Professores e bibliotecários também sonham com os clubes de leitura
Seis em cada dez professores e bibliotecários brasileiros gostariam de poder participar de algum clube de leitura em que pudessem falar sobre os livros que acabaram de ler – e outros três afirmam se tivessem tempo e oportunidade talvez também participassem. Esse é um dos resultados da pesquisa Clubes de Leitura Entre Professores e Bibliotecários no Brasil, realizada pela Fundação Observatório do Livro e da Leitura. O estudo mostra que mais de dois terços dos professores e bibliotecários, que são os principais formadores de novos leitores, nunca estiveram, pessoalmente, em algum clube de leitura. No entanto, 98% deles adorariam poder conversar sobre suas próprias leituras com outras pessoas. Contudo, apenas 34,6% deles afirmam que raramente têm oportunidade de fazer isso. A pesquisa, que ouviu 355 profissionais ligados à área da leitura em todos os estados (69,9% são mulheres, com presença mais acentuada entre 30 e 60 anos de idade), constatou, ainda, que 48,9% dos entrevistados leem entre uma e duas horas por dia, e que 34,2% permanecem com os livros abertos nas mãos entre duas e três horas diárias. Os romances são os preferidos, seguidos pelos Contos e os títulos relacionados às suas atividades profissionais. As livrarias físicas continuam a ser a principal fonte de abastecimento para professores e bibliotecários: 84,8% compram seus livros por esse canal. Mas pelo menos sete em cada deles já fazem suas compras de livros pela internet. Também chama a atenção a quantidade de profissionais da área (47,6%) que baixam, gratuitamente, livros digitais pela web, em formatos que vão do ePub ao tradicional PDF, sejam obras em domínio público ou não. “Os resultados indicam que profissionais que atuam com a questão da leitura no Brasil, e são poderosos influenciadores, também têm suas próprias necessidades enquanto leitores que também são”, observa o presidente do Observatório, Galeno Amorim, que coordenou o estudo. Outro traço de comportamento que também chamou sua atenção é a maior presença desses profissionais, das várias gerações, com as mídias sociais e que o meio digital, ao contrário do que os pessimistas esperavam, tem complementado o físico e não meramente o substituído. As livrarias físicas continuam a ser a principal fonte de abastecimento para professores e bibliotecários: 84,8% compram seus livros por esse canal. Mas pelo menos sete em cada deles já fazem suas compras de livros pela internet. Também chama a atenção a quantidade de profissionais da área (47,6%) que baixam, gratuitamente, livros digitais pela web, em formatos que vão do ePub ao tradicional PDF, sejam obras em domínio público ou não. “Os resultados indicam que profissionais que atuam com a questão da leitura no Brasil, e são poderosos influenciadores, também têm suas próprias necessidades enquanto leitores que também são”, observa o presidente do Observatório, Galeno Amorim, que coordenou o estudo. Outro traço de comportamento que também chamou sua atenção é a maior presença desses profissionais, das várias gerações, com as mídias sociais e que o meio digital, ao contrário do que os pessimistas esperavam, tem complementado o físico e não meramente o substituído. Fonte: Blog do Galeno
Plano Nacional de Educação prevê que até 2020 todas as escolas públicas tenham biblioteca
O Plano Nacional de Educação aprovado em 2010 prevê que todas as escolas públicas do país tenham biblioteca até 2020. Mas de acordo com o Censo Escolar de 2017, metade das escolas dos anos iniciais do ensino fundamental ainda não contam uma biblioteca. Um projeto em discussão no Senado (PLC 28/2012) quer garantir parâmetros mínimos para as bibliotecas escolares. A senadora Ângela Portela (PDT-RR), ressalta que muitos estudantes só tem contato com livros na biblioteca escolar e, por isso, o espaço deve ser atraente. Você pode ouvir a reportagem de Rodrigo Resende, na Rádio Senado. (Com informações do Senado Notícias)
