Participe do “Circuito i10 Bibliotecas Download de Conhecimento”, em Vila Velha
Com o intuito de trazer em pauta a discussão sobre tecnologia e inovação no âmbito educacional, a Praxis Softwares Gerenciais promove o Circuito i10 Bibliotecas Download do Conhecimento, em Vila Velha (ES) Um circuito gratuito, com palestrantes renomados em seus segmentos em assuntos variados. Haverá emissão de certificado. Faça sua inscrição! Em setembro também teremos a palestrante Rosana Mont’Alverne falando sobre leitura e contação de histórias. Aguarde em breve mais informações!
Movimento Recode: indique uma biblioteca para reprogramar o futuro dos jovens
O Movimento Recode é um chamado a pessoas de todo o Brasil que queiram fazer parte de uma grande rede para ampliar as oportunidades de jovens de 14 a 29 anos em situação de vulnerabilidade social. Como parceira, a biblioteca pública municipal ou comunitária poderá oferecer gratuitamente os cursos Recode com metodologia própria voltados ao uso consciente, ético e cidadão da tecnologia. A Recode é uma organização social voltada ao empoderamento digital, que busca formar jovens autônomos, conscientes e conectados a partir do uso da tecnologia. Com mais de 20 anos de atuação em tecnologia, formação de redes e cidadania, a organização atua em parceria com bibliotecas, escolas públicas e instituições comunitárias visando formar uma grande rede que promova uma nova consciência e gere oportunidades aos jovens brasileiros em situação de vulnerabilidade social. A organização faz parte de uma rede presente em 7 países e já impactou até hoje mais de 1,7 milhão de vidas. A biblioteca deve possuir no mínimo 3 computadores com acesso à Internet para uso do público. Mais informações sobre o Movimento Recode e a ficha de inscrição podem ser acessadas no site: www.recode.org.br/movimentorecode. Ao participar do Movimento Recode, bibliotecas públicas e comunitárias de todo o Brasil terão a chance de oferecer os cursos online para a comunidade do entorno da biblioteca, especialmente para o público jovem (14 a 29 anos), e contribuir para o empoderamento digital desse público. A ação com bibliotecas é realizada pela ONG Recode com o apoio do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP) e Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB). Benefícios • Incremento na programação das bibliotecas, possibilitando atração de novos frequentadores. • Acesso e certificação ao curso online “Biblioteca como Agente de Transformação” na plataforma Recode para profissionais de bibliotecas. O curso foi elaborado pela Recode em parceria com a Caravan Studios e patrocínio da Fundação Bill & Melinda Gates e capacita o profissional de biblioteca a realizar uma programação com base na pesquisa da comunidade. • Envio de Mídia Kit pela Recode para apoiar as bibliotecas participantes na divulgação e mobilização de jovens para a realização dos cursos na comunidade (posts, release, etc). Informações complementares: As bibliotecas que participam do programa Conecta Biblioteca podem participar do Movimento Recode. Para isso, basta preencher a ficha de inscrição no site www.recode.org.br/movimentorecode. • Para o Movimento Recode não há critérios de seleção por número máximo de habitantes ou IDH dos municípios, apenas será necessário que a biblioteca tenha 3 computadores e internet para uso do público que frequenta a biblioteca. • Para o Movimento Recode não estão previstos encontros presenciais. • As bibliotecas inscritas, dentro dos critérios estabelecidos, receberão material de orientação para cadastro da biblioteca e do aluno na plataforma. • Os jovens inscritos terão o prazo máximo até o dia 31.12.2018 para concluir os cursos oferecidos na biblioteca. Essa é uma ação realizada pela ONG Recode. Informações: contato@recode.org.br e (21) 2558-5695
Uma biblioteca que muda sua comunidade
