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Novo passo dado para a efetivação do Fundo Nacional Pró-Leitura

por Volnei Canônica A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei que cria o Fundo Nacional Pró-Leitura (FNPL), confirmando o texto substitutivo apresentado pelo deputado federal Rafael Motta (PSB/RN) em seu parecer como relator. Tenho certeza que esta notícia poderá causar algumas surpresas para a sociedade e principalmente entre as pessoas que trabalham na cadeia do livro (escritores, ilustradores, livreiros, editoras, bibliotecários, promotores de leitura e outros). Alguns até dirão, “Nunca ouvi falar deste Fundo”. Pois bem, gostaria de lembrar que este Fundo e principalmente este parecer do deputado federal Rafael Motta foi discutido algumas vezes em espaços públicos. Mas, infelizmente, não contou, como seria o esperado, com a participação do “povo do livro”. Desde que assumi o Programa Prazer em Ler, do Instituto C&A em 2011, batalhei, com o apoio de todas as bibliotecas comunitárias e escolares apoiadas pelo Programa, pela efetivação de algumas políticas públicas para a área do livro, da leitura e das bibliotecas. A criação do Fundo passou a ser uma meta. Começamos a questionar com parlamentares o porquê desse fundo estar parado, um fundo que deveria ter sido criado em 2004, conforme orienta a Lei nº 10.753, de 30 de outubro de 2003. Aos poucos fomos ampliando a discussão, até que, Fátima Bezerra (PT/RN), na época, deputada federal, assumiu a relatoria deste projeto de lei. A partir daí conseguimos fazer audiências públicas na Câmara dos Deputados e começar a colocar “óleo na engrenagem”. Um novo período de eleições e Fátima assumiu o cargo de senadora. Criou-se, em 23 de abril de 2015, a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Livro, da Leitura e da Biblioteca (composta por deputados federais e senadores), com a coordenação conjunta de dois presidentes, a senadora Fátima Bezerra (PT/RN), no Senado, e o deputado federal José Stédile (PSB/RS), na Câmara. Este ato unificou as duas frentes parlamentares existentes: Frente Parlamentar em Defesa da Biblioteca Pública (Câmara dos Deputados) e Frente Parlamentar em Defesa do Livro e da Leitura (Senado). Uma sábia decisão, já que não podemos pensar em Políticas Públicas de Estado que não estejam totalmente articuladas com os diferentes agentes e instituições fazedoras e promotoras do livro e da leitura. Em 2015, fui convidado para compor a mesa de lançamento da Frente Parlamentar Mista e neste ato conheci o jovem deputado federal Rafael Motta que havia assumido a relatoria do projeto de lei do Fundo. Na época o Instituto C&A promovia debates sobre políticas públicas, e tínhamos uma agenda bastante contundente de promoção destes debates na Flip – Festa Literária Internacional de Paraty. Fiz o convite ao deputado para participar de uma mesa da Flip daquele mesmo ano em que abordaríamos a importância da criação do Fundo Nacional Pró-Leitura para a construção de um Brasil de leitores. A partir desta discussão foram criados vários outros espaços de audiência pública para discutir sobre o projeto de lei e ouvir as contribuições de toda a sociedade. Inclusive, realizaram-se audiências públicas nos anos de 2016 e 2017, na Câmara Municipal dos Vereadores de Paraty, também durante a Flip. A iniciativa de manter um espaço na Flip tinha o objetivo de ouvir principalmente os agentes envolvidos com a cadeia do livro. Não foi por falta de informação ou divulgação que a plateia da Câmara dos Vereadores se encontrava vazia, enquanto, na Tenda Principal da Flip se disputava “a tapa” um ingresso. É necessário que a área faça um mea culpa, já que existe muita reclamação e pouca participação. Talvez agora, nestes momentos de crise e retrocessos para a área da promoção da leitura, o povo do livro entenda que sua participação sempre foi necessária e fundamental para a construção das políticas públicas de Estado. Como diria minha avó, “quando a água bate na bunda a gente aprende a nadar”. Agora cabe a todos nós COMEMORAR este avanço, acompanhar o andamento dos próximos capítulos e, principalmente, participar de novos momentos e fazer o nosso papel de cidadão, incidindo, cobrando esta e outras políticas públicas para que possam avançar e estruturar a nossa área do Livro, da Leitura, da Literatura e das Bibliotecas. Para entender o projeto de lei O PL 1321/11 foi apresentado originariamente no Senado Federal e é destinado à captação de recursos para atendimento aos objetivos da Lei nº 10.753, de 30 de outubro de 2003, que institui a Política Nacional do Livro. Em linhas gerais, o Fundo reunirá recursos para promover ações de fomento à leitura em todo o Brasil. Os recursos para o Fundo vêm do Tesouro Nacional, legislações vigentes e doações. Para gerir o FNPL será criado um colegiado que irá decidir sobre projetos e investimentos nas diferentes formas de promover o livro e a leitura. Tramitação Com a aprovação do PL na Comissão de Educação, o projeto que cria o Fundo Nacional Pró-Leitura será apreciado pelas comissões de Cultura; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.   Fonte: Publishnews