Bibliotecário defende adoção de e-books em tese de doutorado
O bibliotecário Charles Rodrigues, servidor da Biblioteca Pública Municipal e Escolar Norberto Cândido Silveira Júnior, defendeu tese de doutorado em Ciência da Informação na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), recentemente. A pesquisa intitulada “Critério para adoção de e-book em bibliotecas diante do Paradigma da Computação nas Nuvens”, recebeu a orientação do professor Angel Freddy Godoy Viera. A pesquisa propõe critérios e indicadores para a adoção de e-book em bibliotecas. “Tornou-se emergentes as pesquisas nos ambientes de bibliotecas sobre as necessidades de alterações das políticas de avaliação e de desenvolvimento de acervo no contexto de uso intensivo de dispositivos eletrônicos, conteúdos digitais e computação nas nuvens. Especialmente, tornou-se salutar a proposição de critérios e indicadores que possam orientar os gestores das bibliotecas no processo de adoção de e-books”, explica Charles Rodrigues. Segundo o bibliotecário, a diversidade de questões que envolvem o ambiente digital é o principal desafio para as bibliotecas, as editoras e os fornecedores. “Assim, busca-se encontrar modelos de licenciamento viáveis que conciliem a necessidade de cobrir os custos das editoras, as recompensas aos autores e o respeito aos direitos de propriedade intelectual com a necessidade de fornecer acesso rápido, fácil e barato ao conteúdo digital”, ressalta. Para Rodrigues, os e-books têm aumentado a complexidade do trabalho dos bibliotecários, os quais necessitam estar a par das mudanças nas plataformas tecnológicas e das questões contratuais complicadas que envolvem a propriedade e o acesso aos conteúdos digitais e a gestão das coleções. “Da mesma forma, os fornecedores têm buscado uma ampla gama de abordagens para continuar a oferecer e-books para as bibliotecas, da mesma forma que oferecem livros impressos”, comenta. É importante destacar que as bibliotecas desempenham um papel fundamental na promoção continuada da cultura de leitura e na formação do hábito de leitura na sociedade atual. “Dessa forma, esta pesquisa contribui com a sociedade ao apresentar uma proposta que possibilita subsidiar políticas de avaliação e desenvolvimento de acervos, projetos, programas e ações em torno da adoção de e-books em diferentes tipos de bibliotecas”, finaliza. Mais informações sobre o estudo podem ser obtidas pelo e-mail falecomcharles@yahoo.com.br. Fonte: Prefeitura de Itajaí
Inscreva-se no Prêmio Libre pela Bibliodiversidade
Você tem uma reflexão sobre livro, leitura ou mercado ? Então, esta oportunidade pode te interessar. Inscreva-se no Prêmio Libre pela Bibliodiversidade! As inscrições foram prorrogadas até 30 de abril A Liga Brasileira de Editoras (Libre), entidade representantes das pequenas e médias editoras independentes do Brasil, em parceira com a Aliança Internacional de Editores Independente – AIEI, tem a honra de lançar o 1º Prêmio Libre pela Bibliodiversidade, patrocinado pelas Bibliomundi e Meta Brasil, empresas que trabalham seriamente pelo progresso de nosso setor editorial. O prêmio visa congratular um ensaio inédito acerca de temas relativos à bibliodiversidade, aqui entendida como um complexo e autossustentável sistema de contar e fazer circular histórias, escrever, publicar e de outras formas de produção da oratura e da literatura, em que a palavra contribua com um ecossistema social, diversificado e saudável. Com essa iniciativa esperamos somar forças e prática ao cadeira do livro e da leitura. Contamos com a divulgação e participação máxima de vocês. A inscrição para o Prêmio, incluindo o envio do arquivo, será virtual. Basta acessar esta página.
