”, um jornal de São Paulo. Em 1869, ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde fazia uma série no semanário “Jornal Vida Fluminense”. Em 30 de janeiro daquele mesmo ano, Agostini começou a publicar o que se considera o primeiro quadrinho brasileiro: As aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte. Em forma de páginas duplas, a cada semana a história mostrava o personagem Nhô-Quim, que completou 145 anos em 2014, viajando de Minas Gerais para a corte do Rio de Janeiro. Dessa forma, a AQC-SP se mobilizou para incluir o dia 30 de janeiro no calendário oficial do Brasil como o “Dia do Quadrinho Nacional”. Desde 1985, então, comemora-se a data. Em comemoração aos 50 anos do lançado do “Suplemento Juvenil”, de Adolfo Aizen, a mesma data foi instituída pela Academia Brasileira de Letras e pela Associação Brasileira de Imprensa para celebrar o “Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos”. Com informações do portal Universo HQ.
Concurso Literário Bram Stoker de Contos de Terror
O Blog Contos de Terror e a Free Books Editora Virtual, por ocasião do no 170º ano de nascimento do escritor irlandês Bram Stoker, convidam os autores interessados a participar do Concurso Literário Bram Stoker de Contos de Terror. A obra concorrente deverá ser original e inédita em quaisquer meios, sejam impressos, eletrônicos ou em outros formatos e deve enquadrar-se no gênero conto de terror/horror e versar sobre vampiros, lobisomens ou outros entes monstruosos. Cada autor poderá participar com somente uma obra literária no gênero conto, escrita em língua portuguesa. Serão selecionados e classificados 10 dez contos entre os inscritos e habilitados no certame. Haverá emissão de certificado para autores de conto vencedor. Entre os prêmios, estão a publicação das obras vencedoras na internet, livros, entre outros. Todos os vencedores do concurso terão as suas obras reunidas em uma antologia de contos, a ser publicada em e-book (não haverá publicação em livro físico) pela Free Books Editora Virtual e publicadas, individualmente, no Blog Contos de Terror. O prazo para inscrever o texto vai até 31 janeiro de 2018. Para participar e saber mais, acesse o regulamento do concurso. Conheça as soluções que a Praxis desenvolveu para você A Praxis é uma empresa baseada em Minas Gerais especializada na criação de soluções tecnológicas para bibliotecas, escolas, museus, escritórios jurídicos, empresas, órgãos públicos e instituições de ensino. Você pode conhecer os nossos softwares i10 Bibliotecas, i10 Jurídico, i10 Didático e i10 Corporativo agendando uma videoconferência ou nos dando o prazer de uma visita em nossa sede, localizada no Centro de Belo Horizonte (MG). Para saber como, clique aqui.
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação lança nova edição
A Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação (RBBD), produzida pela Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições (FEBAB), acaba de publicar sua 14º edição, a primeira de 2018. O presente volume consagra algumas mudanças, como a periodicidade da revista, que passa de semestral para quadrimestral, e o número de artigos por fascículo, que sobe de 5 para 10. A atual edição traz os seguintes artigos: Dimensões do serviço de referência virtual: uma análise do ponto de vista dos usuários Biblioteca universitária, um ambiente sistêmico propício ao acesso, ao uso e à apropriação da informação: contribuições da web social para esse ambiente O Serviço de Informação ao Cidadão da Biblioteca Mário de Andrade Mutações no conceito de documento: era digital e processo de redocumentarização A prática do serviço de referência em uma biblioteca universitária a luz da teoria de criação do conhecimento organizacional de Nonaka e Takeuchi Competência Informacional na Sociedade da Informação: perspectivas e análise bibliométrica de modelos Desenvolvimento de coleção na perspectiva da alteridade bakhtiniana: o descarte na biblioteca universitária A dama de espadas: a “orquídea” bibliográfica do acervo de Raymundo Castro Maya (1894-1968) Acessibilidade nas bibliotecas escolares estaduais de Londrina Análise de citação na revista Perspectivas em Gestão & Conhecimento Acesse a página da revista para ler o material na íntegra. Edição comemorativa Para comemorar os 45 anos do lançamento do volume 1, número 