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Paraná aprova primeiro currículo em consonância com a BNCC

O primeiro currículo estadual para educação infantil e ensino fundamental tendo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como referência foi aprovado na última quinta-feira, 22, pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná (CEE/PR). O documento foi elaborado ao longo dos últimos meses em regime de colaboração entre o estado e os municípios paranaenses e contou com apoio técnico do MEC, por meio do Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum Curricular (ProBNCC). O presidente do CEE/PR, Oscar Alves, ressaltou a importância da aprovação do referencial curricular para o avanço na educação do estado e lembrou a parceria feita entre as redes de ensino, escolas, órgãos envolvidos e a sociedade. Segundo ele, o conselho recebeu mais de 75 mil contribuições nas audiências públicas, de forma coletiva e democrática, o que foi determinante para a aprovação do documento. “Esse referencial curricular foi aprovado de forma flexível para as redes de ensino e instituições complementarem as propostas pedagógicas de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação [LDB] e a resolução do CNE [Conselho Nacional de Educação]”, explicou Oscar. “Acreditamos que a implementação vai colaborar para que os direitos e objetivos de aprendizagem das nossas crianças e alunos sejam garantidos, melhorando a qualidade e contribuindo para que o Brasil efetivamente avance. Ficamos muito felizes pelo apoio que tivemos dos órgãos envolvidos, principalmente do MEC, na construção desse referencial curricular”. Etapas Para elaboração do documento paranaense foi designada uma equipe técnica destinada especificamente à função. Eles produziram uma primeira versão do currículo, que foi levada a debate público por meio de consultas à sociedade, em fóruns, e pela internet, além de audiências e discussões em escolas com professores e gestores de educação. As sugestões foram analisadas e grande parte delas incorporada ou utilizada para modificações e adequações no texto, que, posteriormente, seguiu para o CEE/PR, onde ganhou aprovação. “Trabalhamos questões específicas, como a extração de madeira, o tropeirismo e a exploração da erva-mate, entre as primeiras atividades econômicas exploradas no Paraná, bem como o impacto de cada uma delas para o meio ambiente”, relata uma das coordenadoras da elaboração do currículo, Marli Regina Fernandes da Silva, representando a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime/PR). “Apoiamos a equipe para a elaboração do currículo e o texto formulado traz o contexto do estado”, avalia o diretor de Currículos e Educação Integral do MEC, Raph Alves. “As habilidades são contextualizadas, o que é caro para o paranaense, aspectos culturais, geográficos, históricos, artistas locais, questões ligadas à economia. Então tudo o que envolve a identidade daquele território é algo que entra neste documento curricular”. A elaboração dos currículos nos estados corresponde à primeira etapa da implementação da BNCC da educação infantil e ensino fundamental, homologada em dezembro de 2017. Para o segundo momento, estão objetivadas a formação dos professores e diretores, a revisão dos projetos pedagógicos das escolas e a elaboração de material de apoio. De acordo com Raph Alves, até o momento, 17 estados entregaram seus currículos para análise dos respectivos conselhos de educação. “Os estados, em conjunto com os municípios, estão debruçados na discussão do que é importante que todos os estudantes aprendam em cada etapa”, explica. “E isso está sendo feito olhando para o contexto local e em diálogo horizontal entre as diferentes redes públicas e instituições privadas.” Até a primeira semana de dezembro, estima ele, a expectativa é de que esse número suba para 22 estados. Programa Criado com o objetivo de apoiar estados no processo de elaboração e revisão dos currículos em consonância com a BNCC, o ProBNCC tem oferecido suporte financeiro aos governos estaduais, assegurando, assim, a qualidade desse processo. O ProBNCC também prevê recursos a serem usados para a formação das equipes técnicas de currículo e gestão das secretarias estaduais e municipais de educação. O programa é executado em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Fórum Nacional dos Conselhos de Educação (FNCE) e a União Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação (Uncee).   Fonte: Ministério da Educação

