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Uma das bibliotecas mais legais do mundo é brasileira

Bibliotecas e livrarias deveriam ocupar as primeiras páginas dos guias de viagem. Apesar desses manuais terem virado um símbolo dos turistas analógicos, para onde quer que eu viaje tento encontrar um canto cheio de livros. É bacana ver como esses lugares, que a princípio existem pelos mesmos propósitos, conseguem sintetizar a essência do lugar onde se encontram de maneiras tão diversas e encantar turistas apaixonados por livros como eu. Seguindo a mesma lógica do cão que se parece com o dono, livrarias e bibliotecas também ficam a cara da cidade que as abrigam. Difícil pensar em Buenos Aires sem lembrar da livraria El Ateneo na Avenida Santa Fé. O Real Gabinete Português de Leitura e a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro estão encravadas no centro da cidade como lembranças de um passado suntuoso. A dureza concreta da Biblioteca Mário de Andrade contrasta com o Theatro Municipal, inspirado na Ópera de Paris — uma metáfora das contradições de São Paulo. Falando em Paris, a Shakespeare & Co deveria ser parada obrigatória de todo viajante, assim como a Biblioteca Pública de Nova York é para quem passeia por Manhattan. Você não precisa esperar as próximas férias ou o dia na vida em que for para outro país para visitar um santuário de livros bacana. Se você mora perto de São Paulo ou na capital paulistana, saiba que é vizinho de uma das bibliotecas mais legais do mundo. A Biblioteca de São Paulo, construída onde era a Casa de Detenção Carandiru, foi finalista do prêmio de melhor biblioteca do ano na London Book Fair International Excellence Awards 2018, que aconteceu na última semana. Junto com ela, instituições de Olso (Noruega), Aarhus (Dinamarca) e Riga (Letônia) concorreram ao prêmio – a biblioteca letã foi a vencedora. Assim como as feiras de Frankfurt e de Guadalajara, a feira do livro de Londres é uma das mais respeitadas do mercado editorial. Essa biblioteca brasileira já nasceu como uma promessa de transformação. Ela foi construída em 2010 no parque da Juventude, antiga área da penitenciária Carandiru, onde também funcionam duas escolas técnicas. Com 400m² projetados como se fosse uma grande livraria, a Biblioteca de São Paulo (BSP) chama a atenção pela arquitetura que coloca o público como foco, e não o acervo, diferente do que acontece nas bibliotecas tradicionais. A BSP é gerenciada pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo em parceria com a organização social SP Leituras, tem um acervo de 45 mil itens e 30 mil sócios. A metáfora dinâmica do desenho não se restringiu à disposição das estantes: a BSP funciona como um imenso laboratório de boas iniciativas que podem ser adaptadas e reproduzidas nas 800 unidades da rede de bibliotecas públicas do estado. Mais do que estimular a leitura, o objetivo desse grande laboratório é fazer com que as bibliotecas se tornem polos ativos de cultura nas comunidades. Clubes de livros, projetos de contação de histórias para crianças, oficinas de tecnologias para idosos, minicursos de robótica, saraus com jovens, projetos que discutem literatura e gastronomia estão entre os “experimentos” da BSP. “Ela está focada na pluralidade, e isso tem a ver com a literatura — porque, como diz Cristóvão Tezza, literatura não está a serviço de nada a não ser da liberdade. E biblioteca pública, como um espaço de literatura e educação, tem que ser um espaço livre para que cada um busque o seu espaço rumo ao conhecimento”, diz Pierre André Ruprecht, diretor executivo da SP Leituras, que foi a Londres participar da feira. A participação da comunidade próxima à Biblioteca de São Paulo é um assunto levado a sério pela instituição. Por lá, um terço das aquisições semanais de livros vêm de sugestões dos sócios (de carteirinha!). Outra particularidade da BSP é o público: a biblioteca atrai pessoas de diferentes idades, gêneros e condições socioeconômicas, ao contrário da maioria das bibliotecas públicas cujo público é formado por pessoas em idade escolar. Santana, o bairro onde fica a biblioteca, é um local da capital paulistana que concentra muitos albergues para moradores de rua. Com a construção da BSP na região, essas pessoas frequentam a biblioteca e participam das atividades culturais — hoje, eles representam 20% do total de visitantes. Para concorrerem a melhor biblioteca do ano, as instituições deveriam descrever dois motivos na inscrição da London Book Fair para serem reconhecidas como tal. Ruprecht conta que a BSP destacou os projetos de inclusão para diferentes públicos que podem ser replicados em outras unidades e a revitalização da comunidade onde antes existia a penitenciária. Essa é a primeira edição do prêmio com a categoria “biblioteca do ano”. “A indicação nos trouxe uma enorme responsabilidade para continuarmos nesse rumo. E também nos deu uma visibilidade que geralmente as bibliotecas públicas não têm. Nos deu voz para discutir o direito que a população tem a bibliotecas públicas de qualidade, e a necessidade de o poder público investir em cultura e prover esse direito ao cidadão”, diz Ruprecht. Mesmo com um índice de leitura de quatro livros por ano, o Brasil foi o país que mais se destacou na feira londrina. O prêmio, oferecido em parceria com a Associação de Editores do Reino Unido (UK Publishers Association), celebra as melhores iniciativas internacionais — cinco das 17 categorias tinham finalistas brasileiros: editora profissional ou acadêmica (Editora Atheneu); plataforma de audiolivros (Ubook.com); acessibilidade para livros (Fundação Dorina Nowill para Cegos); inovação (TAG Experiências Literárias) e biblioteca do ano (Biblioteca de São Paulo).     Fonte: Superinteressante | Pâmela Carbonari