Inscrições abertas para o Prêmio Oceanos de Literatura em Língua Portuguesa
As inscrições para o Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa – Oceanos 2018 estão abertas até o dia 18 de março. Gratuitas, podem ser feitas pela editora ou pelo autor da obra. Editores ou autores devem preencher todos os campos do formulário de inscrição e anexar à plataforma uma versão em PDF do livro inscrito, mesmo que a obra tenha sido publicada apenas em versão digital (não serão aceitas versões em e-Pub ou outros formatos digitais). As inscrições serão validadas pela curadoria do prêmio, formada pelos brasileiros Selma Caetano, Mirna Queiroz e Manuel da Costa Pinto, e pela portuguesa Isabel Lucas, de acordo com os requisitos do regulamento de 2018. Cada jurado terá acesso, via sistema, a até 55 livros entre os inscritos para ler e avaliar – de modo que cada obra inscrita passe por três avaliações, por diferentes jurados, na fase inicial do prêmio. Os livros analisados apresentarão uma marca-d’água Oceanos com o nome do jurado que deve ler e avaliar a referida obra, e os PDFs enviados nas inscrições serão de acesso restrito aos jurados e aos curadores do prêmio – para assegurar que as obras circulem apenas no âmbito do Oceanos. Podem concorrer todos os livros publicados em língua portuguesa, em versão impressa ou digital, nas categorias Poesia, Romance, Conto, Crônica e Dramaturgia (com exceção de adaptações), desde que tenham a primeira edição entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017. Literatura para o público infantil e juvenil não pode ser inscrita. Livros com primeira edição no Brasil devem ter a comprovação de registro de ISBN. Leia com atenção o regulamento antes de fazer a inscrição. Clique aqui para abrir o formulário de inscrição. Para ler o regulamento do Prêmio Oceanos, clique aqui.
Livro lido pela youtuber Jout Jout vira nº1 na Amazon e esgota em quase todas as livrarias
A youtuber Jout Jout leu integralmente, em seu canal no Youtube, o livro infantil “A parte que falta”. A obra foi escrita e ilustrada pelo americano Shel Silverstein (1930-1999). Após a leitura da história, o livro subiu para o primeiro lugar do ranking de mais vendidos no site brasileiro da loja virtual Amazon e esgotou em quase todas as livrarias do país. A gravação de quase nove minutos, postada no dia 20 de fevereiro, já tem mais de 2 milhões de visualizações. Silverstein aborda no livro a busca do autoconhecimento. Na história, uma pequena criatura tem o formato circular, entretanto, lhe falta uma parte. Por isso, a criatura se lança no mundo procurando preencher esta parte que falta. À medida que descobre o universo ao redor e a si mesmo, a criatura percebe que as relações interpessoais são muito mais complexas e delicadas do que pensava e que a felicidade quase sempre está dentro de nós mesmos – e não no outro. Lançado nos Estados Unidos em 1976, o livro foi publicado no Brasil em 2013 pela Cosac & Naify e ganhou uma nova edição em 2018 pela Companhia das Letrinhas. O site da Amazon brasileira informa que há uma nova edição da obra, que deve ser encomendada, pelo valor de R$ 44,90.
Comemore com a gente o Dia do Quadrinho Nacional
O Dia do Quadrinho Nacional é comemorado todo 30 de janeiro. Mas você sabe o motivo da celebração recair neste dia? Segundo o portal Universo HQ, em 1984, a Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas de São Paulo (AQC-SP) descobriu que Ângelo Agostini, um italiano radicado no Brasil, começou a publicar, em 1867, seus desenhos e charges no “Cabrião”, um jornal de São Paulo. Em 1869, ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde fazia uma série no semanário “Jornal Vida Fluminense”. Em 30 de janeiro daquele mesmo ano, Agostini começou a publicar o que se considera o primeiro quadrinho brasileiro: As aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte. Em forma de páginas duplas, a cada semana a história mostrava o personagem Nhô-Quim, que completou 145 anos em 2014, viajando de Minas Gerais para a corte do Rio de Janeiro. Dessa forma, a AQC-SP se mobilizou para incluir o dia 30 de janeiro no calendário oficial do Brasil como o “Dia do Quadrinho Nacional”. Desde 1985, então, comemora-se a data. Em comemoração aos 50 anos do lançado do “Suplemento Juvenil”, de Adolfo Aizen, a mesma data foi instituída pela Academia Brasileira de Letras e pela Associação Brasileira de Imprensa para celebrar o “Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos”. Com informações do portal Universo HQ.