A alfabetização na idade certa é indispensável para uma vida plena e integrada à cultura do escrito. Mas esse direito nem sempre é garantido no Brasil. De acordo com a Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2016, na Educação Pública, 55% dos alunos com 8 anos não conseguem ler suficientemente. Para promover o aprendizado na hora certa, a estratégia 33 da meta 7 do Plano Nacional de Educação (PNE) visa formar novos leitores. Mas o caminho a ser percorrido é longo, pois ler como hábito ainda é um desafio. De acordo com a Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2016), 44% dos brasileiros não leem e 30% nunca compraram um livro. Entre a população das classes D e E, os não-leitores são 60% (considerando leitor quem leu inteiro ou em parte um livro nos últimos 3 meses). Como um mergulho em um mundo de narrativas, a leitura aperfeiçoa desde o senso crítico sobre si mesmo e representações do mundo, como também impacta no desempenho escolar. Nesse sentido, uma biblioteca pode fazer uma grande diferença. Como fez na vida dos filhos de Glaucimar Soares de Assis – Iarley (11), Ana Íris (9) e Mirela (4). Todos eles moram na comunidade carioca Chácara do Céu, na Tijuca; e fazem parte da primeira leva de frequentantes da Biblioteca Comunitária que leva o nome da escritora negra Carolina Maria de Jesus, ela mesma um marco no acesso à literatura. Para a Glaucimar, a convivência dos filhos com os livros foi uma virada de página, pois as crianças penetraram em um universo novo. “Ana Íris já tinha passado por duas escolas diferentes e não tinha sido alfabetizada. Depois que passou a frequentar o espaço, a leitura se desenvolveu, os estudos e as notas melhoraram”, afirma. No meio da noite tinha uma biblioteca A ideia da biblioteca comunitária Carolina Maria de Jesus partiu da geógrafa e moradora da favela, Ana Beatriz Cunha. Ela integrou a equipe de projetos sociais na criação da Associação de Moradores do local e, junto da historiadora Lili Rose, passou a arrecadar os materiais para a abertura do espaço. O nome do lugar já mostra ao que a biblioteca veio. Victor Figueiredo Cunha, que trabalha com as mídias sociais e na administração do espaço, explica que Carolina é uma inspiração para os moradores da comunidade. “Ela foi uma pessoa pobre, que passou por muitos problemas que as pessoas da Chácara do Céu enfrentam; mas que, mesmo assim, teve uma obra literária publicada em vários países”, explica. O principal desafio no começo do projeto foi ganhar a confiança dos moradores. Para isso, a estratégia foi engajar as pessoas via Facebook, conta Victor. “As postagens serviram e ainda servem para ganharmos credibilidade, que é o mais difícil. As pessoas de fora geralmente veem com mais esperança, mas quem está aqui já viu tanta coisa dar errado que fica desconfiado.” A rotina das crianças está entre as maiores preocupações dos pais e dos organizadores. Antes da iniciativa, explica Glaucimar, faltavam atividades para os pequenos durante a noite. Tomando conhecimento disso, os responsáveis pelo espaço decidiram abrir às 19h30 de terça e quinta-feira. “O horário foi importante porque as crianças que ficam até tarde fora de casa não ficam mais na rua. Agora elas vêm para biblioteca”, explica Victor. Glaucimar experimenta essa mudança com Iarley. “Toda terça e quinta, quando ele chega da escola, sabe para onde ir. E isso não foi apenas com ele, mas com várias crianças”. Muitas crianças frequentam as três escolas em torno da comunidade, mas, mesmo assim, chegam à biblioteca sem saber ler. Por isso, o espaço tem como filosofia contribuir com a relação entre pais e gestores escolares. “Fazemos reuniões com pais para reivindicarmos bibliotecas nas escolas. Aqui, nós podemos facilitar esse diálogo”, explica. Mobilização para transformar vidas A missão da biblioteca não é ser apenas um paliativo, pontua Victor. “Estamos aqui para transformar vidas e, para isso, precisamos ser efetivos em trazer as crianças para dentro da biblioteca.” Um dos passos nessa direção é que