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Curso online: Como montar e manter uma pequena editora

Em um mercado editorial cada vez mais competitivo, muitas pessoas que gostariam de abrir sua própria editora ainda têm dúvida se devem ou não assumir essa responsabilidade. Para analisar as oportunidades e dificuldades de montar e manter uma editora, a Universidade do Livro apresenta o curso on-line Como montar e manter uma pequena editora, ministrado pelo editor Jiro Takahashi. Ao longo de seis aulas semanais, serão abordadas as razões de ser uma pequena editora: as oportunidades e os riscos gerais; os cuidados editoriais e mercadológicos, bem como legais e administrativos; as particularidades de funcionamento: os projetos editoriais e a produção, a divulgação e a distribuição. Por fim, quais os desafios pessoais e empresariais no mundo atual, para manutenção saudável da editora. Serviço: Carga horária: 21 horas Formação a distância 24 de abril a 5 de junho de 2018 Inscrições até: 24/04/2018 às 23h30 >> Saiba mais

“Se você não ler, como quer fazer seu filho ler?”, diz dono da Livraria Cultura

Presidente do Conselho de Administração da Livraria Cultura, Pedro Herz lançou recentemente seu livro de memórias “O Livreiro”, em que conta como uma das maiores redes de livrarias do Brasil nasceu de uma biblioteca de 10 livros em alemão. Eva Herz (1911-2001), mãe de Pedro, imigrante judia alemã radicada no Brasil, começou uma biblioteca circulante para atender à comunidade de expatriados em São Paulo e expandiu o negócio até abrir uma livraria em 1947. Herz, que assumiu a empresa na sequência da mãe, esteve em Porto Alegre para sessão de autógrafos conversou com ZH sobre o mercado atual, recentes aquisições da Cultura (como a Fnac e a Estante Virtual) e o que considera o grande problema de qualquer livraria no Brasil: o descompasso na formação de novos leitores. Com mais de meio século de atuação como livreiro, como o senhor vê o panorama atual? Qual a principal mudança? Acho que a mudança que existe hoje não é apenas no mercado do livro. O livro é um produto de varejo e é o varejo que está passando por grandes mudanças sem que o caminho seja muito claramente sinalizado. Ninguém sabe direito para onde vai. Quando você fala do varejo, esbarra também no modelo dos shopping centers, você vê a grande quantidade de lojas, de quaisquer produtos, vazias. Este é o problema: o consumidor está mudando de hábitos. Especificamente no livro, não há formação de novos leitores, e leitor se forma em casa. A familiarização do livro com a criança é em casa. A escola pode ajudar, mas é em casa que isso se define. E os casais estão tendo menos filhos. Com mais de meio século de atuação como livreiro, como o senhor vê o panorama atual? Qual a principal mudança? Acho que a mudança que existe hoje não é apenas no mercado do livro. O livro é um produto de varejo e é o varejo que está passando por grandes mudanças sem que o caminho seja muito claramente sinalizado. Ninguém sabe direito para onde vai. Quando você fala do varejo, esbarra também no modelo dos shopping centers, você vê a grande quantidade de lojas, de quaisquer produtos, vazias. Este é o problema: o consumidor está mudando de hábitos. Especificamente no livro, não há formação de novos leitores, e leitor se forma em casa. A familiarização do livro com a criança é em casa. A escola pode ajudar, mas é em casa que isso se define. E os casais estão tendo menos filhos. Qual seria uma receita sua para fazer um leitor? Eu digo: se você não ler, como quer fazer seu filho ler? Essa é a frase que deveríamos repetir para todos os pais. Se eles não dão o exemplo de ficarem confortavelmente sentados, em silêncio, porque ler é, na maioria das vezes, uma atividade solitária, se ele não consegue fazer isso, não vai convencer seus filhos de que aquilo é importante. Leia a entrevista completa de Pedro Herz à Gaúcha ZH.   Fonte: Gaúcha ZH

“Somos a maioria da população brasileira”, diz Fundadora da Livraria Africanidades