Biblioteca de Aracaju realiza exposição sobre Monteiro Lobato

A Biblioteca Clodomir Silva, unidade administrada pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), apresenta a exposição ‘Monteiro Lobato – Vida e Obra’. A mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h. A entrada é gratuita. “Abril é o mês que traz referência ao livro, à literatura e à leitura, e nele comemoramos diversas datas importantes que marcam o livro. Temos o dia 2 de abril, o Dia Mundial do Livro Infantil. No dia 18, comemoramos o Dia Nacional do Livro Infantil, data que marca o nascimento do pai da literatura infantil brasileira, Monteiro Lobato, nosso homenageado. Para encerrar o ciclo, dia 23 é marcado também pelos três dos maiores escritores William Shakespeare, Miguel de Cervantes e Vladimir Nabokov”, ressalta a coordenadora da biblioteca Municipal Clodomir Silva, Fabiana Bispo. Emília, Narizinho, Pedrinho e todos os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo estão no hall da biblioteca para contar um pouco mais sobre o responsável da literatura infantil, Monteiro Lobato. “Nossa exposição reúne as principais obras do autor, além de contar um pouco sua vida. Afinal, a biblioteca tem o objetivo de interagir com os visitantes e fazer com que a gente deixe viva na memória da geração mais recente a sua relevância para a literatura brasileira. É uma oportunidade também para os adultos relembrarem os personagens que marcaram época’, explica Fabiana. De acordo com a coordenadora, o visitante vai encontrar curiosidades sobre o escritor Monteiro Lobato e suas principais obras, além de uma coleção completa do autor, que compõe o acervo da biblioteca. “A exposição contará com gibis, publicações antigas e a biografia de Monteiro Lobato.”, informa Fabiana Bispo. A biblioteca Clodomir Silva fica localizada na rua Santa Catarina, nº 314, no bairro Siqueira Campos, e está aberta para receber as escolas. A unidade vinculada à Funcaju conta com mais de 20 mil livros, gibiteca e cordelteca. Para visitar a exposição e participar dos projetos promovidos pela biblioteca é necessário fazer um agendamento através do telefone (79) 3179-3742.   Fonte: Prefeitura Municipal de Aracaju