os pais também incorporem a leitura como valor. No que depender de Glaucimar, a biblioteca será um sucesso. Ela tenta convencer seus vizinhos comentando, sempre que possível, sobre a importância do espaço e falando do exemplo da sua filha. “Eu não fui incentivada, mas acabei aprendendo a ler porque estudei até a 1ª série do Ensino Médio”, explica. “Os pais que não sabem ler precisam estimular os filhos também, pois os que não foram alfabetizados sabem o quanto isso é importante para a vida. É justamente por isso que os responsáveis têm que incentivar. Eles precisam pensar que ‘eu não sei ler, mas quero que meus filhos tenham incentivo e saibam sim’”, afirma. Para contribuição com a biblioteca com doações, basta entrar em contato com a biblioteca pela página no Facebook. Fonte: Estadão
Bibliotecária descobre “mistério” em livro de biblioteca na Escócia
O pequeno vilarejo de Charleston, localizado na cidade de Dundee, na Escócia, é tão escondido no norte-europeu e tão pouco habitado (a população da região está estimada em 4.323 pessoas) que parece até um destino perfeito para quem busca por calmaria e distância de grandes centros urbanos. E também por uma grande história de mistério – que, felizmente, foi desvendada. Tudo começou quando a bibliotecária Georgia Grainger, funcionária da Biblioteca Comunitária de Charleston, foi questionada por uma senhora, que lhe perguntou: “Por que todas as páginas 7 dos livros que eu peguei emprestado têm o número 7 sublinhado com caneta?”. “Isso parece estranho”, adicionou a mulher. Instigada com a pergunta, Grainger foi conferir os livros e, de fato, todos traziam a marcação estranha. Devido à sua imaginação fértil, ela começou a imaginar o que poderia motivar aquela ação: grupos de espionagem, histórias secretas de amor ou até a atuação de serial killers foram hipóteses cogitadas , escreveu a bibliotecária em sua conta do Twitter. Quando foi buscar pela mesma marca em outros livros da biblioteca, Grainger percebeu que não eram todas as obras que tinham o tracejado no número 7, mas apenas grande parte das histórias antigas para o público feminino – ou seja, romances ambientados em períodos de guerra, que são particularmente populares entre pessoas idosas na biblioteca de Charleston. Apesar da descoberta, o mistério continuava firme e forte. Foi aí que a bibliotecária decidiu conversar com sua gerente sobre o bizarro padrão nos livros e descobriu que a marcação era, na verdade, um código que pessoas idosas tinham criado para marcar os livros que elas já haviam lido. O método era uma prática utilizada ainda antes dos computadores e sistemas de empréstimo de livros existirem. Alguns dos adeptos tracejavam números de certas páginas, outros, desenhavam estrelas ou escreviam a inicial do nome em algum lugar do livro. Como esses livros costumam ter enredos muito parecidos, o método era uma forma dos leitores evitarem de ler o mesmo livro outra vez. Toda a história foi narrada por Grainger em sua conta do Twitter. Fonte: Galileu
Governo do Rio abre mais duas bibliotecas parque
Fechadas em 2016, em meio à crise financeira do estado do Rio de Janeiro, as bibliotecas parque começaram a ser reabertas em 19 de fevereiro. A unidade da Rocinha foi reinaugurada, e o governo anunciou que, até o início de maio, mais duas devem voltar a funcionar. A unidade do centro da cidade, na Avenida Presidente Vargas, deve voltar a receber usuários até o início de maio. Ainda não há previsão para a reabertura da Biblioteca Parque do Complexo do Alemão, e a unidade de Niterói foi municipalizada em 2017 para continuar recebendo frequentadores. O investimento para manter as bibliotecas parques funcionando será de R$ 1,7 milhão por mês. De acordo com o secretário, os recursos ficaram disponíveis com o aumento da arrecadação estadual neste ano. Inicialmente, 30 servidores que estavam lotados na sede da Secretaria Estadual de Cultura foram deslocados para atender ao público