Ketty Valêncio é formada em Biblioteconomia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) e fundou a Livraria Africanidades afim de promover a representatividade negra na Literatura, que se mostrava ausente tanto na grade de seu curso de graduação quanto em outros locais. Para colaborar com o combate à uma representatividade mais abrangente da raça negra na literatura, a bibliotecária fundou a Livraria Africanidades. Nela tem de tudo um pouco: com livros sobre feminismo negro, quadrinhos, poesia e religião, todos têm como autores mulheres e homens negros. Ao todo, são mais de 60 exemplares. “O papel da pessoa negra na sociedade é de extrema importância. Somos a maioria da população brasileira, além de sermos os povos originários desta nação, juntamente com os indígenas. A nossa história a partir deste território, América e Brasil, inicia-se fundada pela violência, por sangue e muito suor e ainda nos tempos atuais a saga continua, porém de uma forma sofisticada e perversa. (…) A diferença entre eu e uma livraria comum está na localização dessas obras no acervo das livrarias, se por acaso tiverem na loja física da livraria comum, pois normalmente essas obras sempre estão com status de encomenda. Também tem outro ponto importante, para facilitar a localização desses livros, a pessoa tem que saber os dados corretos, ou seja, a pessoa tem que já ser um apreciador dessas obras”, afirma. Leia a entrevista de Ketty Valêncio para o site Panorama Mercantil.

Biblioteca Brasiliana da USP começa a publicar livros

Uma biblioteca que publica livros. Essa é a mais nova empreitada da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM) da USP. Em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a instituição inaugurou em 2017 a Publicações BBM, selo sob coordenação editorial do professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP Plinio Martins Filho. Desde o ano passado, a biblioteca traz a público obras concebidas a partir do seu acervo e de atividades ligadas à instituição. É um índice, ainda em gestação, da polivalência e efervescência de suas atividades culturais. “Toda grande biblioteca tem acervos e atividades que, de alguma forma, terminam se transformando em livros”, comenta Plinio Martins. O projeto começou com Arquivo Zila Mamede – Inventário. Uma obra de referência, elenca o acervo documental da bibliotecária, pesquisadora e poetisa Zila Mamede, hoje sob custódia da BBM. Elaborado pelo ex-coordenador da Seção de Arquivo da biblioteca, José Francisco Guelfi Campos, o livro cataloga a documentação de Zila, cuja maior parte se refere às suas pesquisas sobre a obra do poeta João Cabral de Melo Neto, incluindo correspondências, notícias, resenhas e reportagens. Nomes como Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e o próprio João Cabral fazem parte dos destinatários das questões e análises da pesquisadora. Segundo Martins, a publicação é o início de uma série que pretende divulgar os arquivos pessoais guardados na BBM. “As pessoas precisam saber que esses acervos existem, porque a Brasiliana não é uma biblioteca de consulta. Você precisa fazer com que esse acervo seja conhecido para que os pesquisadores tenham interesse.” Diferente de uma instituição convencional, a BBM disponibiliza seu acervo apenas para pesquisa, sem empréstimos de livros ou consultas espontâneas. Também de caráter mais técnico é o Glossário Visual de Conservação – Um Guia de Danos Comuns em Papéis e Livros, de Camila Zanon Paglione. Produzido originalmente como material de apoio para estagiários do Laboratório de Conservação Preventiva Guita Mindlin, o livreto ilustrado é uma introdução didática e sintética para quem deseja explorar o ramo da conservação. Mais abrangente é o livro As Bibliotecas de Maria Bonomi, da colunista do Jornal da USP e professora da ECA Marisa Midori Deaecto. A docente apresenta um breve histórico de 23 bibliotecas ao redor do mundo, tendo como base as gravuras feitas por Maria Bonomi para o sexto número da revista Livro, do Núcleo de Estudos do Livro e da Edição (Nele) da USP, e que estiveram expostas na biblioteca em 2017. Pareando os textos, o volume elenca reproduções das matrizes e das impressões de cada gravura. Dois dos volumes lançados são dedicados ao bibliotecário e bibliófilo Rubens Borba de Moraes, cuja biblioteca brasiliana, dedicada principalmente aos autores coloniais, também faz parte da BBM. A primeira obra, Cartas de Rubens Borba de Moraes ao Livreiro Português António Tavares de Carvalho, foi organizada pelo próprio Martins. Trata-se da reunião da correspondência enviada pelo brasileiro ao livreiro de além-mar, desde 1961 até 1985. Nas linhas e na passagem do tempo, é possível compreender não só o pensamento e os interesses intelectuais de Moraes, como também entrever os aspectos políticos e sociais e as transformações pelas quais o País passava. Leia mais aqui. A outra obra reúne os comentários que Moraes registrou nos livros de sua própria biblioteca. Rubens Borba de Moraes – Anotações de um Bibliófilo, da curadora da BBM Cristina Antunes, faz um exaustivo catálogo da marginália produzida pelo bibliotecário ao longo das 1.752 obras de sua coleção. Junto com a relação das notas, a edição reproduz diversas capas e folhas de rosto dos títulos da biblioteca. Leia mais aqui. “Rubens Borba de Moraes, junto com José Mindlin, possibilitou a existência de uma biblioteca como esta”, pontua Martin, referindo-se à BBM. “Se não fossem eles, onde estaria esse acervo? Essas pessoas precisam ser conhecidas.” Exatamente por isso Moraes continua no horizonte dos próximos lançamentos do selo. Segundo Martins, uma edição de luxo de sua principal obra, O Bibliófilo Aprendiz, será publicada em parceria com o Sesi. Além dela, um inventário similar ao de Zila também está sendo preparado. Outro projeto para o selo inclui uma série sobre a iconografia presente nos livros da BBM. De acordo com Martins, o primeiro volume será sobre aves retratadas por viajantes em terras brasileiras. Um segundo livro, sobre o Rio de Janeiro, também está sendo preparado. Ainda estão nos planos do selo uma revista, trazendo textos oriundos de seminários, cursos e eventos realizadas na biblioteca e edições fac-símile de obras de sua coleção. As publicações contam com a distribuição da Editora da USP (Edusp) e podem ser encontradas em suas livrarias. Também estão disponíveis gratuitamente e na íntegra no site da BBM (https://www.bbm.usp.br/publicacoes).   Fonte: USP, Luiz Prado