Prêmio Professores do Brasil irá reconhecer os melhores projetos de educação no Brasil

O Prêmio Professores do Brasil é uma iniciativa do Ministério da Educação juntamente com instituições parceiras que busca reconhecer, divulgar e premiar o trabalho de professores de escolas públicas que contribuem para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos nas salas de aula. Em 2018 o Prêmio está em sua 11ª edição do Prêmio convida a todos os professores de escolas públicas da educação básica a se inscreverem enviando um relato de prática pedagógica desenvolvida com seus alunos. Seu relato será avaliado e poderá ser selecionado para uma premiação estadual, regional e nacional. Sabe-se que registrar uma experiência, um processo vivido ou mesmo uma conversa entre alunos e professores é uma forma de sistematizar o conhecimento do professor. Assim, além de participar do processo de premiação, os professores desenvolvem um exercício de reflexão sobre a própria prática, o que garante o aprimoramento dos processos de ensino e aprendizagem. Ou seja, independentemente do processo de seleção, a participação dos professores é um caminho para a busca da qualidade na educação, compromisso de todos os educadores! O Prêmio Professores do Brasil foi instituído em 2005 pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB), juntamente com instituições parceiras. Ao longo das sucessivas edições foram premiadas diversas experiências bem sucedidas, criativas e inovadoras, desenvolvidas por professores da educação básica pública. Premiação Participe As inscrições podem ser feitas até 28 de maio neste site. Veja o regulamento neste endereço. Para mais informações, acesse o site do Prêmio: http://premioprofessoresdobrasil.mec.gov.br.