Filósofo Ricardo Vélez Rodríguez é indicado para ministro da Educação

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, anunciou na última quinta- feira (22), pelo twitter, a indicação do colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, para o cargo de ministro da Educação. Autor de mais de 30 obras, atualmente é professor emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. “Velez é professor de Filosofia, mestre em Pensamento Brasileiro pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, doutor em Pensamento Luso-Brasileiro pela Universidade Gama Filho e pós-Doutor pelo Centro de Pesquisas Políticas Raymond Aron, de Paris, com ampla experiência docente e gestora”, informou o presidente eleito pela rede social. O novo ministro já teria se naturalizado brasileiro. Propostas do novo ministro Em blog, o futuro ministro registra suas ideias sobre o Ministério da Educação. Ele promete em sua gestão “Mais Brasil, menos Brasília”, lema do presidente eleito, com ênfase na educação municipal. “Aposto, para o MEC, numa política que retome as sadias propostas dos educadores da geração de Anísio Teixeira, que enxergavam o sistema de ensino básico e fundamental como um serviço a ser oferecido pelos municípios, que iriam, aos poucos, formulando as leis que tornariam exequíveis as funções docentes”, disse. No texto, informa que um dos que apoiaram sua indicação foi o “professor e amigo Olavo de Carvalho.” Ele também faz críticas às provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), formuladas pelo Inep. Segundo ele, as provas são complicadas e funcionam como “instrumentos de ideologização do que como meios sensatos para auferir a capacitação dos jovens no sistema de ensino” – mesmo posicionamento do presidente eleito. Segundo seu currículo, divulgado por universidades em que lecionou, Ricardo Vélez Rodríguez nasceu em Bogotá, tem 75 anos, e graduou-se em Filosofia e Teologia. Veio para o Brasil fazer pós-graduação nos anos 1970, sempre na área de Filosofia, obtendo o título de mestre e depois de doutor por universidades do Rio de Janeiro. Ricardo Vélez Rodríguez é autor de diversos livros, tendo dedicado sua carreira à docência universitária e à pesquisa. Chegou a ser Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade de Medellín, entre 1975 e 1978, quando retornou brevemente à Colômbia. Desde 1979, fixou residência no Brasil e deu aulas em universidades do Rio de Janeiro, Londrina e Juiz de Fora, tendo participado da criação de cursos de pós-graduação em Pensamento Político Brasileiro. Em algumas de suas obras mais recentes, Ricardo Vélez Rodríguez examina o problema do patrimonalismo e da violência nas sociedades da América Latina. No livro Da Guerra à Pacificação, a hipótese que o autor levanta é a seguinte: “quando, no decorrer da segunda metade do século XX, o patrimonialismo vinculou-se, nos países latino-americanos, ao mercado dos tóxicos e à ação radical do Foro de São Paulo, a violência disparou e ensejou a formação de Estados dentro do Estado, cuja manifestação mais contundente foi a República das Farc, entre 1998 e 2002.” Ele considera que “o modelo colombiano da narco-guerrilha não está longe do Brasil: isso é testemunhado pelo fato de Fernandinho Beira Mar ter sido o elo entre as Farc e o narcotráfico carioca.” Segundo a sinopse de outro título de sua autoria – a A Grande Mentira – Lula e O Patrimonlaimo Petista – , de 2015, o professor e cientista político Ricardo Vélez Rodríguez “resgata as raízes do atual desgoverno operante no país: o patrimonialismo, tradição arraigada da política nacional, o neopopulismo bolivariano e sua relação com o lulopetismo, e, como pano de fundo da ação política do Partido dos Trabalhadores, as estratégias ligadas à “revolução cultural gramsciana”. Nomes Desde quarta-feira (21), havia a expectativa sobre o anúncio para o ministro da pasta. Na quarta-feira, um dos nomes ventilados foi de Mozart Neves, diretor do Instituto Ayrton Senna. No entanto, o educador negou em nota o convite e Bolsonaro, informou por meio de rede social, que o nome para o comando da pasta estava indefinido. Já na manhã de ontem, o presidente eleito disse queestava em análise o nome do procurador da República da 1ª Região Guilherme Schelb, que apoia projetos como o Escola sem Partido. Os dois se reuniram na Granja do Torto e Schelb deixou o local dizendo que não foi convidado para ocupar o cargo. Durante esta quinta-feira, Bolsonaro reiterou que a escola deve ser destinada a ensinar disciplinas e que temas relativos a questões de gênero devem ser abordadas pela família.“Quem ensina sexo para criança é papai e mamãe”, afirmou. “Escola é lugar de se aprender física, matemática, química e fazer com que no futuro tenhamos um bom empregado, um bom patrão e um bom liberal. Esse é o objetivo da educação.” Ao mencionar a relevância do Ministério da Educação, Bolsonaro destacou que é “onde está o futuro do país”. “É um ministério importantíssimo [o da Educação] porque o futuro do Brasil passa por ali. Situação complicada por ali, porque nas últimas décadas gastou-se mais com educação e a qualidade caiu. Portanto é um ministério que tem de ser muito bem escolhido.”   Fonte: Agência Brasil