Brasileiros estão na lista de finalistas do Excellence Award 2018 da Feira do Livro de Londres

A Feira do Livro de Londres (10 a 12 de abril) anunciou esse mês, os finalistas do Excellence Award 2018. Neste ano, o Brasil é o líder com cinco indicações entre os finalistas, à frente de países como EUA (4), Canadá (2) e Austrália (2). A Editora Atheneu concorre na categoria Editores Acadêmicos e Profissionais, ao lado da holandesa Brill Publishers e a suíça International Labour Organization (ILO) Publications. Clique aqui e confira a matéria na íntegra. Fonte: Câmara Brasileira do Livro

Entidades do livro realizam o Encontro com o Mercado Editorial, em Porto Alegre

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Câmara Rio-Grandense do Livro realizam o “Encontro com o Mercado Editorial”, que reunirá editores, livreiros e distribuidores para uma troca de ideias sobre as demandas do mercado livreiro e editorial. A ocasião é uma oportunidade para aproximar os players, compartilhar experiências e ampliar a rede de contatos. Vera Esaú, gerente de Relações Institucionais da CBL e Isatir Bottin Filho, presidente da CRL serão os mediadores desta conversa. O encontro acontece dia 23 de março, às 10h, no Auditório das Livrarias Paulinas (Rua dos Andradas, 1212 – Centro Histórico, Porto Alegre/RS). Confirme sua presença pelo e-mail camaradolivro@camaradolivro.com.br, enviando nome completo, telefone e empresa.