Como fazer uma boa mediação e formar novos leitores

A formação de leitores representa um dos grandes desafios da educação brasileira. De acordo com pesquisa de 2016 do Instituto Pró-Livro, cerca de 44% da população do país não é considerada leitora – ou seja, não leu ao menos um livro, ainda que em partes, nos três meses anteriores ao levantamento. Além disso, a média de leitura por habitante ainda é baixa: são cerca de 5 livros por ano. Reverter esse cenário e formar leitores certamente não é tarefa fácil, mas o professor tem um papel muito importante no processo de mudança. Especialmente na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, momento em que o hábito de leitura está sendo desenvolvido. A pesquisa do Instituto Pró-Livro evidencia a força docente nessa fase: no Brasil, 18% das crianças de 5 a 10 anos apontam como fator principal para escolha de um livro a indicação do professor, atrás apenas da capa da obra, citada por 27% dos entrevistados. Como o professor influencia a escolha de títulos, saber fazer boas indicações é fundamental para formar futuros leitores literários. Mas não só: é preciso estudar a obra, fazer leituras compartilhadas, explorar sua complexidade, propor discussões e dar voz aos alunos, para que eles sejam ativos nesse processo, conhecido como mediação de leitura. Mas como fazer uma boa mediação? A revista Educação conversou com Patrícia Diaz, diretora da comunidade educativa Cedac e formadora de professores, sobre aspectos que podem ajudar o docente a desenvolver seu papel de mediador. Confira: O que caracteriza uma boa mediação? A mediação começa quando o mediador escolhe a obra e se prepara para ler. Nesse momento, os cuidados para a escolha do livro são essenciais e o seu estudo para o maior conhecimento possível de todas as suas facetas, também. Assim, no momento da mediação, o mediador poderá atuar com propriedade sobre a obra e conectar-se ao público. O ideal é que se leia “com” o outro e não “para” o outro, ou seja, a boa mediação é a que encanta e envolve o público como participante ativo daquela leitura, sem que haja uma imposição da forma ou da interpretação da leitura pelo mediador. A mediação também não acaba quando acaba a leitura do livro, ela vai além. Uma boa mediação envolve uma boa conversa sobre o livro lido, que vá para além do óbvio, do “literal” do texto, que estimule os participantes a falarem o que sentiram, o que pensaram, que chame a atenção para pontos fortes do livro, que visite novamente algumas páginas, releia trechos etc. A partir de qual idade pode ser iniciada a mediação de leitura na escola? Desde bebês. Existe uma ideia de que os bebês não entendem ou que vão estragar os livros, mas essas são questões que precisam ser trabalhadas na formação dos educadores para que consigam enxergar a potência das crianças desde pequeninas, já que nessa fase elas estão tendo o maior pico de crescimento cognitivo e têm muita curiosidade e interesse de descobrir o mundo, investigá-lo e apropriar-se de tudo. Como escolher os livros a serem trabalhados com as crianças? Quais critérios devem ser observados? É muito importante considerar todo o projeto do “objeto” livro: seu projeto gráfico, o texto em si, as ilustrações, as relações entre texto e imagem. Também é essencial pensar quais os efeitos e sensações pode causar no leitor. Além disso, pensar qual é o conceito de criança que possivelmente o autor do livro tem. Isso porque existem livros infantis que refletem a falta de crédito do autor para a inteligência das crianças, abordando as questões de maneira muito simplificada e artificial, pois não crê que as crianças são capazes de interagir com uma literatura mais completa e complexa. É também importante saber um pouco do autor e da editora, pois suas linhas de atuação e histórico revelam muito sobre os cuidados que foram tomados no processo de produção do livro. Leia a entrevista completa na página da revista Educação.   Fonte: Revista Educação | Juliana Fontoura

Ministério da Cultura lança Prêmio #CulturasPopulares

O Ministério da Cultura vai lançar, nesta sexta-feira (27 de abril), o Prêmio #CulturasPopulares. São R$ 10 milhões para 500 iniciativas que contribuem para a valorização de manifestações culturais. Em 2018, o edital homenageia a cantora e compositora Selma do Coco. As inscrições começam dia 30 de abril. Quer saber mais? Participe de um bate-papo online com o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, às 9h, desta sexta-feira (27). Para isso, envie seu nome e e-mail confirmando participação para imprensa@cultura.gov.br até às 15h do dia 26. O link para o bate-papo online será enviado por e-mail até as 8h30 da sexta-feira(27). Serviço: Bate-papo online com o ministro da Cultura Data: 27/04/2018 | Horário: 9 horas Inscrições: imprensa@cultura.gov.br até 15h do dia 26/04/2018

Filmes para ouvidos ou livros de ouvir? Como a indústria dos audiolivros está se transformando