Concurso Literário Bram Stoker de Contos de Terror
O Blog Contos de Terror e a Free Books Editora Virtual, por ocasião do no 170º ano de nascimento do escritor irlandês Bram Stoker, convidam os autores interessados a participar do Concurso Literário Bram Stoker de Contos de Terror. A obra concorrente deverá ser original e inédita em quaisquer meios, sejam impressos, eletrônicos ou em outros formatos e deve enquadrar-se no gênero conto de terror/horror e versar sobre vampiros, lobisomens ou outros entes monstruosos. Cada autor poderá participar com somente uma obra literária no gênero conto, escrita em língua portuguesa. Serão selecionados e classificados 10 dez contos entre os inscritos e habilitados no certame. Haverá emissão de certificado para autores de conto vencedor. Entre os prêmios, estão a publicação das obras vencedoras na internet, livros, entre outros. Todos os vencedores do concurso terão as suas obras reunidas em uma antologia de contos, a ser publicada em e-book (não haverá publicação em livro físico) pela Free Books Editora Virtual e publicadas, individualmente, no Blog Contos de Terror. O prazo para inscrever o texto vai até 31 janeiro de 2018. Para participar e saber mais, acesse o regulamento do concurso. Conheça as soluções que a Praxis desenvolveu para você A Praxis é uma empresa baseada em Minas Gerais especializada na criação de soluções tecnológicas para bibliotecas, escolas, museus, escritórios jurídicos, empresas, órgãos públicos e instituições de ensino. Você pode conhecer os nossos softwares i10 Bibliotecas, i10 Jurídico, i10 Didático e i10 Corporativo agendando uma videoconferência ou nos dando o prazer de uma visita em nossa sede, localizada no Centro de Belo Horizonte (MG). Para saber como, clique aqui.
Após dez anos do índice de qualidade da educação, 39% das escolas do 5º ano seguem distantes da meta nacional
Dez anos depois da criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), 71% das escolas dos anos iniciais do ensino fundamental avaliadas em 2015 ainda não chegaram ao patamar mínimo de qualidade definido pelo Ministério da Educação (MEC). E 39% delas ainda estão distantes da meta nacional estipulada pelo próprio MEC para 2021, que corresponde ao nível 6 no Ideb. O Ideb foi criado em 2005, depois que a Prova Brasil passou a ser censitária para o ensino fundamental, ou seja, aplicada em todas as escolas do país. Entre 2005 e 2015, o número de escolas que já conseguiram atingir esse patamar mínimo de qualidade cresceu 66 vezes. Em 2005 foram 116, em 2015, 11.112, de acordo com um estudo do Iede (Instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional). Mas outras 27.349 ainda precisam alcançar esse índice. A última edição da Prova Brasil terminou de ser aplicada neste mês, e os resultados serão divulgados somente no segundo semestre de 2018. Até a edição anterior, mais de 15 mil escolas (ou 39% do total) ainda não tinham atingido o Ideb 5 – 5.466 delas ainda estavam abaixo do Ideb 4. Veja no gráfico. Prova Brasil censitária para o ensino médio Até 2021, três edições do Ideb serão realizadas: a próxima será divulgada no segundo semestre de 2018, com dados da Prova Brasil que foi aplicada entre 23 de outubro e 3 de novembro. Pela primeira vez, todos os três níveis tiveram a prova censitária, depois que o governo federal decidiu parar de divulgar os resultados por escola do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e incluiu todas as escolas públicas do ensino médio na Prova Brasil. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que aplica a Prova Brasil e calcula o Ideb, definiu a meta do Ideb estimando que o desempenho 6 (entre 0 e 10) corresponde ao desempenho médio dos estudantes do 5º ano do fundamental da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na edição 2003 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Para especialistas, o fato de a Prova Brasil ter se tornado censitária e, assim, permitido o cálculo do Ideb para todas as escolas, é um dos fatores que ajudaram a aumentar o número de escolas que viram a qualidade de ensino avançar, segundo esse indicador. Eles citam, também, a melhoria econômica, que aumenta o nível socioeconômico das famílias, a melhor qualificação dos professores e uma gestão escolar que