Biblioteca Municipal de Cabo Frio terá atividades no Dia de Monteiro Lobato

Nesta quarta-feira (18 de abril), a subsede da Biblioteca Municipal de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, vai receber atividades em comemoração ao Dia de Monteiro Lobato. Apresentações de esquetes e leitura dramatizada serão realizadas das 9h30 às 15h30, com a participação de alunos do curso de Teatro e TV promovido pelo espaço. O Dia de Monteiro Lobato também é conhecido como o Dia Nacional do Livro Infantil. A data foi escolhida para homenagear uma das maiores vozes da literatura infantil do Brasil. Monteiro Lobato foi um escritor brasileiro e uma de suas maiores obras de destaque na literatura infantil é “O Sítio do Picapau Amarelo”. Ele foi um dos primeiros autores do gênero conto no Brasil e em toda América Latina. Fonte: G1

Conheça o Castelo de Luz, a melhor biblioteca do mundo de 2018

A Biblioteca Nacional da Letônia foi eleita a melhor do mundo de 2018. O título foi concedido pela Feira do Livro de Londres (London Book Fair, no original em inglês), um dos eventos mais importantes da área, e a associação de editores do Reino Unido em cerimônia na noite desta terça-feira (10). A Biblioteca São Paulo (BSP), construída no terreno onde ficava o Complexo Penitenciário do Carandiru, palco do massacre em que morreram 111 presos, em 1992, ficou entre as melhores do mundo, mas não levou a medalha de ouro. A biblioteca monumental fica no centro histórico da capital Riga e foi projetada em 2014 pelo arquiteto letão naturalizado norte-americano Gunars Birkerts (1925-2017), bastante conhecido por seus projetos modernistas em Michigan. Na concepção do espaço, o arquiteto aplicou diversas referências do folclore da Letônia, e apelidou o edifício de Castelo de Luz, que à noite se destaca na paisagem com suas luzes interiores. À época, a obra foi vista como um enfrentamento à arquitetura pública soviética, que dominou a história recente do país, com um edifício contemporâneo, apesar de manter o caráter monumental. Foi concebida inicialmente em 1988, mas só saiu do papel anos depois, em 2014, quanto os habitantes também criaram um movimento para proteger os livros antigos e levá-los para as novas bibliotecas. A ação envolveu 14 mil pessoas, que criaram uma corrente humana de 2 quilômetros de comprimento, para proteger alguns exemplares da literatura nacional do país. A biblioteca tem 4,5 milhões de livros, o que inclui exemplares raros. Por isso é a coluna vertebral de todo o sistema público de bibliotecas da Letônia, auxiliando atividades escolares, pesquisas universitárias e consultas do parlamento, além de desenvolver padrões nacionais para o setor.   Fonte: Gazeta do Povo

2ª Virada Cultural celebra 60 anos da Biblioteca Monteiro Lobato, em São Bernardo