Apesar de o modelo nunca ter realmente pegado no Brasil, o mercado editorial tem apostado cada vez mais no “renascimento” dos audiolivros no País e no mundo. A discussão permeou a prestigiada Feira de Frankfurt, em outubro, e as apostas das editoras estão cada vez mais nas novas tecnologias para produção de verdadeiros shows imersivos. Esqueça as fitas cassetes e os discos. Aplicativos e ferramentas atuais permitem a produção de não apenas um “livro para ouvir”, mas uma experiência de entretenimento com direito a dublagem de atores famosos, efeitos sonoros em 3D e trilha original para cada produção. De acordo com a Nielsen, empresa que monitora as vendas de livros ao redor do globo, o audiolivro vive um momento de revolução. Talvez o exemplo mais emblemático do modelo nacional seja a Bíblia narrada pela voz estrondosa de Cid Moreira, disponível no Youtube. Mas internacionalmente os parâmetros são outros. Origens, o recente best-seller do autor inglês Dan Brown, vendeu 14 mil cópias em áudio somente em sua semana de estreia, de acordo com a editora Transworld. Entre 2015 e 2016, o número de downloads e assinaturas no mercado americano de livros em áudio aumentou mais de 18%, o que resultou em um faturamento de 2,1 bilhões de dólares. Quem comanda o mercado dos Estados Unidos é a plataforma Audible, da Amazon. Em 2008, a gigante da internet comprou a plataforma por U$300 milhões de dólares. Atualmente, seu acervo conta com mais de 200 mil títulos disponíveis para os usuários do serviço em todo o mundo e a assinatura custa entre U$1 e U$30 dólares. Porém, a disponibilidade de livros narrados em português ainda é ínfima. Isso deve mudar em 2018, contudo. Ainda não existe uma data oficial, mas a Audible tem preparado o terreno para a sua entrada no Brasil. Gisele Mirabai é escritora e está participando desse movimento. O seu livro Machamba venceu o Prêmio Kindle de Literatura e agora está sendo adaptado para a versão em áudio. “Eu já terminei a gravação e para mim foi muito especial, já que também sou atriz. Foi uma experiência ótima poder narrar o livro que eu escrevi, já que pude direcionar a leitura do texto e colocar as emoções na minha voz, do jeito que imaginei na história”, compartilhou a autora em entrevista ao HuffPost Brasil. Essa tentativa de virada da indústria terá direito a todos os tipos de pirotecnias. Segundo o ator Alfred Molina, que narrou The Starling Project, livro vencedordo Audie Award em 2016, a indústria tem produzido “filmes para ouvidos”disponíveis em diversas plataformas, até mesmo no serviço de streaming Spotify. Playlists de “audiolivros” ou “audiobooks” já contabilizam mais de 150 mil seguidores. No Brasil, a disputa será pela atenção dos brasileiros que ficam cada vez mais horas na internet – o País ocupa a terceira posição no ranking de tempo ativo on-line. Gabriela Gomes, estudante, costuma buscar os áudios dos livros pelos quais se interessa em canais do Youtube. “Existem canais que oferecem até os clássicos da literatura, como Mario de Andrade e José de Alencar. Para mim, o áudio me ajuda a ter concentração, já que me distraio muito facilmente. E tem algo que eu carrego desde a infância. Lembro que os meus primeiros livros também eram narrados”, explica em entrevista ao HuffPost Brasil. O mercado nacional de audiobooks até então é incipiente e dominado pela Ubook, plataforma da Saraiva cuja assinatura custa R$24,90 por mês, e a startup Toca Livros, que também funciona por assinatura a partir de R$14,90. De acordo com Marcos Costa, coordenador de marketing da Toca Livros, a plataforma já acumula 1,2 mil títulos em português e atende, em média, 250 mil clientes desde que foi fundada, em 2014. Os livros mais vendidos são sobre de desenvolvimento pessoal, autoajuda e negócios. Segundo Costa, o público alvo são adultos entre 30 e 50 anos, interessados em otimizar o tempo na rotina e também em mudar de carreira. “Temos um sistema multiplataforma. Você pode escutar no site ou no app. Mas precisamos educar as pessoas para entenderem o que é o audiolivro e como eles podem ser uma porta de entrada para a literatura”, explica. Para Mirabai, o crescimento do consumo de literatura em áudio não assusta, já que a ideia do que é uma narrativa pode ser “imensa”. A escritora argumenta que audiolivro “também é uma plataforma válida para se fruir a literatura”. “A plataforma do livro tem a ver com a realidade que a pessoa está vivendo. O livro digital não precisa eliminar a estante de livros físicos. Penso que as pessoas possam consumir o audiolivro trânsito, na academia ou em uma caminhada. Ele vem para te ajudar em um momento que você não pode estar com o livro de papel. Não é um ou o outro. Eles coexistem”, defende a autora. A professora Neide Luzia Rezende, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), estuda a formação de leitores e hábitos de leitura no Brasil. Para ela, é importante prestar atenção a forma com que os audiolivris irão adaptar os textos originais de literatura. “As práticas culturais não são estanques, portanto como produto social, os conceitos adquirem novos contornos, ainda que preserve em parte seu sentido de origem. É claro que o audiolivro é literatura: mudou o suporte, mas o texto é o mesmo; a leitura por alguém já imprime uma tonalidade, ou seja, um viés de interpretação, por isso é diferente da leitura no livro impresso. Agora, depende muito do que se fará com o texto integral: se ele for fragmentado, apresentado com objetivo não de leitura, mas de propaganda, por exemplo, deixará de ser literatura”, explica em entrevista ao HuffPost Brasil.   Fonte: HuffPost Brasil