acompanhe o aprendizado de cada aluno como os fatores responsáveis pelo avanço da qualidade de ensino. Avanço desigual Os dados do Ideb 2015 mostram ainda que essa evolução tem sido desigual pelo Brasil. Apenas quatro estados têm mais da metade das escolas com Ideb maior ou igual a 6. Todos eles estão nas regiões Sul e Sudeste: São Paulo, com 65% de suas escolas dentro da meta de 2021, vem em primeiro lugar, seguida de Santa Catarina (57%), Minas Gerais (54%) e Paraná (53%). Por outro lado, em dez estados, o número de escolas dentro da meta de 2021 ainda não atingiram a marca de 10%. Todos, menos um, ficam no Nordeste e no Norte do país. O Amapá é o único estado brasileiro que ainda não tem escolas dos anos iniciais do ensino fundamental com Ideb 6. No total, 190 das mais de 260 escolas públicas do Amapá tiveram o Ideb 2015 calculado, e a média do Ideb delas ficou em 4,1. Os demais são Sergipe (1%), Bahia (2%), Maranhão (2%), Pará (2%), Rio Grande do Norte (3%), Paraíba (3%), Alagoas (4%), Pernambuco (5%) e Tocantins (9%).Veja mapa. Para ler o artigo, de autoria de Ana Carolina Moreno, na íntegra, acesse o site do G1. O que podemos fazer pela sua escola? Pensando em questões que permeiam a Educação, a Praxis Softwares Gerenciais desenvolveu o i10 Bibliotecas. Um software premiado internacionalmente, que possui uma Rede Social de Leitores para que as pessoas possam interagir. O sistema permite que a instituição “converse” com seus usuários, sejam eles, clientes, estudantes, profissionais ou apenas pessoas da comunidade. A Rede Social de Leitores permite a criação de grupos, de listas de sugestões, indicações de livros para amigos, produção de resenhas, além de sugerir obras para quem gosta de ler. É possível, ainda, dar notas aos livros e aos autores constantes no acervo da biblioteca. O sistema é uma tecnologia pedagógica para ser explorada pelos pais e familiares do usuário cadastrado, por professores, alunos, pedagogos, bibliotecários, escritores, ou mesmo pelo namorado ou namorada do usuário. Nós queremos revolucionar a forma como as pessoas leem, consomem informações e interagem entre si. Para saber mais, leia o nosso artigo “Era uma vez… o usuário: as transformações no espaço da biblioteca e da escola“.
A utopia das bibliotecas ideais
Um artigo publicado pelo jornal El País, assinado por Jordi Llovet, catedrático de Literatura Comparada na Universidade de Barcelona, passeia pela histórias das bibliotecas antigas, indo desde a Grécia, Egito e Roma até o período moderno para refletir sobre a chamada “biblioteca ideal”. Llovet busca nos períodos helenístico, na Idade Média, no Iluminismo e mesmo na atual contemporaneidade as diversas tentativas de criar uma biblioteca ideal, mas, segundo ele, essas listas “pecam sempre por alguma arbitrariedade e costumam ter um valor de época”. Ele demonstra que o conceito de biblioteca ideal varia de acordo com quem estipula os critérios para que se chegue a um modelo, com o período de tempo, com a região e mesmo com a subjetividade das pessoas envolvidas. Sobre as obras que devem compor um acervo ideal, ele pergunta: o que seria uma “boa literatura”? Leia abaixo um trecho do artigo: É possível que na Grécia do século V tenha existido algo assim como uma “biblioteca ideal”, como atesta a coleção, perdida em boa parte, mas documentada, da biblioteca de Alexandria. Salvo em casos de perda irremissível de muitas obras da antiguidade, aquela biblioteca helenística deve ter abrigado o que a tradição chegou a considerar a grande literatura em língua grega. Aconteceu o mesmo em Roma, cujos “rolos” de escritos, mesmo quando fossem de qualidade literária menos homogênea que a grega, demonstrariam que os retores, os gramáticos e os filósofos tinham clareza sobre o que poderia ser considerado ideal – de acordo com parâmetros religiosos, estéticos, políticos e didáticos – e o que deveria ser considerado non classicus, ou seja, de pouca categoria. Também na Idade Média estiveram em vigor vários critérios, além do concebido por Aquino, tão aristotélico — ad pulchritudinem tria requirintur: integritas, consonantia, claritas —, para considerar o que era bom, ou o ideal, e o que era secundário, graças à autoridade da complexa rede de valores própria dos longos séculos do Baixo