A Biblioteca Monteiro Lobato, localizada à Rua Dr. Flaquer, 26, no Centro de São Bernardo, completa 60 anos neste sábado (14 de abril) com a segunda edição da Virada Cultural, com início às 16h. Com o tema “Biblioteca de todo mundo”, que privilegia a união entre os povos, serão 24 horas de muita celebração com apresentações musicais, saraus, exibição de filmes, café da manhã temático, danças típicas e mesa redonda. Tudo termina às 16h do domingo (15 de maio). “Conhecer nossa história é fundamental para compreendermos o presente e abraçarmos nosso futuro. A trajetória da Biblioteca Monteiro Lobato se mistura com uma parte importante da história de São Bernardo, quando a cidade se tornou palco do desenvolvimento econômico com a inauguração da Via Anchieta e a vinda das grandes montadoras e empresas do setor moveleiro. E para acompanhar essa nova realidade, era preciso a ampliação das oportunidades de acesso à cultura para a população”, afirmou o prefeito Orlando Morando. Fundada em 1958, a Biblioteca Monteiro Lobato começou sua trajetória em uma salinha que, em seu primeiro ano, recebeu cerca de 5.800 usuários. Mas os primeiros movimentos começaram em 1946 pela iniciativa da professora, artista e escritora Odette Tavares Bellinghausen. Por meio da Associação Feminina Beneficente Bartira, da qual era presidente, ela passou a promover campanhas para a arrecadação de livros para a formação de uma biblioteca. Seis anos mais tarde, foi sancionado pelo então prefeito Lauro Gomes de Almeida (1952-1955) o projeto de lei que criava a biblioteca pública em São Bernardo. A primeira unidade deu início a uma Rede de Bibliotecas Públicas da cidade, que hoje administra seis bibliotecas, uma biblioteca de arte, uma gibiteca e um espaço troca-livros. Há ainda duas salas de leitura (no Parque São Bernardo e no Jardim Silvina), uma Midiateca no Centro de Audiovisual (CAV), além de contar com dois Espaços Braille (na própria Monteiro Lobato e na Biblioteca Malba Tahan, no Rudge Ramos). A frequência anual da rede é de cerca 344 mil usuários e conta com acervo total de 223.852 publicações. Só a Biblioteca Monteiro Lobato possui mais de 50 mil publicações. O secretário de Cultura, Adalberto Guazzelli, fez questão de destacar a importância do espaço. Não apenas na história da cidade, mas na sua vida. “A Biblioteca Monteiro Lobato nasceu da movimentação dos moradores da cidade. Fez parte da infância de muita gente, inclusive da minha, numa época em que não existia internet e que a biblioteca era uma das únicas fontes de acesso à informação e pesquisa”, disse. Recentemente a Biblioteca Monteiro Lobato passou por obras de ampliação e modernização executadas pela Fundação Toyota. O espaço ganhou um auditório onde há uma importante programação cultural, com música, teatro, cinema, saraus, exposições, indo muito além do livro. Também foi implantado Wi-Fi gratuito e horário diferenciado, funcionando inclusive aos domingos, de forma a garantir o acesso da população. Veja a programação completa neste endereço.   Fonte: ABC do ABC