UNICAMP realiza 21º Congresso de Leitura COLE

O 21° Congresso de Leitura (COLE) convida a pensar com as línguas dissonantes que fertilizam a vida comum com ​sabores, saberes e tempos outros: com a língua dos bebês, dos surdos, dos velhos, línguas juvenis, línguas dos estrangeiros, dos refugiados, línguas dos povos indígenas, línguas afro-brasileiras, africanas​, línguas ainda sem nome​… O evento será realizado entre 10 e 13 de julho, em Campinas, São Paulo, e tem coordenação geral da diretoria da Associação de Leitura do Brasil (ALB), composta por  Alik Wunder, Antonio Carlos Rodrigues de Amorim, Cláudia Ometto, Davina Marques, Marcus Pereira Novaes e Lavínia Lopes Salomão Magiolino. As inscrições podem ser realizadas até o dia 28 de junho neste endereço. Os resultados das avaliações dos trabalhos e das propostas de minicursos e rodas de conversa serão divulgados em 07 de maio. PROGRAMAÇÃO* Terça – 10/07/18 Manhã 8:30-12:00: Credenciamento dos participantes. 9:30: Sessão de Abertura do 21° Congresso de Leitura do Brasil. 11:00: Conferência poético-musical “Territórios sonoros, geografias do deleite” com Déa Trancoso – poeta, cantora e compositora (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri) – Coordenação: Alik Wunder (Universidade Estadual de Campinas). Tarde Livre – caso o Brasil jogue a semifinal da Copa do Mundo de Futebol na quarta-feira (11/7) à tarde, a programação daquele período será transferida para cá. Quarta – 11/07/18 Manhã 9:00-16:30: Credenciamento dos participantes. 9:00: Conferência 2: “Subjetividades clandestinas: experiência narrativa, lógicas secretas e epifanias” com Maria da Conceição Ferrer Botelho Sgadari Passeggi (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) – Coordenação: Cláudia Ometto (Universidade Estadual de Campinas). 10:30: Mesas-redondas 1 • “A Base Nacional Curricular Comum e as Reformas do Ensino Médio” com Antonio Carlos Rodrigues de Amorim (Universidade Estadual de Campinas) e Carlos Eduardo Ferraço (Universidade Federal do Espírito Santo). • “É preciso falar sobre os vencidos: educação e leitura na história de setores populares” com Giselle Martins Venâncio (Universidade Federal Fluminense) e Atilio Bergamini Júnior (Universidade Federal do Ceará) – Coordenação: Alexandro Henrique Paixão (Universidade Estadual de Campinas). • “Filosofia, política e literatura” com Daniel Lins (Universidade Federal do Ceará) e Evandro Nascimento (Universidade Federal de Juiz de Fora) – Coordenação: Marcus Novaes (Universidade Estadual de Campinas). Tarde 14:00: Mesas-redondas 2 • “Tupi or not tupi – infância e antropofagia” com Silvio Gallo (Universidade Estadual de Campinas) e Antonio Miguel (Universidade Estadual de Campinas) – Coordenação: Ana Lúcia Goulart de Farias (Universidade Estadual de Campinas). • “Escritas ficcionais e formação de professores” com Luciano Bedin da Costa (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e Wenceslao Machado Oliveira Jr (Universidade Estadual de Campinas) – Coordenação: Giovana Scareli (Universidade Federal de São João Del Rei). • “Escola sem partido, quem tem medo do(a) professor(a)?” com Maria Luiza Sussekind (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Gaudêncio Frigotto (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) – Coordenação: Antônio Carlos Amorim (Universidade Estadual de Campinas). 16:00: Oficinas com artistas-educadores. Noite 18:30: Abertura de exposição e lançamento de livros. 19:30: Mostra Kino – Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual. Quinta – 12/07/18 Manhã 9:00-16:30: Credenciamento dos participantes. 9:00: Conferência 3: “A língua vai para onde ela quer…” com Ana Maria Godinho Gil (Universidade Nova Lisboa, Portugal) – Coordenação: Antônio Carlos Amorim. 10:30: Mesas-redondas 3 • “Teatro, educação e as vidas dissonantes” com Wladilene de Sousa Lima (Universidade Federal do Pará) e Kelly Cristina Fernandes (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) – Coordenação Renata Ferreira (Universidade Federal de Tocantins). • “A palavra e a imagem como expressão de arte nos livros para crianças e jovens: poesia e ilustração” com Leo Cunha (Escritor) e Graça Lima (Ilustradora) – Coordenação: Elizabeth Serra (FNLIJ). Tarde 12:00: Lançamento de livros. 14:00: Comunicações e Rodas de Conversa 1. 16:30: Mesas-redondas 4 • “Cinema, leitura e formação” com Fabiana de Amorim Marcello (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e Inês Assunção de Castro Teixeira (Universidade Federal de Minas Gerais) – Coordenação Carlos Eduardo Albuquerque Miranda (Universidade Estadual de Campinas). • “A voz da mulher indígena na literatura e na aldeia” com Geni Vidal Lima Guarani (Liderança indígena) e Denizia Kariri-Xocó (Escritora) – Coordenação Olívio Jekupé. • “Humor e literatura” com Flávio de Sousa (Escritor) e Rosana Rios (Escritora) – Coordenação Marcus Novaes (Universidade Estadual de Campinas). Noite 18:30: Lançamento de livros. 19:30: Mostra Kino – Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual. 19:30: Sessão Especial: Memórias da Associação de Leitura do Brasil – Coordenação: Lilian Lopes da Silva (Universidade Estadual de Campinas) e Luciane Oliveira (Universidade Estadual de Campinas). Sexta – 13/07/18 Manhã 9:00-12:00: Credenciamento dos participantes. 9:00: Conferência 4: “Literaturas e gêneros, vozes dissonantes” com Amara Moira (Escritora) – Coordenação: Davina Marques (Instituto Federal de São Paulo – Campus Hortolândia). 10:30: Comunicações e Rodas de Conversa 2. Tarde 13:30: Comunicações e Rodas de Conversa 3. 16:00: Minicursos. 16:00: Assembleia Ordinária Bianual da Associação de Leitura do Brasil. * A programação completa será divulgada em breve. Acesse todas as informações sobre o COLE em: http://cole-alb.com.br/index.php.