1, em 1973, da RBBD será lançado um fascículo especial em 12 de março de 2018. Serão aceitos trabalhos submetidos até 01 de fevereiro que versem sobre transformações sociais, econômicas, políticas, culturais e tecnológicas (nacional e internacionalmente) no contexto das bibliotecas, dos cursos de Biblioteconomia e das associações de bibliotecários ao longo destes 45 anos. Para saber mais, acesse a página da RBBD. Edição 13 Em dezembro, a RBBD lançou seu 13º volume que reuniu os seguintes artigos: A importância dos documentos de memória existentes nas bibliotecas universitárias, técnicas e científicas: a responsabilidade social do bibliotecário nessas instituições Relações entre a oralidade e a escrita com a literatura clássica infantil na construção da realidade social Preservação de documentos digitais: reflexões sobre as estratégias de refrescamento Información y bibliotecas en torno a los derechos humanos A biblioclastia como mecanismo de controle social Fluxo de informação em desastres naturais: os quatro desafios para as ações de resposta O acervo circulante do Sistema de Bibliotecas (SiBi) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) como material de consumo: relato de experiência Análise bibliométrica dos grupos de pesquisa em inteligência competitiva no Brasil Padronização e usabilidade em publicações periódicas científicas online: avaliação da revista Ciência da Informação A formação do bibliotecário de referência e o usuário com deficiência Acesse a página da revista para ler a edição na íntegra.
Praxis tem horário especial de atendimento no final de ano
Durante as comemorações de final de ano, a equipe da Praxis Softwares Gerenciais irá prestar atendimento em horário especial. Nesta sexta-feira, dia 22 de dezembro, não haverá atendimento. Nos dias 29 de dezembro e 01 de janeiro também não haverá atendimento. Haverá atendimento entre os dias 26 de dezembro e 28 de dezembro. Nossas atividades retornam ao normal em 02 de janeiro. Acompanhe o calendário na imagem abaixo! i10 Manutenção Para os clientes do i10 Manutenção, não haverá atendimento telefônico entre 26 de dezembro e 17 de janeiro. O atendimento será realizado apenas pelo email atendimento@praxis.com.br. No dia 18 de janeiro retomamos os atendimentos telefônicos e presenciais para os clientes do i10 Manutenção. Para os clientes do i10 Bibliotecas, i10 Corporativo, i10 Didático e i10 Jurídico haverá atendimento normal a partir de 02 de janeiro. A Praxis deseja a todos os seus clientes e amigos um Natal repleto de celebrações e um Ano Novo cheio de alegrias. A gente se vê em 2018!
Revista Conhecendo Online recebe submissão de artigos até dia 21
A Revista Conhecendo Online está recebendo artigos com a finalidade de serem avaliados e submetidos para a sua quarta edição, com ênfase nas áreas Biológicas e Saúde; Exatas e Engenharias e Humanas e Sociais. Os critérios de submissão podem ser encontrados através do site: http://fasap.com.br (Clique no botão “Conhecendo Online – Acessar”) ou diretamente pelo link: http://177.67.128.65/OJS/index.php/revista/about/submissions#authorGuidelines. Neste mesmo endereço eletrônico, na opção “Anteriores”, na parte superior da página, é possível ter acesso aos artigos publicados desde 2014. Os autores que desejarem submeter seus artigos para avaliação, deverão enviar o material dentro do formato exigido até o dia 21 de dezembro de 2017 para o e-mail revistaconhecendoonline@gmail. com. Os artigos aprovados para publicação serão confirmados por meio do e-mail de origem, assim como aqueles artigos que precisarão de ajustes a serem feitos dentro do prazo estipulado pela revista. Os autores dos artigos aprovados deverão assinar a declaração de responsabilidade e transferência dos direitos autorais e enviá-la, por meio de anexo, para a revista. Conheça as soluções que a Praxis desenvolveu para você A Praxis é uma empresa baseada em Minas Gerais especializada na criação de soluções tecnológicas para bibliotecas, escolas, museus, escritórios jurídicos, empresas, órgãos públicos e instituições de ensino. Você pode conhecer os nossos softwares i10 Bibliotecas, i10 Jurídico, i10 Didático e i10 Corporativo agendando uma videoconferência ou nos dando o prazer de uma visita em nossa sede, localizada no Centro de Belo Horizonte (MG). Para saber como, clique aqui.