Uma biblioteca que muda sua comunidade

A alfabetização na idade certa é indispensável para uma vida plena e integrada à cultura do escrito. Mas esse direito nem sempre é garantido no Brasil. De acordo com a Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2016, na Educação Pública, 55% dos alunos com 8 anos não conseguem ler suficientemente. Para promover o aprendizado na hora certa, a estratégia 33 da meta 7 do Plano Nacional de Educação (PNE) visa formar novos leitores. Mas o caminho a ser percorrido é longo, pois ler como hábito ainda é um desafio. De acordo com a Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2016), 44% dos brasileiros não leem e 30% nunca compraram um livro. Entre a população das classes D e E, os não-leitores são 60% (considerando leitor quem leu inteiro ou em parte um livro nos últimos 3 meses). Como um mergulho em um mundo de narrativas, a leitura aperfeiçoa desde o senso crítico sobre si mesmo e representações do mundo, como também impacta no desempenho escolar. Nesse sentido, uma biblioteca pode fazer uma grande diferença. Como fez na vida dos filhos de Glaucimar Soares de Assis – Iarley (11), Ana Íris (9) e Mirela (4). Todos eles moram na comunidade carioca Chácara do Céu, na Tijuca; e fazem parte da primeira leva de frequentantes da Biblioteca Comunitária que leva o nome da escritora negra Carolina Maria de Jesus, ela mesma um marco no acesso à literatura. Para a Glaucimar, a convivência dos filhos com os livros foi uma virada de página, pois as crianças penetraram em um universo novo. “Ana Íris já tinha passado por duas escolas diferentes e não tinha sido alfabetizada. Depois que passou a frequentar o espaço, a leitura se desenvolveu, os estudos e as notas melhoraram”, afirma. No meio da noite tinha uma biblioteca A ideia da biblioteca comunitária Carolina Maria de Jesus partiu da geógrafa e moradora da favela, Ana Beatriz Cunha. Ela integrou a equipe de projetos sociais na criação da Associação de Moradores do local e, junto da historiadora Lili Rose, passou a arrecadar os materiais para a abertura do espaço. O nome do lugar já mostra ao que a biblioteca veio. Victor Figueiredo Cunha, que trabalha com as mídias sociais e na administração do espaço, explica que Carolina é uma inspiração para os moradores da comunidade. “Ela foi uma pessoa pobre, que passou por muitos problemas que as pessoas da Chácara do Céu enfrentam; mas que, mesmo assim, teve uma obra literária publicada em vários países”, explica. O principal desafio no começo do projeto foi ganhar a confiança dos moradores. Para isso, a estratégia foi engajar as pessoas via Facebook, conta Victor. “As postagens serviram e ainda servem para ganharmos credibilidade, que é o mais difícil. As pessoas de fora geralmente veem com mais esperança, mas quem está aqui já viu tanta coisa dar errado que fica desconfiado.” A rotina das crianças está entre as maiores preocupações dos pais e dos organizadores. Antes da iniciativa, explica Glaucimar, faltavam atividades para os pequenos durante a noite. Tomando conhecimento disso, os responsáveis pelo espaço decidiram abrir às 19h30 de terça e quinta-feira. “O horário foi importante porque as crianças que ficam até tarde fora de casa não ficam mais na rua. Agora elas vêm para biblioteca”, explica Victor. Glaucimar experimenta essa mudança com Iarley. “Toda terça e quinta, quando ele chega da escola, sabe para onde ir. E isso não foi apenas com ele, mas com várias crianças”. Muitas crianças frequentam as três escolas em torno da comunidade, mas, mesmo assim, chegam à biblioteca sem saber ler. Por isso, o espaço tem como filosofia contribuir com a relação entre pais e gestores escolares. “Fazemos reuniões com pais para reivindicarmos bibliotecas nas escolas. Aqui, nós podemos facilitar esse diálogo”, explica. Mobilização para transformar vidas A missão da biblioteca não é ser apenas um paliativo, pontua Victor. “Estamos aqui para transformar vidas e, para isso, precisamos ser efetivos em trazer as crianças para dentro da biblioteca.” Um dos passos nessa direção é que os pais também incorporem a leitura como valor. No que depender de Glaucimar, a biblioteca será um sucesso. Ela tenta convencer seus vizinhos comentando, sempre que possível, sobre a importância do espaço e falando do exemplo da sua filha. “Eu não fui incentivada, mas acabei aprendendo a ler porque estudei até a 1ª série do Ensino Médio”, explica. “Os pais que não sabem ler precisam estimular os filhos também, pois os que não foram alfabetizados sabem o quanto isso é importante para a vida. É justamente por isso que os responsáveis têm que incentivar. Eles precisam pensar que ‘eu não sei ler, mas quero que meus filhos tenham incentivo e saibam sim’”, afirma. Para contribuição com a biblioteca com doações, basta entrar em contato com a biblioteca pela página no Facebook.   Fonte: Estadão

Livros clássicos são os preferidos entre leitores que frequentam a Biblioteca Pública de Ribeirão Preto