entre 8h e 17h. Por meio de uma licitação, o governo contratará uma empresa privada para gerir esse serviço, permitindo o retorno dos servidores a seus locais de origem. O processo deve durar no máximo 30 dias, segundo Monteiro, e atenderá a todas as unidades da rede estadual. A reabertura da Biblioteca Parque da Rocinha foi marcada por críticas do secretário e do governador, Luiz Fernando Pezão, à prefeitura do Rio. Em outubro, após a série de confrontos que levou a uma operação integrada das polícias estaduais com as Forças Armadas, o prefeito Marcelo Crivella chegou a anunciar que assumiria a biblioteca. Pezão afirmou que colocou a unidade à disposição da prefeitura, mas nada foi feito. “Me pediram, e eu entreguei. Daquilo que entregamos, até hoje, demorou seis meses, e ninguém fez nada. Então, nós vamos fazer”, disse o governador. Inaugurada em 2012, a Biblioteca Parque da Rocinha já fez 14 mil empréstimos de livros e emitiu 5 mil carteirinhas de usuários. Até ser fechada, em 2016, 145 mil visitantes passaram por seus cinco pavimentos, construídos na Estrada da Gávea, no interior da favela. De acordo com informações disponibilizadas pela Secretaria Estadual da Cultura, as bibliotecas parque do Rio são inspiradas em modelo criado em Medellín e Bogotá, na Colômbia. São “espaços criados em áreas de risco para oferecer aos usuários acesso imediato e fácil à informação”. A atuação inclui “ambiente de convivência e convergência na comunidade, contribuindo para a diminuição da violência e para a inclusão social”. Leia a matéria completa, com edição de Davi Oliveira, aqui. Fonte: EBC Agência Brasil
Para atender leitores, BH conta com circuito de bibliotecas municipais e iniciativas comunitárias
Carlos Henrique Ferreira tem 5 anos e ainda não sabe ler, mas não titubeia quando alguém lhe pergunta qual é seu livro preferido. “Este aqui das cobras e dos jacarés. Ah, e eu adoro lobo mau, tia. Não tenho medo dele.” O garoto é um dos frequentadores da Biblioteca Comunitária Livro Aberto, que funciona há 12 anos no Bairro Goiânia, Região Nordeste de Belo Horizonte. O espaço integra a rede de leitura Sou de Minas, Uai, coletivo de bibliotecas comunitárias que atua pela democratização do acesso ao livro, leitura e literatura. “Nossa rede conta com sete bibliotecas no estado, mas faz parte de um projeto nacional, o Programa Prazer em Ler do Instituto C&A. Biblioteca comunitária é aquela mantida pela sociedade civil, voltada para o enraizamento na comunidade e que tenta sempre aproximar o leitor das nossas atividades”, diz Rafael Mussolini, um dos coordenadores da Sou de Minas, Uai. No mesmo edifício em que fica a Livro Aberto funciona a creche em que Carlos Henrique e mais 130 crianças de 1 a 5 anos são atendidas. A cada dia, uma turma se esbalda no espaço, que tem área específica para os pequenos e realiza atividades como contação e mediação de histórias, brincadeiras com fantoches e o “desafio” invente a sua história. “Temos essa área maior para a literatura infantojuvenil justamente porque é o público em formação. Mas há cerca de 3 mil livros para todas as idades – biografias, poesia, cordel, literatura brasileira, africana, conto, biografia, folclore. Manter uma biblioteca é complicado, imagina uma comunitária. Mas é prazeroso ver que dá resultado. A biblioteca tem enorme importância na vida de muita gente daqui”, diz o mediador de leitura Túlio Damascena. A coordenadora da creche é Pollyanna Natália (cujo nome é uma homenagem ao clássico infantojuvenil de Eleanor H. Porter), que também enfatiza o papel da Livro Aberto na comunidade do Bairro Goiânia e região. “A biblioteca é o nosso xodó. Conhecimento não é para ficar guardado.” Municipais A Biblioteca Pública Infantil e Juvenil (BPIJBH), criada em 1991, durante muitos anos teve como sede o antigo prédio da Fafich, na Rua Carangola, no Santo Antônio. Há dois anos, ela se mudou para o prédio que abriga o Centro de Referência da