Após dez anos do índice de qualidade da educação, 39% das escolas do 5º ano seguem distantes da meta nacional
Dez anos depois da criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), 71% das escolas dos anos iniciais do ensino fundamental avaliadas em 2015 ainda não chegaram ao patamar mínimo de qualidade definido pelo Ministério da Educação (MEC). E 39% delas ainda estão distantes da meta nacional estipulada pelo próprio MEC para 2021, que corresponde ao nível 6 no Ideb. O Ideb foi criado em 2005, depois que a Prova Brasil passou a ser censitária para o ensino fundamental, ou seja, aplicada em todas as escolas do país. Entre 2005 e 2015, o número de escolas que já conseguiram atingir esse patamar mínimo de qualidade cresceu 66 vezes. Em 2005 foram 116, em 2015, 11.112, de acordo com um estudo do Iede (Instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional). Mas outras 27.349 ainda precisam alcançar esse índice. A última edição da Prova Brasil terminou de ser aplicada neste mês, e os resultados serão divulgados somente no segundo semestre de 2018. Até a edição anterior, mais de 15 mil escolas (ou 39% do total) ainda não tinham atingido o Ideb 5 – 5.466 delas ainda estavam abaixo do Ideb 4. Veja no gráfico. Prova Brasil censitária para o ensino médio Até 2021, três edições do Ideb serão realizadas: a próxima será divulgada no segundo semestre de 2018, com dados da Prova Brasil que foi aplicada entre 23 de outubro e 3 de novembro. Pela primeira vez, todos os três níveis tiveram a prova censitária, depois que o governo federal decidiu parar de divulgar os resultados por escola do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e incluiu todas as escolas públicas do ensino médio na Prova Brasil. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que aplica a Prova Brasil e calcula o Ideb, definiu a meta do Ideb estimando que o desempenho 6 (entre 0 e 10) corresponde ao desempenho médio dos estudantes do 5º ano do fundamental da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na edição 2003 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Para especialistas, o fato de a Prova Brasil ter se tornado censitária e, assim, permitido o cálculo do Ideb para todas as escolas, é um dos fatores que ajudaram a aumentar o número de escolas que viram a qualidade de ensino avançar, segundo esse indicador. Eles citam, também, a melhoria econômica, que aumenta o nível socioeconômico das famílias, a melhor qualificação dos professores e uma gestão escolar que acompanhe o aprendizado de cada aluno como os fatores responsáveis pelo avanço da qualidade de ensino. Avanço desigual Os dados do Ideb 2015 mostram ainda que essa evolução tem sido desigual pelo Brasil. Apenas quatro estados têm mais da metade das escolas com Ideb maior ou igual a 6. Todos eles estão nas regiões Sul e Sudeste: São Paulo, com 65% de suas escolas dentro da meta de 2021, vem em primeiro lugar, seguida de Santa Catarina (57%), Minas Gerais (54%) e Paraná (53%). Por outro lado, em dez estados, o número de escolas dentro da meta de 2021 ainda não atingiram a marca de 10%. Todos, menos um, ficam no Nordeste e no Norte do país. O Amapá é o único estado brasileiro que ainda não tem escolas dos anos iniciais do ensino fundamental com Ideb 6. No total, 190 das mais de 260 escolas públicas do Amapá tiveram o Ideb 2015 calculado, e a média do Ideb delas ficou em 4,1. Os demais são Sergipe (1%), Bahia (2%), Maranhão (2%), Pará (2%), Rio Grande do Norte (3%), Paraíba (3%), Alagoas (4%), Pernambuco (5%) e Tocantins (9%).Veja mapa. Para ler o artigo, de autoria de Ana Carolina Moreno, na íntegra, acesse o site do G1. O que podemos fazer pela sua escola? Pensando