As histórias clássicas são as preferidas entre os leitores de Ribeirão Preto. A informação foi passada com base nos livros mais emprestados do município em 2017, na Biblioteca Municipal Guilherme de Almeida, localizada na Casa da Cultura. A biblioteca é, atualmente, a principal gerida pelo governo municipal – as demais são geridas por terceiros. De acordo com o bibliotecário Alexandre, o livro “Sagarana”, de João Guimarães Rosa, foi o mais emprestado em 2017. No último ano, ele foi retirado da biblioteca 13 vezes. Já as obras “Vidas Secas”, “O cortiço”, “Droga do Amor” e “A cidade e as serras”, respectivamente, foram os outros quatro livros mais procurados na biblioteca municipal. Em média, 483 livros foram emprestado na Casa da Cultura. “Já em 2018, apenas ‘Droga do amor’, de Pedro Bandeira, continua entre os mais procurados. No primeiro trimestre, a obra, ao lado de ‘Triste fim de Policarpo Quaresma’ e ‘A moreninha’, é a mais lida pelas pessoas”, fala Alexandre. Pedro Martins é fã da leitura desde sempre. Os livros preferidos do jovem são “Harry Potter”, “As vantagens de ser invisível” e “Memórias póstumas de Brás Cubas”. “Independentemente do gênero e do modernismo da obra, eu enxergo a leitura como entretenimento. Assim como filmes, peças teatrais e até mesmo músicas, livros contam histórias – e algumas dessas vão além da diversão e mudam nossas vidas. ‘Harry Potter’ fez isso ao me introduzir num universo mágico que deu um rumo inesperado na minha vida, da mesma forma que ‘Capitães da Areia’ e ‘Morte Súbita’ mudaram minha compreensão da sociedade. Depois de ler esses livros, eu não era mais o mesmo. Eles me tiraram de uma bolha e me transformaram”. Já Ângela Bispo conta que a leitura é fundamental para compreender o mundo em que vive atualmente. “Sendo assim, para nos mantermos informados, realizamos leituras das notícias diárias. Para aguçar a imaginação e fugir da rotina árdua de trabalho, tenho optado pelos clássicos da literatura, que antes não tinha o mínimo interesse de ler, seja pela dificuldade de compreender a linguagem e contexto histórico, seja pela imposição dos professores que não me despertaram o gosto pela leitura. Recentemente li ‘Olhai os lírios do campo’, ‘O quinze’ e ‘O cortiço’. Amei cada um. Atualmente me divirto com as crônicas de Luís Fernando Veríssimo em Comédias para se ler na escola e indico ‘O homem trocado’”, diz. Por fim, Anderson J. Melo diz que gosta de leitura diversas. “Às vezes leio obras técnicas, relacionadas a minha profissão, por curiosidade e também para praticar o hábito da leitura. Como sou usuário de ônibus coletivo, gosto de aproveitar esse tempo para ler. Nisso eu incluo livro físico, livro digital e áudio livro também. Terminei um semana passada e já estou procurando outro. Creio que a leitura ajuda e muito no vocabulário, e também nos ajuda a expressar nossos pensamentos”, finaliza.   Fonte: Revide

Biblioteca Pública do Paraná inaugura clube de troca de figurinhas do álbum da Copa

A Biblioteca Pública do Paraná inaugura neste sábado (14) um clube de troca de figurinhas do álbum da Copa do Mundo da Rússia 2018. Os encontros acontecem todos os sábados, entre os dias 14 de abril e 14 de julho, na Seção Infantil, das 10h às 12h30. A entrada é franca. Além de viabilizar a troca de figurinhas entre os participantes, a Biblioteca também promove uma campanha. As crianças que fizerem doações de figurinhas, para um álbum da BPP, participam de um sorteio. O vencedor escolhe uma instituição carente, na qual a Seção Infantil da BPP vai realizar uma atividade cultural. Quando estiver completo, o álbum da Copa do Mundo da Rússia 2018 da BPP ficará no acervo da Divisão de Documentação Paranaense, disponível para consultas no local. Serviço: Clube de troca de figurinhas da Copa do Mundo da Rússia 2018 Seção Infantil da Biblioteca Pública do Paraná Rua Cândido Lopes, 133, Centro – Curitiba Todos os sábados, entre os dias 14 de abril e 14 de julho, das 10h às 12h30 Entrada franca.   Fonte: Bem Paraná

