Através dos tempos, a arte de contar histórias marcou a história da humanidade. A importância da data não é somente em relação à construção da história, mas a construção de estímulos em relação à leitura e ao imaginário.
As origens do dia que celebra o contador de histórias estão na Europa, mais especificamente na Suécia, em 1991. A data marca o início da primavera no hemisfério Norte, e do outono no hemisfério Sul. Em 1997, um grupo de contadores de histórias da Austrália organizou uma celebração que durou uma semana inteira. Na mesma época, no México e em outros países da América do Sul, o 20 de março foi declarado o Dia Nacional dos Narradores.
Em 2001, eventos temáticos realizados contadores de histórias escandinavos espalharam-se pela Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Estônia. Já em 2003, o Canadá e outros países também adotaram a ideia. A França aderiu à celebração em 2004. Com tantos países comemorando a data, o dia 20 de março foi reconhecido como o Dia Internacional do Contador de Histórias.
No Brasil
O Projeto de Lei nº 7.232/2017, que regulamenta a profissão de Contador de Histórias, foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. Agora a matéria segue para avaliação da Comissão de Cultura.
De acordo com o projeto, serão considerados Contadores de Histórias “os profissionais cuja construção do saber seja desenvolvida no cotidiano de suas comunidades, em que a oralidade exerça papel fundamental na preservação e transmissão do saber e das manifestações da cultura popular”.
Para isso, será exigido um curso de formação, com fundamentação teórico-prática, para o uso da literatura e das técnicas de contação de histórias. O projeto estabelece uma série de objetivos a ser cumpridos por esses profissionais, como a valorização do patrimônio cultural imaterial e da diversidade do povo brasileiro, o fomento à formação de profissionais qualificados e a promoção de espaços de debates e ações nas áreas de tradição oral e literária.
Eduardo Valadares, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que atuou durante muitos anos como contador de histórias, a regulamentação da profissão trará um ganho para os profissionais. “Contudo, há que se considerar alguns pontos importantes, como os critérios que serão estabelecidos para que se defina quem poderá ser classificado como um contador de histórias profissional”, disse em entrevista ao CRB-6. Para ele, “é necessário promover um debate com as associações e profissionais que exercem essa atividade para que critérios claros e horizontais sejam estabelecidos, beneficiando assim a sociedade e os contadores de histórias. ”
E ai? Vamos contar uma história hoje?
(Com informações do blog Brasileirinhos, do CRB-6 e da PUC-RJ)
Escreva um comentário