Juventude, na Praça da Estação. A BPIJBH é uma das 21 bibliotecas mantidas pela Fundação Municipal de Cultura (FMC). Elas estão localizadas em centros culturais, museus e centros de referência em todas as regionais da cidade. Todas oferecem serviços de empréstimo e apoio à pesquisa, atividades de promoção da leitura (oficinas, rodas de leitura, narração de histórias, saraus, visitas guiadas, palestras etc.) e encontros de profissionais que trabalham com a formação de leitores (oficinas, cursos e palestras). Quem se cadastra em qualquer unidade tem direito de tomar empréstimos em qualquer uma das 21 bibliotecas da prefeitura. Fabíola Farias, coordenadora da rede de bibliotecas da FMC, informa que o acervo é praticamente idêntico em todas as unidades, mas algumas contam com coleções específicas, como é o caso da unidade do Cine Santa Tereza (audiovisual), do Centro de Referência da Moda (moda) e do Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado (cultura popular). “As bibliotecas são uma oportunidade para que a população possa participar da cultura escrita. Tudo que é importante está escrito, seja um documento, um pensamento, uma narrativa. É papel da biblioteca permitir esse acesso à cultura escrita”, afirma. Fabíola diz notar que há no Brasil a imagem, sobretudo entre as classes média e alta, que associa as bibliotecas a algo menor e “de pobre”. “É uma visão completamente errada. Aqui temos livros que você vai encontrar em qualquer livraria, dos clássicos aos lançamentos. É um preconceito, infelizmente.” O bibliotecário Wander Ferreira, que é deficiente visual, salienta o papel inclusivo das bibliotecas. “Elas atendem todo tipo de leitor, seja com livros em braile ou audiolivros, de todas as idades e classes. A BPIJBH, por exemplo, por sua localização central, recebe muitos moradores de rua. É bem interessante e democrático.Todo muito tem acesso ao bem cultural”, avalia. O morador de rua Bruno Fortunato, de 26 anos, frequenta a Biblioteca Infantil e Juvenil sempre que pode e se interessa sobretudo por histórias em quadrinhos. “É para passar o tempo. Gosto muito de super-herói. Quero saber mais coisas sobre a história do Brasil, sobre economia. O livro deixa a gente mais inteligente”, opina. Itinerância A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais foi criada em 1954. O espaço foi construído a pedido do então governador Juscelino Kubitschek, que encomendou o projeto ao arquiteto Oscar Niemeyer. “A Biblioteca não só tem a função básica de empréstimos e consultas de livros e periódicos, como promove cerca de 300 ações por ano. Ela vai além dos seus muros”, afirma a diretora Alessandra Gino. Entre os projetos, destaca dois que promovem a democratização do acesso: o Caixa-Estante, serviço que envia acervos selecionados a instituições como hospitais, creches, asilos e centros de detenção, e o carro-biblioteca, que leva leitura e informação a quem está distante do centro da capital mineira. A biblioteca itinerante está presente de segunda a sexta em bairros da região metropolitana de BH. “O público que vem aqui é de 0 a 90 anos. Nosso acervo abrange 570 mil exemplares, incluindo livros, jornais, revistas, coleções de obras raras. Mas o que circula mesmo são cerca de 160 mil, incluindo a biblioteca infantojuvenil. As pessoas gostam de ler, se interessam. Mesmo com esses avanços tecnológicos, temos frequentadores assíduos”, assegura Alessandra. Um desses frequentadores é o músico aposentado José Vicente Santos, de 66. Morador do São Gabriel, ele não se importa de pegar ônibus e metrô para ir até a biblioteca, que fica na Praça da Liberdade. “Nem sei quantas vezes fui lá. Virei piolho da biblioteca. Sempre gostei de ler, mas, depois que parei de trabalhar, esse lugar virou minha segunda casa. Se deixar, não saio de lá. Não tem coisa melhor do que uma biblioteca”, afirma. Na prateleira Confira endereços de bibliotecas em BH » Biblioteca Infantil e Juvenil de BH.