em questões que permeiam a Educação, a Praxis Softwares Gerenciais desenvolveu o i10 Bibliotecas. Um software premiado internacionalmente, que possui uma Rede Social de Leitores para que as pessoas possam interagir. O sistema permite que a instituição “converse” com seus usuários, sejam eles, clientes, estudantes, profissionais ou apenas pessoas da comunidade. A Rede Social de Leitores permite a criação de grupos, de listas de sugestões, indicações de livros para amigos, produção de resenhas, além de sugerir obras para quem gosta de ler. É possível, ainda, dar notas aos livros e aos autores constantes no acervo da biblioteca. O sistema é uma tecnologia pedagógica para ser explorada pelos pais e familiares do usuário cadastrado, por professores, alunos, pedagogos, bibliotecários, escritores, ou mesmo pelo namorado ou namorada do usuário. Nós queremos revolucionar a forma como as pessoas leem, consomem informações e interagem entre si. Para saber mais, leia o nosso artigo “Era uma vez… o usuário: as transformações no espaço da biblioteca e da escola“.
A utopia das bibliotecas ideais
Um artigo publicado pelo jornal El País, assinado por Jordi Llovet, catedrático de Literatura Comparada na Universidade de Barcelona, passeia pela histórias das bibliotecas antigas, indo desde a Grécia, Egito e Roma até o período moderno para refletir sobre a chamada “biblioteca ideal”. Llovet busca nos períodos helenístico, na Idade Média, no Iluminismo e mesmo na atual contemporaneidade as diversas tentativas de criar uma biblioteca ideal, mas, segundo ele, essas listas “pecam sempre por alguma arbitrariedade e costumam ter um valor de época”. Ele demonstra que o conceito de biblioteca ideal varia de acordo com quem estipula os critérios para que se chegue a um modelo, com o período de tempo, com a região e mesmo com a subjetividade das pessoas envolvidas. Sobre as obras que devem compor um acervo ideal, ele pergunta: o que seria uma “boa literatura”? Leia abaixo um trecho do artigo: É possível que na Grécia do século V tenha existido algo assim como uma “biblioteca ideal”, como atesta a coleção, perdida em boa parte, mas documentada, da biblioteca de Alexandria. Salvo em casos de perda irremissível de muitas obras da antiguidade, aquela biblioteca helenística deve ter abrigado o que a tradição chegou a considerar a grande literatura em língua grega. Aconteceu o mesmo em Roma, cujos “rolos” de escritos, mesmo quando fossem de qualidade literária menos homogênea que a grega, demonstrariam que os retores, os gramáticos e os filósofos tinham clareza sobre o que poderia ser considerado ideal – de acordo com parâmetros religiosos, estéticos, políticos e didáticos – e o que deveria ser considerado non classicus, ou seja, de pouca categoria. Também na Idade Média estiveram em vigor vários critérios, além do concebido por Aquino, tão aristotélico — ad pulchritudinem tria requirintur: integritas, consonantia, claritas —, para considerar o que era bom, ou o ideal, e o que era secundário, graças à autoridade da complexa rede de valores própria dos longos séculos do Baixo Império Romano, e depois neolatinos, com base primeiro na teologia cristã e depois no não menos poderoso código – a partir do século XII – da sociedade de cavalaria e feudal. A produção de literatura era então tão escassa, e se encontrava tão calcada em modelos que, direta ou indiretamente, procediam do dogma cristão, que era pouco concebível a criação de poesia, teatro ou épica contrários a uma ideologia e mitos que, como a realeza, se achavam por força impregnados de símbolos e argumentos predeterminados e inescapáveis. As bibliotecas medievais – deixando de lado os clássicos conservados