Webnário para pedagogos discute a biblioteca escolar como instrumento para a BNCC

A Praxis Softwares Gerenciais, em parceria com a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), realiza no dia 23 de outubro, terça-feria, às 15h30, o webnário “A Biblioteca Escolar como Instrumento da BNCC“, ministrado pela empresária Izabela Capovilla. O público alvo do webinar são os pedagogos, supervisores e coordenadores de escolas de ensino básico, fundamental, médio e técnico de todo Brasil. Faça aqui sua inscrição gratuitamente! Ainda no dia 23, acontece, às 10 horas, o webnário “Visibilidade, Interação e Produtividade na Biblioteca Escolar“, ministrado pela empresária Izabela Capovilla. O público alvo do webinar são os diretores e as diretoras de escolas de ensino básico, fundamental, médio e técnico de todo Brasil. Saiba mais. Já às 14 horas, acontece o webnário “Conhecimentos que Sustentam a Prática“, ministrado por Bernadete Campello, professora aposentada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O público alvo do webinar são os bibliotecários e auxiliares de bibliotecas de todo Brasil. Saiba mais!

Webnário para diretores de escolas: Visibilidade, Interação e Produtividade na Biblioteca Escolar

A Praxis Softwares Gerenciais, em parceria com a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), realiza no dia 23 de outubro, terça-feria, às 10 horas, o webnário “Visibilidade, Interação e Produtividade na Biblioteca Escolar“, ministrado pela empresária Izabela Capovilla. O público alvo do webinar são os diretores e as diretoras de escolas de ensino básico, fundamental, médio e técnico de todo Brasil. Faça aqui sua inscrição gratuitamente! Ainda no dia 23, acontece, às 14 horas, o webnário “Conhecimentos que Sustentam a Prática“, ministrado por Bernadete Campello, professora aposentada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O público alvo do webinar são os bibliotecários e auxiliares de bibliotecas de todo Brasil. Saiba mais! Já às 15h30, será a vez do webnário “A Biblioteca Escolar como Instrumento da BNCC“, também ministrado pela empresária Izabela Capovilla. O público alvo do webinar são os pedagogos, supervisores e coordenadores de escolas de ensino básico, fundamental, médio e técnico de todo Brasil. Faça aqui sua inscrição gratuitamente!

II Fórum de Gestão de Escolas acontece em Belo Horizonte

A PUC Minas realizará, no dia 09 de julho, a segunda edição do Fórum de Gestão de Escolas, iniciativa do curso de MBA em Gestão Estratégica de Escolas e tem o objetivo de discutir a gestão escolar em diversos contextos. A programação do evento conta com a participação de grandes gestores e consultores educacionais que debaterão a busca pela excelência na educação e a identidade da escola no contexto atual. Para a inscrição, o interessado deve contribuir com 1 kg de alimento não perecível, que será doado para a Associação Família de Caná. A atividade acontece, das 19h às 22h, no Auditório Liberdade, localizado à Avenida Brasil, 2023, no bairro Funcionários, em Belo Horizonte (MG). Confira a programação e inscreva-se: 19h Abertura 19h15 – Palestra “A busca da excelência na educação: Entre o dizer e o fazer” 20h30 – Palestra “A identidade da escola” Conheça os palestrantes: Gustavo Moretto Especialista em Administração Estratégica, Especialista em Avaliação, Pós-Graduado em Educação Cooperativa, Pós-Graduado em Programas de Qualidade Total, Pós-graduado em Educação Ecológica, capacitado em tutoria online, Graduado em Ciências Biológicas, Graduando em Pedagogia, Ex-membro  da Oficina de elaboração de Questões do ENEM do Ministério da Educação, Diretor do Colégio São Miguel Arcanjo, professor em cursos de pós-graduação e palestrante. Roberto Gameiro É Mestre em Administração, Especialista em Avaliação Escolar Institucional e graduado em Pedagogia. Foi professor universitário e coordenador do Departamento de Fundamentos, Métodos e Técnicas em Educação. Diretor dos colégios: Marista de Goiânia, Marista Dom Silvério de Belo Horizonte, Marista Champagnat de Belo Horizonte e do Colégio Marista de Ribeirão Preto. Diretor de obras sociais em Goiânia e Belo Horizonte e publica seus artigos sobre educação em jornais e revistas. Mantém o Blog “O Texto no Contexto como Pretexto” (www.textocontextopretexto.com.br). Atua na área de Educação, com ênfase nos seguintes temas: educação, administração, identidade, gestão estratégica, ensino e assessoria.