As bibliotecas precisam evoluir digitalmente
Quase 90% dos usuários das bibliotecas da Austrália acreditam que os serviços de biblioteca online são importantes, mas apenas 61% estão satisfeitos com essa experiência. Isso se compara com 85% dos usuários que estão felizes com a experiência presencial numa biblioteca. Esses dados vêm em do relatório “Changing Landscap Report: The intrinsic value of libraries as public spaces“, produzido pela Universidade de Tecnologia de Sydney (UTS). Aproximadamente 600 usuários de bibliotecas na Austrália, Nova Zelândia, Cingapura e Reino Unido foram consultados. Os entrevistados indicaram que a usabilidade (86%), a disponibilidade gratuita (75%) e a compatibilidade de equipamentos (63%) foram os recursos mais valiosos do site da biblioteca. Quer saber mais sobre a pesquisa? Baixe o PDF do documento, em inglês, neste link. Texto com tradução de Murilo Cunha, professor da Universidade de Brasília (UnB).
Conheça as bibliotecas públicas selecionadas no Programa Conecta Biblioteca
Realização da ONG Recode e da Caravan Studios, o Conecta Biblioteca é um programa nacional de estímulo à transformação social por meio de bibliotecas públicas, recursos vitais para o desenvolvimento de comunidades. O programa tem o objetivo de aproximar a comunidade da biblioteca e atrair novos usuários para esses equipamentos culturais, especialmente jovens em situação de vulnerabilidade social. Para isso, promove apoio e formação continuada a uma rede de profissionais de bibliotecas, estimulando-os a aprofundarem sua atuação como agentes de transformação. Adicionalmente, o Conecta Biblioteca visa contribuir com o fortalecimento e a sustentabilidade da rede nacional de bibliotecas. Sintonizado com as políticas públicas para o setor, o Programa está orientado pelas metas estabelecidas no Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), Plano Nacional de Cultura (PNC) e também pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). O Conecta Biblioteca tem apoio do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP) e da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e patrocínio da Fundação Bill & Melinda Gates. Assista ao vídeo institucional a seguir: O Prêmio Para concorrer no projeto, puderam se inscrever instituições em municípios com até 400 mil habitantes e Distrito Federal, que tenham no mínimo três computadores disponíveis para o público com conexão à Internet banda larga, além de ter cadastro atualizado junto ao sistema nacional de bibliotecas públicas e sistemas estaduais. O programa oferece aos bibliotecários e profissionais desses espaços formação, com módulos presenciais e à distância, em temas como pesquisa da comunidade, gestão participativa, estratégias de comunicação e articulação, visando a implementação de uma programação para atrair novos usuários para esses equipamentos culturais, especialmente jovens. As bibliotecas vencedoras participarão do II Encontro Nacional do Conecta Biblioteca que acontecerá em maio de 2018 no Estado do Rio de Janeiro. O programa Conecta Biblioteca reunirá cerca de 200 participantes das duas fases do programa. A etapa inicial tem o objetivo de formar profissionais em pesquisas de comunidade a fim de coletar dados para identificar as demandas da população para o equipamento cultural e desenvolvimento educacional. Em entrevista ao A Crítica, Melly Senna, coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Estado de Mato Grosso do Sul disse que a importância do projeto é o seu caráter de valorização das bibliotecas. “Os bibliotecários vão passar por uma formação sobre o estudo das comunidades, uma capacitação para desenvolver nas bibliotecas um modelo de gestão participativa. A partir desse encontro nacional, os municípios participantes receberão cursos de formação presenciais e a distância. O Sistema vai estar diretamente envolvido em todo o processo”. Foram selecionadas 108 bibliotecas de todo o Brasil. Diversas cidades do Brasil foram