pelas ordens monásticas e as casas nobres – foram quase sempre representações de um mundo simbólico no qual tinham um papel muito pouco significativo as amostras “heréticas”, pagãs ou não canônicas de expressão literária. Somente a partir do humanismo, ou de fenômenos como a invenção da imprensa, a redescoberta da grandeza das literaturas grega e latina, a consolidação das línguas vulgares, o trabalho dos tradutores e o contato frequente entre homens de letras de países muito diferentes, só então, e de um modo progressivo, a literatura proliferou de maneira extraordinária; e os marcos conceituais, ou os “campos” do literário se tornaram tão distintos que surgiu pela primeira vez, em nossa civilização escrita, uma enorme disparidade de critérios, de gêneros literários, de assuntos e de públicos leitores ou ouvintes do que começou a constituir, com muita importância e cada vez maior autonomia, o âmbito universal do literário. A partir dos primeiros séculos modernos o panorama literário apresentou tal variedade de formas, de recursos e de regulação estética que já então poderia ter começado a disputa – tão poderosa durante o século XVIII – sobre o clássico e o moderno, o bom e o ruim, o ideal e o reprovável. Cada vez mais, escrever se tornou um trabalho independente de nossa herança clássica, e os livros, quando já eram propriamente os códices acessíveis que continuamos usando, atenderam a critérios despojados de todo dogmatismo, propensos a satisfazer diferentes gostos, amigos da novidade e da singularidade. […] O panorama mudou ainda mais quando, na época posterior ao Iluminismo, as literaturas experimentaram uma exibição de ousadia fabulosa – caso das literaturas do Romantismo –, os índices de alfabetização se multiplicaram de modo exponencial e a leitura se tornou um hábito cada vez mais difundido, mais “democrático” e menos sujeito a qualquer forma de mitologia coletiva ou de dogmatismo teológico. Se ainda nos séculos renascentistas ou no Grand Siècle francês se pôde falar de uma “biblioteca ideal” ou do que podia ser idealmente a “boa literatura”, parece claro que, entre o século XIX e nossos dias, a literatura extravasou por completo as margens da tradição do “canônico”, de modo que atualmente não há quase nenhuma instância que possa arrogar-se o direito de estabelecer a lista do que chamaríamos “biblioteca ideal”. Leia o artigo na íntegra aqui. Faça da sua uma “Biblioteca ideal” A Praxis Softwares Gerenciais pode ajudar você a transformar a biblioteca da sua escola ou da sua instituição. Há mais de 15 anos, a Praxis vem desenvolvendo soluções pedagógicas e ferramentas educacionais para mudar a forma como as bibliotecas em todo Brasil interagem com alunos e pais de alunos, professores, pedagogos e a comunidade em geral. Atualmente, a Praxis oferece para as bibliotecas, empresas e instituições de ensino e pesquisa os softwares da linha i10. São eles: i10 Bibliotecas, i10 Jurídico, i10 Didático e i10 Corporativo. A Praxis também desenvolveu uma Rede Social de Leitores para que as pessoas possam interagir. O sistema permite o diálogo e a interação entre seus usuários, sejam eles, clientes, estudantes, professores, profissionais ou mesmo pessoas da comunidade. Permite, ainda, a criação de grupos, de listas de sugestões, indicações de livros para amigos, produção de resenhas, além de sugerir obras para quem gosta de ler. É possível dar notas aos livros e aos autores constantes no acervo da biblioteca. Então? Gostou da ideia? Entre em contato conosco para mais informações. Basta acessar nosso site para falar conosco. Revolucione a forma como as pessoas leem, consomem informações e interagem entre si na sua biblioteca!