Império Romano, e depois neolatinos, com base primeiro na teologia cristã e depois no não menos poderoso código – a partir do século XII – da sociedade de cavalaria e feudal. A produção de literatura era então tão escassa, e se encontrava tão calcada em modelos que, direta ou indiretamente, procediam do dogma cristão, que era pouco concebível a criação de poesia, teatro ou épica contrários a uma ideologia e mitos que, como a realeza, se achavam por força impregnados de símbolos e argumentos predeterminados e inescapáveis. As bibliotecas medievais – deixando de lado os clássicos conservados pelas ordens monásticas e as casas nobres – foram quase sempre representações de um mundo simbólico no qual tinham um papel muito pouco significativo as amostras “heréticas”, pagãs ou não canônicas de expressão literária. Somente a partir do humanismo, ou de fenômenos como a invenção da imprensa, a redescoberta da grandeza das literaturas grega e latina, a consolidação das línguas vulgares, o trabalho dos tradutores e o contato frequente entre homens de letras de países muito diferentes, só então, e de um modo progressivo, a literatura proliferou de maneira extraordinária; e os marcos conceituais, ou os “campos” do literário se tornaram tão distintos que surgiu pela primeira vez, em nossa civilização escrita, uma enorme disparidade de critérios, de gêneros literários, de assuntos e de públicos leitores ou ouvintes do que começou a constituir, com muita importância e cada vez maior autonomia, o âmbito universal do literário. A partir dos primeiros séculos modernos o panorama literário apresentou tal variedade de formas, de recursos e de regulação estética que já então poderia ter começado a disputa – tão poderosa durante o século XVIII – sobre o clássico e o moderno, o bom e o ruim, o ideal e o reprovável. Cada vez mais, escrever se tornou um trabalho independente de nossa herança clássica, e os livros, quando já eram propriamente os códices acessíveis que continuamos usando, atenderam a critérios despojados de todo dogmatismo, propensos a satisfazer diferentes gostos, amigos da novidade e da singularidade. […] O panorama mudou ainda mais quando, na época posterior ao Iluminismo, as literaturas experimentaram uma exibição de ousadia fabulosa – caso das literaturas do Romantismo –, os índices de alfabetização se multiplicaram de modo exponencial e a leitura se tornou um hábito cada vez mais difundido, mais “democrático” e menos sujeito a qualquer forma de mitologia coletiva ou de dogmatismo teológico. Se ainda nos séculos renascentistas ou no Grand Siècle francês se pôde falar de uma “biblioteca ideal” ou do que podia ser idealmente a “boa literatura”, parece claro que, entre o século XIX e nossos dias, a literatura extravasou por completo as margens da tradição do “canônico”, de modo que atualmente não há quase nenhuma instância que possa arrogar-se o direito de estabelecer a lista do que chamaríamos “biblioteca ideal”. Leia o artigo na íntegra aqui. Faça da sua uma “Biblioteca ideal” A Praxis Softwares Gerenciais pode ajudar você a transformar a biblioteca da sua escola ou da sua instituição. Há mais de 15 anos, a Praxis vem desenvolvendo soluções pedagógicas e ferramentas educacionais para mudar a forma como as bibliotecas em todo Brasil interagem com alunos e pais de alunos, professores, pedagogos e a comunidade em geral. Atualmente, a Praxis oferece para as bibliotecas, empresas e instituições de ensino e pesquisa os softwares da linha i10. São eles: i10 Bibliotecas, i10 Jurídico, i10 Didático e i10 Corporativo. A Praxis também desenvolveu uma Rede Social de Leitores para que as pessoas possam interagir. O sistema permite o diálogo e a interação entre seus usuários, sejam eles, clientes, estudantes, professores, profissionais ou mesmo pessoas da comunidade. Permite, ainda, a criação de grupos, de listas de sugestões, indicações de livros para amigos, produção de resenhas, além de sugerir obras para quem gosta de ler. É possível dar notas aos livros e aos autores constantes no acervo da biblioteca. Então? Gostou da ideia? Entre em contato conosco para mais informações. Basta acessar nosso site para falar conosco. Revolucione a forma como as pessoas leem, consomem informações e interagem entre si na sua biblioteca!