Bibliotecário defende adoção de e-books em tese de doutorado

O bibliotecário Charles Rodrigues, servidor da Biblioteca Pública Municipal e Escolar Norberto Cândido Silveira Júnior, defendeu tese de doutorado em Ciência da Informação na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), recentemente. A pesquisa intitulada “Critério para adoção de e-book em bibliotecas diante do Paradigma da Computação nas Nuvens”, recebeu a orientação do professor Angel Freddy Godoy Viera. A pesquisa propõe critérios e indicadores para a adoção de e-book em bibliotecas. “Tornou-se emergentes as pesquisas nos ambientes de bibliotecas sobre as necessidades de alterações das políticas de avaliação e de desenvolvimento de acervo no contexto de uso intensivo de dispositivos eletrônicos, conteúdos digitais e computação nas nuvens. Especialmente, tornou-se salutar a proposição de critérios e indicadores que possam orientar os gestores das bibliotecas no processo de adoção de e-books”, explica Charles Rodrigues. Segundo o bibliotecário, a diversidade de questões que envolvem o ambiente digital é o principal desafio para as bibliotecas, as editoras e os fornecedores. “Assim, busca-se encontrar modelos de licenciamento viáveis que conciliem a necessidade de cobrir os custos das editoras, as recompensas aos autores e o respeito aos direitos de propriedade intelectual com a necessidade de fornecer acesso rápido, fácil e barato ao conteúdo digital”, ressalta. Para Rodrigues, os e-books têm aumentado a complexidade do trabalho dos bibliotecários, os quais necessitam estar a par das mudanças nas plataformas tecnológicas e das questões contratuais complicadas que envolvem a propriedade e o acesso aos conteúdos digitais e a gestão das coleções. “Da mesma forma, os fornecedores têm buscado uma ampla gama de abordagens para continuar a oferecer e-books para as bibliotecas, da mesma forma que oferecem livros impressos”, comenta. É importante destacar que as bibliotecas desempenham um papel fundamental na promoção continuada da cultura de leitura e na formação do hábito de leitura na sociedade atual. “Dessa forma, esta pesquisa contribui com a sociedade ao apresentar uma proposta que possibilita subsidiar políticas de avaliação e desenvolvimento de acervos, projetos, programas e ações em torno da adoção de e-books em diferentes tipos de bibliotecas”, finaliza. Mais informações sobre o estudo podem ser obtidas pelo e-mail falecomcharles@yahoo.com.br. Fonte: Prefeitura de Itajaí

Livraria Saraiva oferece 50% de desconto no Dia Internacional das Mulheres

O Dia Internacional das Mulheres está chegando e, para você que gosta de livros, a Livraria Saraiva vai oferecer 50% de desconto em livros e material de papelaria. São mais de 200.000 produtos com desconto. O Clube de Leitura Leia Mulheres preparou uma lista sugerindo títulos de algumas das autoras mais importantes da cena literária brasileira. Marcam presença Carolina Maria de Jesus, autora da obra Quarto de Despejo, Angela Davis, que recentemente lançou Mulheres, Raça e Classe, além da escritora e romancista nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, responsável por sucessos como Americanah.   Como participar? Para participar da promoção basta se cadastrar no site ou atualizar o seu cadastro até 23h50 do dia 07/03/2018. Lembre-se de optar por receber e-mails de ofertas da Saraiva. Ao longo do dia 8 de março, as mulheres cadastradas receberão o cupom promocional por e-mail. Depois, é só usar o cupom no carrinho de compras antes de finalizar seu pedido. Cada cliente poderá usar apenas 1 cupom durante todo o dia. Veja regras Na loja física não é necessário cupom. Basta escolher os produtos, pois o desconto será concedido no caixa. Vale lembrar que a promoção é exclusiva para mulheres. Veja regras Para mais informações, acesse este link.