Revista Bibliomar recebe artigos com o tema “diversidade e acessibilidade” até dia 15
A Revista Bibliomar, do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), recebe, até o dia 15 de dezembro de 2017, trabalhos de alunos de graduação, pós-graduação, professores e pesquisadores de qualquer instituição de ensino superior no Brasil. A publicação, criada em 2002 e com periodicidade semestral, tem o objetivo ser um espaço de divulgação e fomento à pesquisa científica a fim de discutir, refletir e valorizar o debate acadêmico. Pelo presente edital, a Revista Bibliomar torna pública a chamada de artigos para seu número temático com o tema “diversidade e acessibilidade”. A edição propõe dar prosseguimento às comemorações dos 15 anos da revista publicando artigos originais, relatos de experiência, resenhas e entrevistas sobre diversidade étnico-racial, religiosa e sexual, bem como acessibilidade na perspectiva de pensar estratégias e ações desenvolvidas sobre os assuntos em diferentes cenários e trazer contribuições para a problematização dos temas em toda a sua complexidade. Pretende-se, assim, disseminar conteúdos relacionados às temáticas, contribuir com o fortalecimento das políticas públicas nesses campos bem como qualificar o debate e a atuação do profissional bibliotecário e afins. Os interessados em participar desta edição devem submeter às propostas até o dia 15 de dezembro de 2017 pelo Portal de Periódicos Eletrônicos, acessando a Revista Bibliomar, realizar cadastro de autor para submissão ou enviar para o e-mail bibliomar@ufma.br, com o assunto “Título do trabalho”. Após o envio, o participante deve aguardar o prazo de até 48 horas para confirmação do recebimento da resposta. Todo o processo de submissão, avaliação e demais informações devem ser obtidos neste site. Também serão aceitas propostas fora da temática desde que dentro das diretrizes exigidas pela revista para os autores.
A biblioteca do futuro não terá o livro como centro de gravidade, diz Mélanie Archambaud
“É preciso dessacralizar a biblioteca, fazer retornar a dimensão divertida e prazerosa, criar ecos e cruzamentos entre as propostas culturais e documentais para que um adolescente que venha jogar videgame possa, talvez, deixar a biblioteca com o Conde de Monte Cristo.” A opinião é da francesa Mélanie Archambaud, que já trabalhou no Centro de Informação do Centro George Pompidou e é hoje responsável pela cooperação da rede de bibliotecas públicas municipais em Bordeaux. Em entrevista concedida ao jornal Estadão, ela fala sobre o presente e o futuro das bibliotecas, e sobre o que podemos aprender com os erros e os acertos da experiência desenvolvida na cidade – por exemplo: muitos conteúdos podem ser acessados pelos usuários em casa e desde outubro as bibliotecas ficam abertas até pelo menos 22h, com uma série de atividades para mostrar aos moradores que muita coisa pode acontecer ali dentro. Acompanhe, a seguir, alguns trechos da entrevista: As bibliotecas públicas que estão sendo mais bem-sucedidas em atrair pessoas são aquelas que se transformaram (ou foram construídas como) uma espécie de centro cultural, onde os usuários podem escolher livros em estantes como se estivessem em livrarias, assistir filmes e, muitas vezes, ter aulas sobre temas tão diferentes como o uso de smartphones para idosos e robótica. Esse é o modelo que sobreviverá? Essa é a biblioteca do futuro? Como será essa biblioteca do futuro? A sociedade está evoluindo e as bibliotecas devem evoluir com ela. A biblioteca é um local cidadão cujo objetivo principal é permitir o acesso à informação. Ela tem como finalidade a emancipação e construção de indivíduos na sociedade, permitindo-lhes acessar o conhecimento e a informação do modo mais igualitário possível. Durante muito tempo, este acesso à informação foi baseado apenas no acesso a livros e leitura. Mas hoje, o livro compartilha esse papel com novas maneiras de construir, pensar e divulgar informações que se espalham rapidamente e em massa graças às tecnologias de informação e comunicação de baixo custo. Nesta sociedade do conhecimento, a difusão e o uso da informação flui de forma diferente: a cadeia tradicional descendente