contempladas com o prêmio. O Estado com maior número de cidades foi o Pará, com doze municípios ganhadores: Oriximiná, Baião, Augusto Corrêa, Cachoeira do Piriá, Breves, Aurora do Pará, Primavera, Tailândia, Juruti, Barcarena, Tucuruí e Marabá. Em 2017, o programa impactou 79 mil pessoas direta e indiretamente nos 86 municípios participantes de 24 Estados e DF, por meio de 92 bibliotecas e 550 jovens voluntários. Confira aqui a lista de bibliotecas selecionadas em 2018 ou acompanhe a seguir: BIBLIOTECA MUNICÍPIO ESTADO Biblioteca Pública Elomar de Souza Braga Epitaciolândia AC Biblioteca Pública Euclides da Cunha Feijó Biblioteca Pública de Sena Madureira Sena Madureira Biblioteca Pública Maestro Sandoval dos Anjos Rio Branco Biblioteca Pública Estadual Luiz Galvez Rodrigues de Árias Porto Acre Biblioteca Municipal Padre Julio de Albuquerque Campo Alegre AL Biblioteca Municipal Graciliano Ramos Quebrangulo Biblioteca Pública Municipal Dr. Luiz Ramalho dos Reis Coruripe Biblioteca Agnelo Rodrigues de Melo Lagoa da Canoa Biblioteca Pública Municipal Breno Accioly Santana do Ipanema Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda Macapá AP Biblioteca Pública Municipal Herberto Sales Andaraí BA Biblioteca Municipal Conêgo Francisco Reis Catu Biblioteca Municipal Desembargador Ricardo Borges Itapicuru Biblioteca Pública Professora Eulina Assunção Novaes Iguaí Biblioteca Pública Municipal Neuraci Dourado Pereira. América Dourada Biblioteca Municipal Dermeval Araújo Bento Teofilândia Biblioteca Municipal Fabiane Campos Santos Gama Banzaê Biblioteca Pública Jurenilva Maria Santiago Fahning Cairu Biblioteca Pública Municipal Dr. Matos Peixoto Iguatu CE Biblioteca Municipal Lustosa da Costa Sobral Biblioteca Pública Municipal Professor Almino Gabriel Viana Várzea Alegre Biblioteca Pública Municipal Poeta Manoel Nicodemos Araújo Acaraú Biblioteca Pública Municipal Padre Agostinho Mascarenhas Barbalha Biblioteca Municipal Adelpho Poli Monjardim Vitória ES Biblioteca Municipal Maria Geaquinto Jerônimo Monteiro Biblioteca Pública Municipal Júlia Colnago Miranda Viana Biblioteca Pública Antonio Azevedo Lima Linhares Biblioteca Zeca Batista Anápolis GO Biblioteca Pública Municipal Professor Josino Bretas Caldas Novas Biblioteca Pública Municipal Dona Agnes Chagas Cocalzinho de Goiás Biblioteca Municipal Jerônimo Martins Marquez Acreúna Biblioteca Pública Frei Mateus Rocha Abadiânia Biblioteca Pública de Icatu Icatu MA Biblioteca Pública Municipal Carlos Alberto de Sá Barros Penalva Biblioteca Pública de São Francisco do Brejão São Francisco do Brejão Biblioteca Pública Municipal Josué Montello João Lisboa Biblioteca Pública Gonçalves Dias Lago do Junco Biblioteca Pública Municipal Humberto de Alencar Castelo Branco Unaí MG Biblioteca Pública Municipal René Lepesqueur Paracatu Biblioteca Pública Municipal Aurélio Camilo Nova Serrana Biblioteca Pública Municipal Djalma Andrade Congonhas Biblioteca Municipal de Chapadão do Sul Chapadão do Sul MS Biblioteca Pública Municipal de Terenos Terenos Biblioteca Pública Cristóvão Ferreira Corguinho Biblioteca Rubem Alves Peixoto de Azevedo MT Biblioteca Publica Érico Veríssimo Água Boa Biblioteca Pública Municipal Geraldo Gomes Faria Jaciara Biblioteca Pública Municipal Professora Leonidia Avelino de Moraes Cáceres Biblioteca Municipal Centro do Saber André dos Santos Sapezal Biblioteca Pública Monteiro Lobato Sorriso Biblioteca Municipal Fonte do Aprendiz Querência Biblioteca Pública Municipal Manoel Severino da Silva Rondonópolis Biblioteca Municipal Enéas cavalcante Oriximiná PA Biblioteca Pública Baião Pública Baião Biblioteca Pública Municipal Antônio Coutinho de Campos Augusto Corrêa Biblioteca Pública Municipal Professora Dica Cachoeira do Piriá Biblioteca Pública Municipal Eustórgio Miranda Breves Biblioteca Pública Municipal Papa João Paulo II Aurora do Pará Biblioteca Pública Municipal Ruth Passarinho Primavera Biblioteca Pública Municipal Machado de Assis Tailândia Biblioteca Manoel Marinho da Silva Juruti Biblioteca Publica Municipal Dr. Firmo Cardoso Barcarena Biblioteca Municipal Bruno de Menezes Tucuruí Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo Marabá Biblioteca municipal professora Maria Lira Belém PB Biblioteca Pública Municipal Augusto dos Anjos Frei Martinho Biblioteca Municipal Monsenhor José Marques Da Fonseca