Encontro de Bibliotecários da Região Central do Estado de São Paulo

O 2º Encontro de Bibliotecários da Região Central do Estado de São Paulo (ENBIESP) pretende fortalecer a classe bibliotecária da Região Central do Estado de São Paulo por meio da oferta de cursos de atualização profissional. Tal ação é favorecida pelo potencial da Região, que possui grande concentração de profissionais, além de contar com dois cursos de graduação em Biblioteconomia e um de pós-graduação em Ciência da Informação. Oportunidade de integração para fortalecer a visão da profissão e do profissional bibliotecário, para que os bibliotecários possam estudar e aplicar o conceito de advocacy com o intuito de revitalizar as bibliotecas da região. Ações de empoderamento do profissional, dentro da sua realidade social, econômica e política, por meio da educação continuada, do engajamento político-social e do autoconhecimento. O dia será repleto de trocas de informações, convivência, trabalho e, claro, muita diversão. Preparamos uma programação contemplando todas as esferas da biblioteconomia. Confira a programação completa aqui. Para fazer sua inscrição, acesse esse endereço. O evento acontece dia 25 de maio, de 8h às 17h, no Auditório do Paço Municipal de São Carlos (SP). Fonte: ENBIESP

MEC e CGU ampliam ensino de educação cidadã nas escolas públicas brasileiras

Os ministérios da Educação e da Transparência e a Controladoria-Geral da União (CGU) lançaram uma parceria para expandir as ações do Programa de Educação Cidadã Um por Todos e Todos por Um – Pela Ética e Cidadania. A ação prevê disseminar, entre alunos do ensino fundamental (do primeiro ao nono ano), das escolas públicas, os temas ética e cidadania de forma permanente e com material didático específico e de qualidade. O ministro da Educação defendeu que, para construir uma sociedade justa e democrática, é preciso educar as crianças com uma base bem definida e estruturada, com acesso a conteúdos adequados a cada faixa etária. “A linguagem da Turma da Mônica é sempre uma linguagem acessível, atrativa para as crianças e sedutora”, disse, em referência ao material produzido pelo cartunista Maurício de Sousa, criador das histórias em quadrinhos da Turma da Mônica e presente ao evento. “Nada melhor do que usar esse tipo de produção para que a gente possa sensibilizar e acessar os corações e as mentes dessas crianças do nosso país. Este projeto vai incentivar valorizar a ética e a cidadania por meio de uma linguagem didática, acessível. ” Com o projeto, serão elaborados novos conteúdos físicos e digitais para a ampliação do programa, alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que conta com investimento de R$ 2,4 milhões e o apoio do Instituto Maurício de Sousa. O objetivo é disseminar os valores relativos à democracia, como participação social e responsabilidade cidadã, além de respeito à diversidade aos estudantes com idade entre 6 e 14 anos. O material produzido – que será acompanhado de um guia para professores – trabalha a questão da alfabetização, ao mesmo tempo em que explora temas de ética e cidadania. Essa primeira ação alcançará mais de 100 mil escolas e cerca de 1,5 milhão de alunos. Educação cidadã O criador da Turma da Mônica, Maurício de Sousa, destacou que a educação sempre esteve presente em sua carreira, de quase 60 anos, estimulando a leitura nos lares de todo o Brasil. “Com esta parceria, unimos forças para uma educação cidadã melhor no Brasil”, afirmou. “O projeto vai permitir que eu e meus roteiristas possamos aprender a criar boas histórias para as crianças baseadas na ética e na cidadania, mudando as vidas de todos nós. ” O ministro da Transparência, Wagner Rosário, ressaltou que o apoio do cartunista Maurício de Sousa tornará mais fácil atingir o objetivo do programa. “Com a Turma da Mônica, que reconhecidamente faz sucesso em relação às crianças, temos a certeza de que a mensagem que pretendemos levar vai chegar até o aluno de uma forma correta e proveitosa”, avaliou.   Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC

Acesse a publicação “Retrato das Bibliotecas Públicas Municipais (Dados 2015)”

A Superintendência de Bibliotecas Públicas e Suplemento Literário de Minas Gerais, cumprindo com a sua obrigação legal de “manter atualizado e centralizado um cadastro das bibliotecas públicas municipais de Minas Gerais”, é responsável pelo levantamento de dados dos municípios para identificar as principais características das bibliotecas públicas mineiras. Periodicamente, um novo diagnóstico é elaborado e novas diretrizes e prioridades são estabelecidas, baseadas nas informações extraídas do formulário que é enviado pela Superintendência ao prefeito municipal. Dessa forma, os dados coletados resultaram no documento “Retrato das Bibliotecas Públicas Municipais (Dados 2015)”, cujo resultado você confere acessando a Biblioteca Digital da Praxis. Você também pode fazer download da publicação neste endereço. Boa leitura!   Fonte: Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas Municipais de Minas Gerais