Palestra na Praxis discutirá os desafios e as perspectivas da educação básica no Brasil

A Rede Diretoras de Sucesso de Escolas Particulares (Redis) realizará no próximo dia 14 de julho, a palestra “Presente e futuro da educação básica no Brasil: desafios e perspectivas”. O evento acontece das 14h30 às 17h30, no auditório da Praxis Softwares Gerenciais, em Belo Horizonte, e será ministrada pelo professor Francisco Angel Morales Cano. O palestrante é graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e pós-graduado em Administração Escolar. Foi secretário geral da Organización de Agustinos Latinoamericanos (OALA) e, atualmente, é vice-presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SINEP-MG), além de conselheiro para educação básica e eiretor e 2º secretário da Associação Nacional de Educação Católica de Minas Gerais (ANEC).

Praxis recebe evento para gestores de escolas particulares

No dia 13 de junho, acontece na sede da Praxis Softwares Gerenciais o evento “Rematrícula 2018”, voltado para gestores de escolas particulares. O evento é uma iniciativa da Rede de Diretoras de Sucesso de Escolas Particulares (REDIS), em parceria com a Rabbit Partnership. O evento será ministrado por Beatriz Stabile, que irá abordar temas relacionados às ações de retenção de alunos, através do lançamento da pesquisa mercadológica de tendências e estratégicas diferenciadas e seus resultados. O evento também irá apresentar um planejamento mais eficiente e econômico que aumente as rematrículas e a procura das famílias interessadas na escola. Os interessados em participar do evento podem se inscrever neste endereço. A palestra será no auditório da Praxis localizado à Rua da Bahia, 1033 – 11º Andar, no Centro de Belo Horizonte, das 13h30 às 16h30. Este é o segundo evento realizado pela REDIS na Praxis. Em maio, foi a vez da realização da palestra “Faça sua escola crescer de forma sustentável“, que discutiu temas pertinentes às mudanças sociais, econômicas e culturais que afetam o mercado educacional atual.

Diretoras de escolas particulares promovem evento sobre mercado educacional na Praxis

A Praxis Softwares Gerenciais recebeu, no último dia 05 de maio, sábado, a palestra “Faça sua escola crescer de forma sustentável“, realizada pela Rede de Diretoras de Sucesso de Escolas Particulares (REDIS), em parceria com o Grupo Rabbit Partnership. O evento foi conduzido pelas gestoras Lania Rezende, Raquel Esteves e Lucilaine Falcão e contou com a presença de mais de 25 diretoras de escolas particulares de Belo Horizonte e cidades próximas. A palestra, ministrada por Christian Rocha Coelho, discutiu temas pertinentes às mudanças sociais, econômicas e culturais que afetam o mercado educacional atual. A Praxis tem apoiado diversos eventos voltados para as áreas da cultura e educação. Para a diretora da empresa, Izabela Capovilla, o apoio à ações culturais e educacionais é de extrema importância e necessário. “Recebemos, semanalmente, inúmeros eventos no Auditório da Praxis. Nossa satisfação é muito maior quando podemos apoiar ações em prol da cultura e da educação, como este belo evento da REDIS. Estamos de portas abertas para todos os que lutam por mais cultura e por uma educação melhor e de qualidade para nosso País”, finaliza. Veja, a seguir, algumas fotos dos convidados: Sobre a Rabbit Partnership O Grupo Rabbit Partnership é uma empresa de comunicação full service que introduz e interage práticas de marketing, pesquisa, vendas, recursos humanos, atendimento e gestão, com objetivo de fomentar o crescimento de seus parceiros através do aumento do número de clientes, fidelização e redução de perda, ampliação de nichos de mercado e institucionalização da marca. Faça seu evento conosco A sede da Praxis tem recebido inúmeros eventos semanalmente. Diversas atividades culturais, educacionais, pedagógicas, artísticas e mesmo reuniões de trabalho, entrevistas, cursos, treinamentos e conferências tem sido realizados em nosso auditório. Para saber um pouco mais, acesse nosso site.