Bibliotecária descobre “mistério” em livro de biblioteca na Escócia

O pequeno vilarejo de Charleston, localizado na cidade de Dundee, na Escócia, é tão escondido no norte-europeu e tão pouco habitado (a população da região está estimada em 4.323 pessoas) que parece até um destino perfeito para quem busca por calmaria e distância de grandes centros urbanos. E também por uma grande história de mistério – que, felizmente, foi desvendada. Tudo começou quando a bibliotecária Georgia Grainger, funcionária da Biblioteca Comunitária de Charleston, foi questionada por uma senhora, que lhe perguntou: “Por que todas as páginas 7 dos livros que eu peguei emprestado têm o número 7 sublinhado com caneta?”. “Isso parece estranho”, adicionou a mulher. Instigada com a pergunta, Grainger foi conferir os livros e, de fato, todos traziam a marcação estranha. Devido à sua imaginação fértil, ela começou a imaginar o que poderia motivar aquela ação: grupos de espionagem, histórias secretas de amor ou até a atuação de serial killers foram hipóteses cogitadas , escreveu a bibliotecária em sua conta do Twitter. Quando foi buscar pela mesma marca em outros livros da biblioteca, Grainger percebeu que não eram todas as obras que tinham o tracejado no número 7, mas apenas grande parte das histórias antigas para o público feminino – ou seja, romances ambientados em períodos de guerra, que são particularmente populares entre pessoas idosas na biblioteca de Charleston. Apesar da descoberta, o mistério continuava firme e forte. Foi aí que a bibliotecária decidiu conversar com sua gerente sobre o bizarro padrão nos livros e descobriu que a marcação era, na verdade, um código que pessoas idosas tinham criado para marcar os livros que elas já haviam lido. O método era uma prática utilizada ainda antes dos computadores e sistemas de empréstimo de livros existirem. Alguns dos adeptos tracejavam números de certas páginas, outros, desenhavam estrelas ou escreviam a inicial do nome em algum lugar do livro. Como esses livros costumam ter enredos muito parecidos, o método era uma forma dos leitores evitarem de ler o mesmo livro outra vez. Toda a história foi narrada por Grainger em sua conta do Twitter.   Fonte: Galileu

Governo do Rio abre mais duas bibliotecas parque

Fechadas em 2016, em meio à crise financeira do estado do Rio de Janeiro, as bibliotecas parque começaram a ser reabertas em 19 de fevereiro. A unidade da Rocinha foi reinaugurada, e o governo anunciou que, até o início de maio, mais duas devem voltar a funcionar. A unidade do centro da cidade, na Avenida Presidente Vargas, deve voltar a receber usuários até o início de maio. Ainda não há previsão para a reabertura da Biblioteca Parque do Complexo do Alemão, e a unidade de Niterói foi municipalizada em 2017 para continuar recebendo frequentadores. O investimento para manter as bibliotecas parques funcionando será de R$ 1,7 milhão por mês. De acordo com o secretário, os recursos ficaram disponíveis com o aumento da arrecadação estadual neste ano. Inicialmente, 30 servidores que estavam lotados na sede da Secretaria Estadual de Cultura foram deslocados para atender ao público entre 8h e 17h. Por meio de uma licitação, o governo contratará uma empresa privada para gerir esse serviço, permitindo o retorno dos servidores a seus locais de origem. O processo deve durar no máximo 30 dias, segundo Monteiro, e atenderá a todas as unidades da rede estadual. A reabertura da Biblioteca Parque da Rocinha foi marcada por críticas do secretário e do governador, Luiz Fernando Pezão, à prefeitura do Rio. Em outubro, após a série de confrontos que levou a uma operação integrada das polícias estaduais com as Forças Armadas, o prefeito Marcelo Crivella chegou a anunciar que assumiria a biblioteca. Pezão afirmou que colocou a unidade à disposição da prefeitura, mas nada foi feito. “Me pediram, e eu entreguei. Daquilo que entregamos, até hoje, demorou seis meses, e ninguém fez nada. Então, nós vamos fazer”, disse o governador. Inaugurada em 2012, a Biblioteca Parque da Rocinha já fez 14 mil empréstimos de livros e emitiu 5 mil carteirinhas de usuários. Até ser fechada, em 2016, 145 mil visitantes passaram por seus cinco pavimentos, construídos na Estrada da Gávea, no interior da favela. De acordo com informações disponibilizadas pela Secretaria Estadual da Cultura, as bibliotecas parque do Rio são inspiradas em modelo criado em Medellín e Bogotá, na Colômbia. São “espaços criados em áreas de risco para oferecer aos usuários acesso imediato e fácil à informação”. A atuação inclui “ambiente de convivência e convergência na comunidade, contribuindo para a diminuição da violência e para a inclusão social”. Leia a matéria completa, com edição de Davi Oliveira, aqui.   Fonte: EBC Agência Brasil