Livro lido pela youtuber Jout Jout vira nº1 na Amazon e esgota em quase todas as livrarias

A youtuber Jout Jout leu integralmente, em seu canal no Youtube, o livro infantil “A parte que falta”. A obra foi escrita e ilustrada pelo americano Shel Silverstein (1930-1999). Após a leitura da história, o livro subiu para o primeiro lugar do ranking de mais vendidos no site brasileiro da loja virtual Amazon e esgotou em quase todas as livrarias do país. A gravação de quase nove minutos, postada no dia 20 de fevereiro, já tem mais de 2 milhões de visualizações. Silverstein aborda no livro a busca do autoconhecimento. Na história, uma pequena criatura tem o formato circular, entretanto, lhe falta uma parte. Por isso, a criatura se lança no mundo procurando preencher esta parte que falta. À medida que descobre o universo ao redor e a si mesmo, a criatura percebe que as relações interpessoais são muito mais complexas e delicadas do que pensava e que a felicidade quase sempre está dentro de nós mesmos – e não no outro. Lançado nos Estados Unidos em 1976, o livro foi publicado no Brasil em 2013 pela Cosac & Naify e ganhou uma nova edição em 2018 pela Companhia das Letrinhas. O site da Amazon brasileira informa que há uma nova edição da obra, que deve ser encomendada, pelo valor de R$ 44,90.

Acordo entre editoras e MPF vai disponibilizar livros em formato acessível para deficientes visuais

O Ministério Público Federal, através da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), anunciou um acordo com o Sindicato Nacional de Editoras de Livros (SNEL) para garantir a disponibilização de livros em formato acessível para pessoas com deficiência visual. O SNEL representa mais de 30 editoras de livros, quase metade do mercado editorial nacional, e a medida deverá beneficiar mais de 6 milhões de brasileiros com deficiência visual e também pessoas com paralisia e amputação de membros superiores. O Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre a Procuradoria e as editoras prevê que o livro em formato acessível estará disponível para compra em uma plataforma online administrada pelo SNEL e que deve estar funcionando no prazo de 180 dias. Os leitores poderão solicitar títulos que não estão disponíveis no mercado em formato acessível diretamente para as editoras sem o intermédio de instituições, e o atendimento das solicitações pode variar de cinco a 60 dias. Além disso, o valor não poderá ser superior ao cobrado no formato impresso. “O termo de ajustamento busca concretizar a garantia de todos ao pleno exercício de direitos, sem qualquer forma de discriminação – conforme determina a Constituição Federal e também a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência”, diz a PFDC. Fabiano de Moraes, procurador que coordena o Grupo de Trabalho Inclusão para Pessoas com Deficiência da Procuradoria, ressalta que há uma obrigação legal, reforçada pela Lei de Inclusão, que nunca foi cumprida pelas editoras. “Antes, a pessoa interessada em adquirir o livro em formato acessível precisava solicitar a obra diretamente à editora – que ficava livre de qualquer reclamação. Com a nova plataforma, isso muda. Haverá um portal onde o consumidor acessa, solicita o livro e a editora terá a obrigação de disponibilizar a obra”, explica Moraes. O acordo ainda possui uma cláusula que estabelece que o Sindicato Nacional de Editoras deve realizar campanhas de esclarecimento junto a essas empresas até que 50% das mais de 500 associadas ao SNEL assumam o compromisso da oferta de obras acessíveis. Segundo a Lei Brasileira de Inclusão, são considerados como formato acessível os arquivos digitais que possam ser reconhecidos e acessados por softwares leitores de telas ou outras tecnologias assistivas que vierem a substituí-los, permitindo a leitura de voz sintetizada, ampliação de caracteres, diferentes contrastes e impressão em braile. A lei também diz que todos os livros publicados pelas editoras em formato físico também devem estar disponíveis em formato acessível, sendo que a negativa não justificada no fornecimento do material pode ser considerado prática de discriminação de pessoa em razão de sua deficiência, crime com pena de reclusão de um a três anos e multa, conforme o art. 88 da Lei. Antes, existia uma tentativa de vincular o fornecimento do livro acessível por intermédio de instituições ligadas à deficiência visual, o que agora deixa de existir a partir deste documento, deixando o interessado livre para adquirir livros diretamente das editoras, o que diminui a burocracia, simplificando a relação de consumo e dando mais liberdade e autonomia às pessoas com deficiência visual. O texto completo do Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre o Ministério Público e o Sindicato Nacional das Editoras de Livros, cuja imagem do documento assinado encontra-se disponível neste link. Fonte: Portal da Deficiência Visual (Com edições)