Artigo: A falência do livro didático

por Marisa Midori Deaecto é historiadora, profª. da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e drª. Honoris Causa da Univ. Eger, Hungria “A família Ribeiro vive em um sítio, onde planta cana-de-açúcar. Toda a produção de cana-de-açúcar do sítio dessa família é vendida para uma fábrica da cidade. Na fábrica, a cana-de-açúcar é transformada em açúcar. O açúcar consumido na casa da família Ribeiro é fabricado, na cidade, com a cana-de-açúcar plantada no próprio sítio da família Ribeiro.” (Buriti – Geografia, 3. Organizadora: Editora Moderna. Obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna. São Paulo: Editora Moderna, 2013, p. 105.) Triste paisagem Daqui a alguns anos com um pouco mais de sorte e se o livro didático assim o permitir, a mesma criança que passou por esse capítulo será introduzida em uma outra realidade socioeconômica: a da grande propriedade agroexportadora. Sabemos que o plantio da cana e a produção de açúcar constituem, desde suas origens no Brasil colonial, um complexo fundado na casa grande, na senzala, no latifúndio e no engenho. A chegada da usina e, hoje, da grande indústria açucareira não alterou estruturalmente essa unidade. Leitores de José Lins do Rego, particularmente do “ciclo da cana-de-açúcar”, vão se lembrar de que os romances se iniciam no engenho e terminam quando este se encontra de “fogo morto”. O autor retrata a decadência do Nordeste açucareiro, nos anos de 1930, mas não a mudança da estrutura fundiária dessa região. Hoje o Estado de São Paulo desponta como a grande potência brasileira na produção de açúcar e álcool. No entanto, as tecnologias não romperam com um sistema de produção fundado na tríade: monocultura em larga extensão – ou seja, baseada no latifúndio, usina transformadora de matéria-prima em produto industrializado e mão de obra assalariada. Nessa triste paisagem, o sítio da família Ribeiro, tal como descrito na citação anterior, não passaria de uma quimera. Se inserido em um debate mais amplo sobre a estrutura fundiária e a exploração do trabalhador rural, esse modelo bem se apresentaria como uma solução para o problema da desigualdade no Brasil. No entanto, o capítulo trata da relação entre campo e cidade! Para quem visita Ribeirão Preto, a paisagem diz mais do que palavras. Nessa região, estradas simples são tomadas por caminhões pesados, abarrotados de cana-de-açúcar. O tráfego é lento, pois esses veículos devem suportar duas ou até três carrocerias, donde os nomes “Romeu e Julieta” e “treminhão”. Ora, seria inimaginável pensar que esses caminhões pudessem adentrar nas rodovias para levar a cana à indústria situada na cidade. Não, eles trafegam em estradas vicinais, pois o transporte consiste em levar a cana da lavoura, a qual ocupa quilômetros a perder de vista, até a usina. Não é o só o fator logístico que justifica essa composição. Mas não é esse ponto. Mercado editorial x escola Livros didáticos movimentam a porção mais expressiva da indústria editorial brasileira, em exemplares produzidos e em capital gerado. Segundo os dados apurados pela Fipe, em 2016 o subsetor de didáticos foi responsável pela impressão ou reimpressão de 12.065 títulos, ou o equivalente a 220.458.397 exemplares. Em títulos, ele fica abaixo dos livros científicos, técnicos e profissionais (13.719) e de obras gerais (19.370), que abarcam um universo muito abrangente, excetuando apenas os religiosos (6.665). Porém, se considerarmos as tiragens, ou seja, os exemplares impressos, concluímos que a produção anotada no subsetor de didáticos supera a soma dos outros três subsetores (obras gerais + religiosos + CTP = 206.729.696). É preciso considerar, ainda, seu potencial de mercado, pois as vendas se destinam às escolas públicas (governo) e ao ensino privado. Diante dessas cifras, não é difícil concluir sobre sua força mobilizadora na indústria editorial e gráfica do Brasil. Isso não se dá sem consequências. Cumpre ressaltar que os livros didáticos criaram sua própria rotina no mercado e no universo escolar. As relações contratuais que demarcam a figura do autor e a do editor, seguindo um modelo multissecular de garantia do copyright, foram simplesmente abolidas em função da ideia de um novo projeto coletivo. Tal perspectiva podou a formação de novas gerações de autores surgidas na sala de aula ou nos quadros universitários. Para citar alguns nomes que marcaram época, pensemos em Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr., Massaud Moisés, José Jobson Arruda, Carlos Guilherme Mota, Leo Huberman, Melhem Adas, José Dantas –, sem contar autores não menos clássicos nas áreas de Matemática, Biologia, Física e Química – foram substituídos por inscrições aparentemente democráticas, a exemplo do livro em questão: “Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela editora Moderna”. Um único nome impera, soberano e onisciente na folha de rosto: o da “editora executiva”. Ora, publishers não escrevem livros. Editores também não os escrevem. Por trás dessa aparente democratização que dilui a figura do autor em nome de uma coletividade, senão, de um projeto pedagógico, todo o sistema educacional é colocado em xeque. Afinal de contas, são as escolas que desenvolvem projetos pedagógicos, não as editoras. Da mesma forma que são os autores que propõem metodologias de ensino, expressam suas visões de mundo, elaboram sistemas interpretativos. E, finalmente, cabe ao professor desenvolver seu próprio senso crítico e decidir, pela razão, sobre o melhor livro a ser adotado. A culpa é de quem? Ao engajar a comunidade escolar com pacotes completos de ensino, professores e alunos se tornam títeres de um sistema educacional fadado ao malogro. Coordenadores pedagógicos, sobretudo no sistema privado, desempenham o papel de gestores. Professores são engessados em métodos e cursos de complementação profissional que se resumem a lhes ensinar como empregar o livro didático em sala de aula. Alunos são conduzidos a deglutir conteúdos lúdicos, coloridos, mas cujos equívocos podem comprometer, no presente e no futuro, suas formas de entendimento do mundo e da ciência. Enquanto isso, a formação docente é acachapada por cursos rápidos de licenciatura que mais se assemelham ao imenso moedor de carne evocado nos anos 80 por Pink Floyd. Mas a culpa, nesse caso, não é dos professores! A culpa é de uma máquina de produzir