CDD deixará de ser impressa em inglês
A Classificação Decimal de Dewey (CDD) deixará de ser impressa em inglês. A informação disponibilizada na página da Online Computer Library Center (OCLC) aponta ainda que serão comercializados exemplares impressos somente até junho de 2018 ou até o fim da tiragem impressa. Veja a nota na íntegra: A Classificação Decimal de Dewey (CDD) é frequentemente atualizada pela equipe editorial da Dewey. Essas alterações estão disponíveis na plataforma WebDewey sempre até o dia seguinte. Consequentemente, as edições impressas, com ciclos de publicação de vários anos, tornam-se obsoletas muito rapidamente. Em um esforço para fornecer às bibliotecas as informações mais atualizadas disponíveis, a OCLC decidiu descontinuar a publicação de edições impressas em inglês da CDD. Isso significa que: Todas as cópias restantes da edição impressa CDD23 foram vendidas e continuaremos vendendo as edições Abridged 15 e 200 Religion Class até junho de 2018 ou até que as cópias atuais sejam esgotadas. As atualizações continuarão a ser publicadas via WebDewey, mas não serão mais publicadas na página de atualização dos Serviços Dewey após junho de 2018. As edições impressas não inglesas existentes da Dewey continuarão disponíveis a partir de nossos parceiros de tradução. A CDD continuará a ser atualizada e expandida para atender às necessidades da comunidade de bibliotecas. A WebDewey continuará a se beneficiar dessas mudanças e essa decisão não afetará nem alterará as importantes contribuições da equipe editorial da Dewey. Para saber mais, acesse esta página.
Brasília sedia “Seminário Transformando Bibliotecas, Transformando Sociedades”
As Bibliotecas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal realizarão o Seminário Transformando Bibliotecas, Transformando Sociedades, que ocorrerá no Auditório Nereu Ramos, no dia 12 de março, das 14h às 18h. O evento tem o objetivo de discutir os desafios da Biblioteconomia contemporânea a partir da discussão de políticas públicas voltadas para livro, leitura e bibliotecas, contando com a participação de diversos órgãos e entidades do Distrito Federal e de âmbito federal. O evento dá continuidade ao debate iniciado em março de 2017 por ocasião do Seminário “Bibliotecas Hoje: Como? Para quê? Para Quem?”, também organizado pelas Bibliotecas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que buscou investigar o futuro da atuação profissional dos bibliotecários frente às questões impostas pelas agendas sociais emergentes. O Seminário consiste no evento de abertura da Semana do Bibliotecário 2018, organizada pela Associação de Bibliotecários e Profissionais da Ciência da Informação do Distrito Federal (ABDF) em parceria com diversas bibliotecas da capital. Entre os dias 13 e 16 de março, a programação trará workshops e palestras relacionados a bibliotecas e ao exercício profissional nesses espaços. Outra iniciativa da Semana é o projeto “Biblioteca de Portas Abertas”, no qual as bibliotecas de Brasília estarão abertas para visitas guiadas. Finalmente, no dia 17 de março, das 11h às 16h, haverá o Bibliofest 2018, evento a ser realizado no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), com a proposta de celebrar junto à comunidade as bibliotecas e o acesso à leitura, a partir de atividades diversas como contação de histórias, oficinas, bate-papo com autores e musicalização. Toda a programação da Semana do Bibliotecário é gratuita e pode ser conferida no hotsite. Alguns eventos possuem vagas limitadas. Acesse a programação aqui e faça sua inscrição aqui. (Com informações da Câmara dos Deputados)