da transmissão do conhecimento (do que sabe ao que está aprendendo) é totalmente renovada. As bibliotecas não podem negar essa realidade e, em vez disso, devem integrá-la na sua organização. Não se trata de ser tecnológico para ser moderno ou atraente, mas pensar no acesso às informações que correspondam às práticas e realidades de hoje. A clivagem digital é a de todas as desigualdades entre os grupos no sentido amplo, em termos de acesso à informação, uso ou conhecimento das tecnologias da informação e da comunicação. Ao integrar as ferramentas e práticas digitais no exercício de suas missões, as bibliotecas abrem um novo caminho para o mundo da informação e do conhecimento, ao conectar usuários e os conteúdos para além de quaisquer limites geográficos, sociais e culturais. Não tenho preocupações com a sobrevivência do livro neste novo modelo de bibliotecas, que agora irá coabitar com o digital. Esses dois apoios são complementares e não contraditórios. Eu mencionei anteriormente uma cadeia de conhecimento “totalmente renovada”, o conhecimento é construído cada vez mais horizontalmente e a comunidade com novas tecnologias, nós o vemos com a Wikipedia, por exemplo, mas também o aumento de movimento como o Faça Você mesmo e as práticas amadoras na sociedade. Aqui novamente, a biblioteca deve aceitar esta nova maneira de construir e acessar o conhecimento. O bibliotecário não é mais um transmissor de conhecimento, ele se torna um mediador que deve imaginar modos mais participativos e horizontais de acesso à informação. Os usuários são detentores de conhecimento e estes são recursos potenciais a serem ativados! Podemos construir coisas com eles. Acredito então que a biblioteca do futuro não é nem mais nem menos que uma organização que permanece atenta a essas mudanças sociais e as integra com benevolência sem julgamento. De fato, nada muda nas missões fundamentais das bibliotecas: lembremo-nos que a biblioteca não é um lugar, mas é sobretudo uma organização dotada da missão de democratização do acesso ao conhecimento e à cultura. Nos novos modelos que você cita, as missões não mudam, mas a organização sim. Na minha opinião, uma biblioteca que é apenas digital é tão inadequada como uma biblioteca que só oferece livros. Em ambos os casos, excluem uma parte da sociedade, modos de acesso ao conhecimento e práticas culturais. As bibliotecas públicas ainda não são digitais no Brasil, não há e-books em seus catálogos. Existem apenas alguns modelos de empréstimo/assinatura para universidades e outros para leitores comuns, geralmente associados a empresas de telefonia móvel. Como esta questão é tratada pela sua instituição? O problema dos e-books na França ultrapassa as bibliotecas e diz respeito a toda a cadeia do livro. Com os e-books, as editoras enfrentam dificuldades legais e técnicas como a revisão dos contratos de direitos autorais ou a reformulação de certas obras para maior interatividade (som, vídeo, zoom …). Mas o principal problema vem do medo do download ilegal. Todos esses motivos explicam a resistência das editoras e sua relutância em oferecer versões digitais de seus livros. Esta realidade editorial tem um impacto direto nas bibliotecas. Em 2014, apenas 4% das grandes bibliotecas de leitura pública tinham um serviço de empréstimo de e-book apesar da multiplicação de distribuidores (Bibliovox, Lekti, Numilog, Harmatec, etc.), porque a oferta não é muito desenvolvida pelos editores e insatisfatória para as bibliotecas. Para não prejudicar editores e autores, o Ministério da Cultura francês lançou o programa “Empréstimos digitais em bibliotecas” em 2012, que permite a articulação entre os diferentes atores: editores e transmissores (catálogo de livros); Livrarias (ofertas de distribuidores para comunidade); bibliotecas e usuários. Nesta plataforma, os livros podem ser baixados ou lidos on-line (streaming). Mas este sistema é muito caro para bibliotecas tem limitações: os livros digitais são muito mais caros do que os livros em papel, compramos o acesso e não e-books, o que significa que as bibliotecas não possuem arquivos digitais (daí a questão da durabilidade da coleção), os livros têm travas digitais (Digital