Inep aprimora instrumentos de avaliação de cursos e instituições de Educação Superior

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) adotará novos instrumentos de avaliação externa para o monitoramento da qualidade dos cursos de graduação presenciais e a distância, assim como das Instituições de Educação Superior. Uma portaria publicada no Diário Oficial regulamenta os procedimentos de competência do Instituto referentes à avaliação de instituições de educação superior, de cursos de graduação e de desempenho acadêmico de estudantes. Os instrumentos já tinham sido publicados, por meio de portaria, em 31 de outubro de 2017. A previsão é que comecem a ser usados a partir de março de 2018. É responsabilidade do Inep, por meio da Diretoria de Avaliação da Educação Superior (Daes), conceber, planejar, coordenar, operacionalizar e avaliar as ações voltadas à avaliação da educação superior, nas modalidades presencial e a distância, com base no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e à consideração das Escolas de Governo (EGov). O processo de reconhecimento e de renovação de reconhecimento abrange faculdades, centros universitários e universidades; públicas ou privadas; ofertantes da modalidade presencial ou a distância. Autorizações  A partir da entrada das IES no Sistema Federal de Ensino, os cursos de graduação precisam dispor de autorização para iniciar suas atividades e receberem o reconhecimento, o qual possibilitará à IES emitir diplomas aos estudantes do Ensino Superior.  Para ofertar educação superior as faculdades privadas devem solicitar ao Ministério da Educação (MEC) o seu credenciamento no Sistema Federal de Ensino. Depois, são submetidas ao processo avaliativo para obter o recredenciamento. Clique aqui para acessar o Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e a Distância – Autorização Clique aqui para acessar o Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e a Distância – Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento Clique aqui para acessar o Instrumento de Avaliação Institucional Externa Presencial e a Distância – Credenciamento Clique aqui para acessar o Instrumento de Avaliação Institucional Externa Presencial e a Distância – Recredenciamento Clique aqui para acessar a Nota Técnica Explicativa Praxis Softwares Gerenciais Você sabe que o i10 Corporativo e o i10 Jurídico, desenvolvidos pela Praxis, atendem às novas exigências do MEC? Acesse nosso site para saber mais: www.praxis.com.br.   Fonte: Assessoria de Comunicação Social do INEP