Uma das bibliotecas mais legais do mundo é brasileira

Bibliotecas e livrarias deveriam ocupar as primeiras páginas dos guias de viagem. Apesar desses manuais terem virado um símbolo dos turistas analógicos, para onde quer que eu viaje tento encontrar um canto cheio de livros. É bacana ver como esses lugares, que a princípio existem pelos mesmos propósitos, conseguem sintetizar a essência do lugar onde se encontram de maneiras tão diversas e encantar turistas apaixonados por livros como eu. Seguindo a mesma lógica do cão que se parece com o dono, livrarias e bibliotecas também ficam a cara da cidade que as abrigam. Difícil pensar em Buenos Aires sem lembrar da livraria El Ateneo na Avenida Santa Fé. O Real Gabinete Português de Leitura e a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro estão encravadas no centro da cidade como lembranças de um passado suntuoso. A dureza concreta da Biblioteca Mário de Andrade contrasta com o Theatro Municipal, inspirado na Ópera de Paris — uma metáfora das contradições de São Paulo. Falando em Paris, a Shakespeare & Co deveria ser parada obrigatória de todo viajante, assim como a Biblioteca Pública de Nova York é para quem passeia por Manhattan. Você não precisa esperar as próximas férias ou o dia na vida em que for para outro país para visitar um santuário de livros bacana. Se você mora perto de São Paulo ou na capital paulistana, saiba que é vizinho de uma das bibliotecas mais legais do mundo. A Biblioteca de São Paulo, construída onde era a Casa de Detenção Carandiru, foi finalista do prêmio de melhor biblioteca do ano na London Book Fair International Excellence Awards 2018, que aconteceu na última semana. Junto com ela, instituições de Olso (Noruega), Aarhus (Dinamarca) e Riga (Letônia) concorreram ao prêmio – a biblioteca letã foi a vencedora. Assim como as feiras de Frankfurt e de Guadalajara, a feira do livro de Londres é uma das mais respeitadas do mercado editorial. Essa biblioteca brasileira já nasceu como uma promessa de transformação. Ela foi construída em 2010 no parque da Juventude, antiga área da penitenciária Carandiru, onde também funcionam duas escolas técnicas. Com 400m² projetados como se fosse uma grande livraria, a Biblioteca de São Paulo (BSP) chama a atenção pela arquitetura que coloca o público como foco, e não o acervo, diferente do que acontece nas bibliotecas tradicionais. A BSP é gerenciada pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo em parceria com a organização social SP Leituras, tem um acervo de 45 mil itens e 30 mil sócios. A metáfora dinâmica do desenho não se restringiu à disposição das estantes: a BSP funciona como um imenso laboratório de boas iniciativas que podem ser adaptadas e reproduzidas nas 800 unidades da rede de bibliotecas públicas do estado. Mais do que estimular a leitura, o objetivo desse grande laboratório é fazer com que as bibliotecas se tornem polos ativos de cultura nas comunidades. Clubes de livros, projetos de contação de histórias para crianças, oficinas de tecnologias para idosos, minicursos de robótica, saraus com jovens, projetos que discutem literatura e gastronomia estão entre os “experimentos” da BSP. “Ela está focada na pluralidade, e isso tem a ver com a literatura — porque, como diz Cristóvão Tezza, literatura não está a serviço de nada a não ser da liberdade. E biblioteca pública, como um espaço de literatura e educação, tem que ser um espaço livre para que cada um busque o seu espaço rumo ao conhecimento”, diz Pierre André Ruprecht, diretor executivo da SP Leituras, que foi a Londres participar da feira. A participação da comunidade próxima à Biblioteca de São Paulo é um assunto levado a sério pela instituição. Por lá, um terço das aquisições semanais de livros vêm de sugestões dos sócios (de carteirinha!). Outra particularidade da BSP é o público: a biblioteca atrai pessoas de diferentes idades, gêneros e condições socioeconômicas, ao contrário da maioria das bibliotecas públicas cujo público é formado por pessoas em idade escolar. Santana, o bairro onde fica a biblioteca, é um local da capital paulistana que concentra muitos albergues para moradores de rua. Com a construção da BSP na região, essas pessoas frequentam a biblioteca e participam das atividades culturais — hoje, eles representam 20% do total de visitantes. Para concorrerem a melhor biblioteca do ano, as instituições deveriam descrever dois motivos na inscrição da London Book Fair para serem reconhecidas como tal. Ruprecht conta que a BSP destacou os projetos de inclusão para diferentes públicos que podem ser replicados em outras unidades e a revitalização da comunidade onde antes existia a penitenciária. Essa é a primeira edição do prêmio com a categoria “biblioteca do ano”. “A indicação nos trouxe uma enorme responsabilidade para continuarmos nesse rumo. E também nos deu uma visibilidade que geralmente as bibliotecas públicas não têm. Nos deu voz para discutir o direito que a população tem a bibliotecas públicas de qualidade, e a necessidade de o poder público investir em cultura e prover esse direito ao cidadão”, diz Ruprecht. Mesmo com um índice de leitura de quatro livros por ano, o Brasil foi o país que mais se destacou na feira londrina. O prêmio, oferecido em parceria com a Associação de Editores do Reino Unido (UK Publishers Association), celebra as melhores iniciativas internacionais — cinco das 17 categorias tinham finalistas brasileiros: editora profissional ou acadêmica (Editora Atheneu); plataforma de audiolivros (Ubook.com); acessibilidade para livros (Fundação Dorina Nowill para Cegos); inovação (TAG Experiências Literárias) e biblioteca do ano (Biblioteca de São Paulo).     Fonte: Superinteressante | Pâmela Carbonari